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Residentes em Oncologia

Portaria do Ministério da Saúde permite que pacientes recebam doação de medula óssea ou de células-tronco de parentes para aumentar sobrevida, controlar fortes dores e até alcançar a cura

 

Os pacientes que sofrem com doença falciforme têm uma nova opção para o tratamento. O Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial da União desta quarta-feira (01/07) a portaria nº 30, que incorpora ao Sistema Único de Saúde (SUS) o transplante de células-tronco hematopoéticas entre parentes a partir da medula óssea, de sangue periférico ou de sangue de cordão umbilical.

A novidade será disponibilizada no SUS pelo Ministério da Saúde após recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), que debateu o assunto com especialistas e diversos segmentos da sociedade por meio de consulta pública. Estudos já demonstravam um aumento na sobrevida de dois anos em 90% dos casos transplantados e em outros foi evidenciado que pessoas com doença falciforme, que atinge, na maioria, a população negra, deixaram de utilizar a morfina para o controle da dor após o transplante.

“O Brasil, que já tem o maior sistema público de transplantes do mundo, passa agora a ter também mais alternativa terapêutica para quem têm doença falciforme. O transplante é uma arma a mais para ajudar no combate à doença e no tratamento dessas pessoas”, destaca o coordenador-geral do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde, Heder Murari Borba.

A partir de publicação da portaria, o Sistema Nacional de Transplantes tem até 180 dias para incluir a doença falciforme em seu regulamento técnico, de forma a garantir o acesso gratuito dos portadores que se encaixarem em critérios definidos. O procedimento é indicado para pacientes com doença falciforme em uso de hidroxiureia que apresente, pelo menos, uma das seguintes condições: alteração neurológica devido a acidente vascular encefálico, alteração neurológica que persista por mais de 24 horas ou alteração de exame de imagem; doença cerebrovascular associada à doença falciforme; mais de duas crises vasoclusivas (inclusive Síndrome Torácica Aguda) graves no último ano; mais de um episódio de priapismo (ereção involuntária e dolorosa); presença de mais de dois anticorpos em pacientes sob hipertransfusão; ou osteonecrose em mais de uma articulação.

TRATAMENTO – Estima-se que 25 mil a 50 mil pessoas tenham a doença no Brasil, que apresenta alta morbidade e mortalidade precoce. O tratamento é feito com o uso de vacinação e penicilina nos primeiros 5 anos de vida, como profilaxia às infecções, uso regular de ácido fólico, medicamentos para a dor, uso de hidroxiuréia e, em alguns casos, transfusões de sangue de rotina.

No entanto, o uso crônico da transfusão pode ocasionar o desenvolvimento de anticorpos que tornam as transfusões menos eficazes. Assim, o transplante tem sido uma reivindicação do movimento social como uma possibilidade de contribuir com a melhoria da qualidade de vida das pessoas com doença falciforme e até mesmo por se tratar, atualmente, da única possibilidade de cura.

A doença se manifesta, na maioria das vezes, após os seis meses de vida do bebê, sendo o “Teste do Pezinho” a melhor forma de diagnóstico. Os principais sintomas são: anemia crônica, icterícia (cor amarelada na parte branca dos olhos), mãos e pés inchados e dor intensa nos punhos e tornozelos (frequente até os dois anos de idade), crises de dores em músculos, ossos e articulações.

MEDIDAS – No final de 2014, o Ministério da Saúde publicou a portaria 2.758, com as medidas previstas que resultarão no aumento do número de leitos para a realização de transplantes de medula óssea até 2016. A expectativa é triplicar os leitos existentes, passando de 88 para 250. A partir de incentivo financeiro, o objetivo é ampliar a capacidade de realização de transplante de medula óssea alogênico (outro doador que não seja o próprio paciente) no país.

A pasta vai investir R$ 240 mil para abertura de cada novo leito ou ampliação dos já existentes. O recurso garante ainda a criação e a melhoria da qualificação da equipe de atendimento, a aquisição de equipamentos e materiais, além de permitir a reforma e/ou construção dos Centros de Transplantes, que hoje somam 27 unidades. Em 2003, eram apenas quatro serviços.

O transplante de medula óssea é um procedimento de alta complexidade. O paciente transplantado praticamente zera toda a capacidade de resposta imunológica, e, por isso, requer infraestrutura hospitalar que atenda requisitos de segurança, como isolamento, e uma equipe multidisciplinar qualificada para garantir o sucesso do procedimento.

Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/18344-pessoas-com-a-doenca-poderao-fazer-transplante-de-medula

O objetivo do novo Guia Alimentar para a População Brasileira é combater a desnutrição e obesidade e ajudar na prevenção de doenças crônicas. Já está comprovado cientificamente que pessoas acima do peso possuem maior probabilidade de surgimento de câncer e que alimentação saudável e atividade física contribuem para a prevenção.

Seu conteúdo é simples e prático para alcançar toda a população. Nele não há receitas de regime com porções e determinados grupos alimentares, e sim, a utilização de alimentos saudáveis e típicos. Para cada região, dividido por faixa etária e sexo, é sugerido um prato diferente.

Alimentos in natura (frutas, legumes) são os mais recomendados. Os processados (compotas de frutas, pães) devem ter o consumo limitado e ultraprocessados (macarrão instantâneo, refrigerante) devem ser evitados, mesmo que na embalagem contenha a informação que o produto é rico em proteína. Além de refeições, a cartilha sugere hábitos para uma vida mais saudável.

Acesse o guia pelo link: http://www2.inca.gov.br/wps/

O presidente da SBOC, Dr. Evanius Wiermann, concedeu entrevista ao jornal Tribuna de Vitória (ES) no dia 28 de junho. Ele comentou sobre as novas tecnologias para cirurgias e a medicina do futuro.

Nos próximos anos, os pacientes vão poder fazer consultas a distância, como revela o Dr. Evanius. Outra novidade está ligada aos órgãos artificiais. Também vai ser possível usar fígado e rins artificiais, em caso de doenças. Ainda segundo o médico, a imunoterapia também vai trazer novidades para o tratamento do câncer. “Em um futuro próximo, novas injeções de prevenção e tratamento devem surgir na oncologia. Há vacinas para reforçar a imunidade e medicamentos que tiram o “freio de mão” do sistema imunológico para atacar as células doentes. O problema são os custos para os novos medicamentos. Ainda sai caro adquirir os remédios, mas os preços tendem a diminuir num futuro próximo”, explica.

A publicação traz também as novidades que ainda estão em estudo para abolir a agulha no exame de sangue. Os medicamentos personalizados, a telemedicina, o telediagnóstico e o atendimento hospitalar em domicílio completam a lista de novidades. Confira a matéria completa no link

http://www.interclip.com.br/webclipping/index.php?action=DL&va=1436359824_7375&n=350684&uc=0&tv=C&ha=f0a1c2f22ea62fd9088f4a72e65375f3&c=237&hb=4eff93a82cac3345abb4258f3ee088ea.

Um novo medicamento só chega ao mercado se for testado em milhares de pessoas e, quase sempre, em vários países. É uma exigência básica de entidades regulatórias como a Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, ou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil. Se não conseguir incluir um número adequado de pacientes nesses estudos clínicos, a indústria farmacêutica não produz – e não lucra. Ela é a primeira interessada em realizar testes em humanos com rapidez. Mas não é a única. A pesquisa clínica traz desenvolvimento científico aos investigadores (médicos e outros profissionais), recursos financeiros às instituições públicas ou privadas onde ela é realizada e oportunidade de tratamento aos pacientes. Para muitos, ser voluntário é a única chance de receber atendimento adequado e acesso a um medicamento promissor, quando os remédios disponíveis deixam de funcionar.

Os milhares de pesquisas clínicas rea­lizadas no Brasil não são regidos por lei. As normas são ditadas pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), órgão ligado ao Conselho Nacional de Saúde. Um novo projeto de lei, apresentado em abril pelos senadores Ana Amélia (PP-RS), Waldemir Moka (PMDB-­MS) e Walter Pinheiro (PT-BA), pretende regulamentar a atividade. O tema foi debatido numa audiência pública em março do ano passado. “Chegamos ao consenso de que havia lentidão na análise dos processos e de que era necessário criar um marco regulatório”, diz a senadora Ana Amélia. “O projeto é um primeiro passo na busca de aperfeiçoamento da pesquisa clínica.” O texto, apoiado pelas empresas e por grande parte dos pesquisadores, desagrada a Conep e outras entidades, como a Sociedade Brasileira de Bioética.

A dificuldade de aprovação de estudos clínicos é uma reclamação recorrente das empresas e dos cientistas há pelo menos oito anos. Segundo a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), um estudo chega a levar um ano para ser aprovado no Brasil – bem mais que em outros países (dois meses nos Estados Unidos, seis no Reino Unido, sete na Argentina). Um levantamento realizado pela entidade em março revelou que, nos quatros meses anteriores, sete multinacionais haviam desistido de realizar 16 estudos no país de drogas contra o câncer, doenças raras, diabetes e esclerose múltipla. Não foi por falta de interesse. A diversidade genética da população e a qualidade dos investigadores das ilhas de excelência em pesquisa fazem do Brasil um dos países mais atrativos para a realização de estudos clínicos – apesar das condições regulatórias desfavoráveis. A lentidão na análise dos processos impede o cumprimento dos prazos internacionais. A razão é a exigência de avaliação dos projetos em duas ou até três instâncias: o comitê de ética da instituição de pesquisa, a Conep (quando a empresa patrocinadora é estrangeira) e a Anvisa (se a droga ainda não estiver aprovada no Brasil). Nos Estados Unidos e na maioria dos países, o processo ocorre em apenas duas: o comitê de ética e a agência regulatória.

“O projeto de lei é um sinal de desespero, uma tentativa de que se abra uma negociação sobre um tema que prejudica os pacientes e a ciência no Brasil”, afirma Antônio Britto, jornalista e ex-­governador do Rio Grande do Sul, que atualmente é o presidente executivo da Interfarma. “Não queremos diminuir a ética nem em um milímetro, mas precisamos aprovar os estudos com celeridade”, diz o oncologista Paulo Hoff, diretor clínico do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). O 12º andar do maior hospital oncológico da América Latina abriga 54 estudos patrocinados pela indústria. Em alguns casos, o valor dos contratos com as empresas é mais que suficiente para financiar todo o trabalho. “Quando isso acontece, usamos a verba excedente para realizar projetos de interesse da instituição que não recebem patrocínio”, diz Hoff. Os testes são disputados pelos pacientes. Entre 2008 e 2014, mais de 1.000 doentes foram tratados com drogas não oferecidas pelo SUS. Quarenta e quatro receberam o remédio ipilimumabe, contra o melanoma, cujo tratamento custa R$ 400 mil por ano.

Numa carta encaminhada aos comitês de ética das instituições de pesquisa, a Conep afirma que o projeto de lei ameaça os direitos dos pacientes. “É um desserviço à sociedade brasileira”, diz o médico Jorge Venancio, coordenador da Conep. Uma das críticas diz respeito à perda do direito de continuar recebendo o medicamento quando o estudo termina. O projeto propõe que a empresa seja autorizada a fornecer o remédio apenas se a interrupção implicar risco de morte ou piora relevante do estado de saúde do doente – e se não houver alternativa de tratamento no Brasil. A ampliação do uso de placebo (pílulas sem efeito terapêutico) é outro aspecto controverso. Atualmente não é permitido oferecê-lo a um voluntário se existir tratamento para a doença que se pretende investigar. Pelo novo texto, o recurso pode ser adotado, desde que haja justificativa científica. Outra mudança é a criação de comitês de ética independentes. Isso abre a possibilidade de que a ética dos projetos seja julgada por comitês financiados pela indústria ou por associações de pacientes ligados a ela – o que representaria um claro conflito de interesses. “A Conep está fazendo um carnaval porque não se dispôs a ter um protagonismo para resolver o problema”, diz a senadora Ana Amélia. Todos perdem com a burocracia. Mudanças são tão necessárias quanto o respeito aos voluntários.

Fonte: http://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/07/o-projeto-de-lei-que-pretende-acabar-com-demora-nos-testes-de-novos-remedios.html

Os médicos nucleares brasileiros Juliano Cerci e Claudio Meneghetti, foram premiados pelo The Journal of Nuclear Medicine (JNM), periódico oficial publicado pela Sociedade de Medicina Nuclear e Imagem Molecular (SNMMI), de maior impacto da especialidade do mundo (5,563), estando à frente de publicações como o European Journal of Nuclear Medicine and Molecular Imaging, Seminars in Nuclear Medicine e Clinical Nuclear Medicine

Em reconhecimento aos resultados apresentados no estudo “Prospective International Cohort Study Demonstrates Inability of Interim PET to Predict Treatment Failure in Diffuse Large B-Cell Lymphoma”, foi concedido o título de “Editor’s Choice Award for the Best Clinica Articles in 2014”. A premiação ocorreu durante a Reunião Anual SNMMI 2015, principal encontro da especialidade, realizada em Baltimore, nos dias 6 a 10 de junho.

Multicêntrico, o artigo teve como autor principal Robert Carr, do Departamento de Hematologia do Guy’s and St. Thomas’ Hospital – do King’s College. Fomentado pela Agência Internacional de Energia Atômica (IEAE), o estudo buscou definir melhor o uso da tecnologia PET para a estratificação de risco de linfoma não-Hodgkin difuso de grandes células B e, também, na avaliação da hipótese de que a diversidade biológica internacional e/ou dos sistemas de saúde podem influenciar a cinética da resposta ao tratamento, avaliadas por PET scan interino (I-PET).

Do inglês pósitron emission tomograph, PET é uma tecnologia que utiliza radiofármacos e apresenta uma resolução anatômica maior do que outras imagens de Medicina Nuclear. No campo dos linfomas é considerado fundamental ferramenta de avaliação da extensão da doença.

Participaram mais de 10 centros de referência em oncologia no Brasil, Chile, Hungria, Índia, Itália, Filipinas, Coréia do Sul e Tailândia. Ao todo foram avaliados 327 pacientes. Meneghetti representou o Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Cerci que representou a Quanta Diagnóstico e Terapia, instituição na qual é diretor do serviço de PET-CT, foi o responsável pelo gerenciamento dos dados.

As instituições seguiram um protocolo que teve como base terapêutica administração de quimioterapia, com a realização de I-PET após 2-3 ciclos de quimioterapia, e também avaliação com PET ao final do tratamento.

Como conclusão, foram apresentados à comunidade internacional três novos achados: a resposta ao tratamento avaliada por I-PET é comparável entre sistemas de saúde diferentes. Em segundo lugar, observaram-se resultados negativos do I-PET, quando em conjunto com um bom estado clínico, identifica um grupo de pacientes com excelente resposta com percentual de 98% de sobrevida livre da doença. E, em terceiro lugar, verificou-se que uma única varredura com o I-PET positiva não diferencia linfoma resistente à quimioterapia de resposta completa e não deve ser usado para orientar a terapia adaptada ao risco.

Para Cerci, que também é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) a conquista simboliza o reconhecimento do potencial que o Brasil possui no âmbito da ciência e reforça a importância de estimular a produção de estudos no campo da MN no País, ainda considerados pouco expressivos.

Fonte: http://www.revistahospitaisbrasil.com.br/multimidia/pesquisa-brasileira-recebe-premio-de-melhor-do-ano-por-um-dos-mais-importantes-veiculos-cientificos-do-mundo/

 

O Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul (CRF/MS) se reuniu com membros da Sociedade Brasileira de Farmácia Oncológica (Sobrafo) para discutir soluções práticas e políticas para o setor. A reunião aconteceu na quinta-feira (2), debateu sobre a criação de cursos específicos para qualificar farmacêuticos que trabalham com oncologia e quimioterapia. A idéia é elaborar uma normatização que estabelece critérios de atuação.

Segundo assessoria do CRF, a decisão ocorreu após casos de óbitos registrados recentemente no setor oncológico em Campo Grande e Corumbá e que estão sob investigação policial. “A diretoria do CRF/MS está preocupada com a situação, por isso estamos buscando contribuir de alguma forma para garantir um serviço de qualidade para a sociedade. Queremos buscar qualificação para o setor e criar regras de segurança para a atuação do profissional”, ressalta o presidente do CRF/MS, Ronaldo Abrão.

A capacitação dos profissionais vai ajudar e garantir que o farmacêutico esteja preparado para assumir a área oncológica de um hospital. “Atualmente não é preciso ter especialização ou experiência no assunto. Mas vamos estabelecer normas para que o profissional tenha a instrução adequada para atuar na área”, ressalta o secretário geral do CRF/MS, Adam Macedo Adami.

O CRF/MS realizou também na quinta-feira, uma palestra sobre Responsabilidades de Farmacêuticos e Enfermeiros na Quimioterapia Antineoplásica. Nesta quarta-feira (8) e quinta-feira (9), será realizado o Seminário Avançado em Farmácia Oncológica, para farmacêuticos e enfermeiros. O evento será realizado no auditório do CRF/MS e as inscrições são gratuitas, no entanto, o Conselho pede a colaboração com 1 kg de alimento não perecível. Toda a arrecadação será destinada a uma entidade beneficente da Capital. A inscrição pode ser efetuada pelo site do CRF/MS.

Fonte: http://www.capitalnews.com.br/saude/apos-mortes-conselho-de-farmacia-discute-acoes-e-regras-para-oncologia/280814

 

O presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dr. Evanius Wiermann, concedeu entrevista ao site Iron Notícias para falar sobre a dor oncológica. Ele falou sobre a cartilha de sugestões de abordagens e de tratamentos adequados para o câncer levantadas no 1º Consenso de Tratamento da Dor Oncológica realizado em 2014.

De todos os sintomas que um paciente com diagnóstico de câncer apresenta, a dor é o mais temido. Apesar disso, pouca atenção tem sido dada ao tratamento da dor oncológica quando comparada aos avanços tecnológicos no controle do câncer. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a dor acomete de 60% a 80 % dos pacientes com câncer, sendo 25% a 30% na ocasião do diagnóstico e 70% a 90% quando a doença está em estágio avançado. Esses dados levaram a OMS a considerar a dor associada ao câncer uma Emergência Médica Mundial. Para amenizar esse cenário e promover a melhoria da qualidade de vida dos pacientes que sofrem com a dor, a SBOC lançou o 1º Consenso de Tratamento da Dor Oncológica.

Grande parte dos pacientes que têm câncer sofre com dores fortes, agudas ou crônicas decorrentes do tratamento ou até mesmo da própria doença. Por isso, é importante capacitarmos cada vez mais os profissionais de saúde na perspectiva de aprimorar os serviços prestados e melhorar a condição de vida dos que estão acometidos pela enfermidade”, explica o oncologista Dr. Evanius.

Confira a matéria na integra: http://www.iron.med.br/consenso-sobre-dor-oncologica-e-lancado-no-brasil/

Pacientes diagnosticadas com câncer de colo do útero terão uma nova opção de tratamento no Brasil para esta necessidade médica não atendida. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a nova indicação do medicamento Avastin® (bevacizumab) para o tratamento da doença.

Trata-se do primeiro medicamento biológico que trouxe o benefício de sobrevida global e sobrevida livre de progressão sem redução da qualidade de vida das pacientes com esta doença.

A aprovação foi baseada nos resultados finais positivos do estudo independente GOG-0240, de fase III, que demonstrou que a manutenção de Avastin® (bevacizumabe) associado à quimioterapia, oferece benefícios de aumento de sobrevida para pacientes com câncer de colo do útero metastático, persistente ou recorrente. Houve redução de 26% no risco de morte e aumento de 30% na sobrevida global das pacientes tratadas com a combinação bevacizumabe mais quimioterapia (16,8 meses) versus as que receberam apenas quimioterapia (12,9 meses).

De acordo com o Dr. Paulo Mora, oncologista do INCA, o esquema com Avastin® (bevacizumabe) é uma opção valiosa para as pacientes comcâncer de colo do útero avançado, um cenário onde a escassez de opções terapêuticas destaca ainda mais os benefícios do protocolo.

O câncer de colo do útero atinge mulheres jovens no Brasil, com idade média de 49 anos. Dados do Globocan mostram que a mortalidade para esta doença no Brasil é quase duas vezes maior do que em países desenvolvidos. E de acordo com dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), estima-se que no Brasil ocorram mais de 5 mil mortes por ano decorrentes do câncer de colo do útero e que, por ano, sejam diagnosticados mais de 15 mil novos casos da doença.

Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de colo do útero é o terceiro mais incidente no Brasil, porém, na região norte é o mais incidente, à frente inclusive de outros tipos mais comentados, como o de mama. A médica Angélica Nogueira, oncologista e presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos – EVA, reforça que esta é a primeira vez após quase dez anos que uma droga alvo-específico mostrou benefício em sobrevida global em câncer de colo do útero abrindo novas perspectivas para pacientes em sua maioria jovens e com possibilidades terapêuticas muito restritas.

Fonte: http://acritica.uol.com.br/noticias/Manaus-Amazonas-Amazonia-Anvisa-aprova-medicamento-cancer-avancado_0_1393660646.html

Cientistas do Departamento de Medicina da Universidade da Malásia apresentaram recentemente os dados mais recentes de um estudo sobre avaliação do câncer colorretal utilizando o exame de fezes M2-PK na publicação de renome PLOS ONE. Estes resultados recentes para o exame M2-PK do especialista em câncer Professor Khean-Lee Goh, um dos mais renomados especialistas na Ásia sobre o assunto, e dos seus colegas, confirmam mais uma vez a excepcionalmente elevada capacidade e precisão do exame M2-PK para a avaliação do câncer colorretal.

O Professor Goh investigou o biomarcador de enzima M2-PK em um grupo de pacientes com 100 casos de câncer colorretal e um grupo de controle populacional de 200 pessoas saudáveis. O exame M2-PK detectou 93% dos cânceres colorretais. Além disso, reconheceu 97,5% do grupo de controle como verdadeiramente saudável. O valor preditivo positivo para o câncer colorretal foi de 94,9% e o valor preditivo para excluir o câncer colorretal (valor preditivo negativo) foi de 96,5%. A precisão global do exame M2-PK foi de 96%.

Os pesquisadores também fizeram duas descobertas importantes adicionais. Em primeiro lugar, o exame M2-PK tem uma taxa muito elevada de detecção (sensibilidade) do lado direito (85,7%), bem como para câncer colorretal do lado esquerdo (94,2%). Este resultado é especialmente importante porque os cânceres colorretais do lado direito são mais frequentemente indetectáveis do que os do lado esquerdo com os métodos de avaliação convencionais.

Em segundo lugar, o M2-PK teve quase a mesma taxa muito elevada de detecção (sensibilidade) em todos os quatro estágios do tumor (estágio 1 = 94,1%; estágio 2 = 88,9%; estágio 3 = 96,4%; estágio 4 = 90,3%).

O exame de fezes rápido M2-PK está disponível para a prática dos médicos como ScheBo®• M2-PK Quick™ (ScheBo®• Biotech AG).

Fonte: K.-L. Goh, et al.: http://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0131616

Câncer de Cabeça e Pescoço

Notícias Segunda, 27 Julho 2015 17:25

Este artigo foi assinado pelo Dr. Evanius Wiermann, oncologista e presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), para o Dia Mundial do Câncer de Cabeça e Pescoço. O texto foi publicado originalmente no caderno Opinião, do jornal Estado de Minas, no dia 20/07

Um nódulo persistente no pescoço, uma lesão na boca e rouquidão prolongada são sintomas a se preocupar, pois podem ser indicativos de câncer de cabeça e pescoço. Considerada a quinta neoplasia mais comum no mundo, os números da doença são alarmantes. Segundo dados do INCA, em 2015, o número de novos casos deve ser superior a 19 mi e 600 mil pessoas em todo o mundo. Para conscientizar a população sobre os principais fatores de risco para a doença, a importância da prática de hábitos saudáveis e do diagnóstico precoce, o dia 27 de julho foi intitulado como Dia Mundial de Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço. A data foi criada durante o V Congresso Mundial de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, realizado em 2014.

A falta de informação é um dos fatores que mais agravam a ocorrência destes cânceres. No Brasil, 70% dos pacientes diagnosticados com a doença já estão em estágio avançado. Quando diagnosticado em estágio inicial, a possibilidade de cura desse tipo de câncer chega a 80%. Maus hábitos como beber e fumar multiplicam em até 20 vezes a chance de uma pessoa saudável desenvolver a doença nestes locais. Estudos epidemiológicos demonstram que a exposição ao tabaco e ao álcool são os principais fatores causais associados ao desenvolvimento do carcinoma espinocelular, que é o tumor mais frequente do trato aerodigestivo superior. O papilomavírus humano (HPV) também tem surgido como causa de muitos desses tipos de tumores. Os de maior risco são os tipos 16 e 18. A principal forma de transmissão deles é pela via oral-genital.

Estes tumores podem se desenvolver na cavidade oral, nasofaringe, orofaringe, hipofaringe, laringe, cavidade nasal e seios paranasais, glândulas salivares, que são áreas responsáveis por funções como a fala, deglutição, respiração, paladar, olfato e outros. A complexidade do tratamento e da reabilitação dos pacientes com tumores de cabeça e pescoço exige uma equipe multidisciplinar altamente especializada. Por isso, a abordagem envolve oncologista, cirurgião de cabeça e pescoço, radioterapeuta, bem como profissionais da odontologia, nutrição, psicologia, enfermagem e fonoaudiologia. Com isso, valoriza-se ao máximo a preservação do órgão e de suas funções.

Estes tipos de cânceres possuem diversos tipos de sintomas, mas muitas vezes eles não são levados a sério. Por exemplo, quando o tumor atinge as cordas vocais, pode causar rouquidão. Caso seja na parte mais alta das cordas, pode causar dificuldade de engolir. Se o câncer atingir a boca, o paciente pode desenvolver uma ferida que não cicatriza, alterações dentárias ou até mesmo dificuldade em fixar próteses dentárias. Quando surge na orofaringe pode aparecer sintomas como nódulos no pescoço, dificuldade de engolir alimentos, dor no ouvido.

A prevenção da neoplasia é essencial tanto para a cura do paciente quanto para a não ocorrência de sequelas graves. Além de adotar bons hábitos alimentares, é essencial manter uma boa higiene bucal, ter os dentes tratados e fazer uma consulta odontológica de controle a cada ano. Uma dieta saudável, rica em vegetais e frutas, é capaz de prevenir o câncer de cabeça e pescoço.

O câncer de pele na região também é freqüente. Para prevení-lo, deve-se evitar a exposição ao sol ou utilizar proteção como filtro solar e chapéu de aba longa.