O município de São Paulo ampliou a oferta de vacinação contra o HPV (papilomavírus humano) para adolescentes e jovens de 15 a 19 anos, antes limitada ao público de 9 a 14 anos. A vacina protege contra os quatro principais tipos do papilomavírus humano, que são responsáveis pela maioria dos casos de câncer de colo de útero, bem como outros tipos de câncer e verrugas genitais.
Durante entrevista ao SPTV, telejornal da TV Globo, a Dra. Angélica Nogueira, presidente eleita (gestão 2025) da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), destacou a importância da vacinação, especialmente para esta população, como principal estratégia de prevenção. “O câncer é uma doença que, em certos cenários, é possível prevenir com vacinação. Esta vacina está disponível gratuitamente pelo Ministério da Saúde nos postos de saúde. Não deixem de vacinar seus filhos adolescentes e aqueles imunossuprimidos com quem convivem”, alertou a oncologista.
Confira a reportagem na íntegraO câncer de esôfago, que afeta o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, é a sexta neoplasia mais comum em homens, com cerca de 74,6% dos casos registrados. Segundo informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA) do Ministério da Saúde do Brasil, este tipo de câncer geralmente manifesta sintomas somente em estágios avançados da doença, tornando seu diagnóstico desafiador.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, a presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dra. Anelisa Coutinho, explicou a complexidade do tratamento em situações como a de Mujica, onde o paciente enfrenta não só o câncer, mas também outras condições de saúde, como deficiências orgânicas ou imunológicas. A orientação da especialista é buscar um tratamento que não aumente a toxicidade renal em relação às doenças já existentes. "A gente tenta organizar ao ponto de poder oferecer um tratamento para a infecção oncológica e tentar não incrementar as toxicidades de órgãos que já são sabidamente e previamente comprometidos", afirmou a presidente.
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) promove, até 14 de agosto, a Consulta Pública (CP) Nº 28.
A tecnologia avaliada é:
Alectinibe
Indicação: Tratamento de câncer de pulmão de células não pequenas localmente avançado ou metastático cujos tumores expressam rearranjo no gene ALK em pacientes não tratados previamente ou após falha com crizotinibe.
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) promove, até 14 de agosto, a Consulta Pública (CP) Nº 30.
A tecnologia avaliada é:
Procedimento de tomografia computadorizada por emissão de pósitrons
Indicação: Pacientes com câncer de pulmão de células pequena
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) promove, até 23 de setembro, a Consulta Pública (CP) Nº 117, recebendo contribuições para as recomendações preliminares relacionadas às propostas de atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde.
As tecnologias avaliadas são:
Encorafenibe associado ao cetuximabe
• Indicação: para tratamento, em segunda linha, de pacientes adultos com câncer colorretal metastático com a mutação BRAF V600E
• Relatório da Cosaúde
• Relatório de recomendação preliminar
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) promove, até 23 de setembro, a Consulta Pública (CP) Nº 117, recebendo contribuições para as recomendações preliminares relacionadas às propostas de atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde.
A tecnologia avaliada é:
Teste molecular para nódulos de tireoide por perfil de microRNA (TMT-microRNA)
• Indicação: para pacientes com nódulos de tireoide indeterminados, ou seja, que na análise citológica da(s) lâmina(s) de PAAF (punção aspirativa por agulha fina) tiveram classificação III ou IV no Sistema de Bethesda
• Relatório da Cosaúde
• Relatório de recomendação preliminar
Membros da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) foram destaques da programação da Edição Especial do Global Forum 2024 – evento organizado nos dias 24 e 25 de abril pelo Instituto Lado a Lado Pela Vida e cujo tema foi a implementação da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer.
No primeiro dia do evento, o Presidente de Honra da SBOC, Dr. Carlos Gil Ferreira, recebeu pela entidade o prêmio Fronteiras da Saúde – concedido à SBOC na categoria científica como instituição de destaque na área da oncologia. O reconhecimento, organizado pelos promotores do Globo Forum, foi entregue pelo membro do Comitê de Políticas Públicas da SBOC, Dr. Nelson Teich.
No dia seguinte, o diretor da SBOC Dr. Romualdo Barroso participou de um painel que discutiu reabilitação, cuidados paliativos e navegação dos pacientes oncológicos. “Reforçamos o compromisso da SBOC nas discussões da implementação da Política Nacional do Câncer”, conta. “Também ressaltamos a importância do diagnóstico precoce das neoplasias e da melhoria da navegação dos pacientes para que eles tenham acesso a exames e tratamentos o mais rápido possível, aumentando a taxa de sucesso, diminuindo a agressividade do tratamento e, consequentemente, tornando a reabilitação mais fácil”, complementou.
O oncologista clínico também comentou, na ocasião, que os cuidados paliativos são um componente fundamental do tratamento oncológico de pacientes com doença avançada, promovendo dignidade, qualidade de vida e aumento da sobrevida. “É importante desmistificar os cuidados paliativos, aumentando o acesso dos pacientes à equipe multiprofissional”, completou.
O Instituto Lado a Lado pela Vida nasceu em 2008 para conscientizar os homens a cuidarem da saúde. Em 2011, a entidade foi organizadora da campanha Novembro Azul. Atualmente, realiza ações relacionadas a diversos tipos de câncer, como os tumores mamários, pulmonares, colorretais, entre outros. Todos os anos, eles organizam fóruns com o intuito de debater temas específicos da oncologia, reunindo autoridades e tomadores de decisão da área.
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) promove, até 20 de maio, a Consulta Pública (CP) Nº 18.
O documento avaliado é:
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas
Indicação: Mieloma Múltiplo
O Senado aprovou na semana passada (23 de abril) o Projeto de Lei 6.007/2023, que dispõe sobre a pesquisa clínica com seres humanos. A iniciativa, que contou com suporte técnico de membros da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) em diversos momentos, regulamenta a pesquisa clínica no país e pode aumentar as oportunidades de acesso a novas terapias contra o câncer.
O texto aprovado estabelece um arcabouço legal sobre o tema, propondo que as pesquisas atendam a exigências éticas e científicas, como embasamento em relação a risco-benefício favorável ao participante; respeito a seus direitos, a sua segurança e seu bem-estar; respeito a sua privacidade e ao sigilo de sua identidade, entre outros.
Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) terá 90 dias para analisar petições primárias de ensaios clínicos com seres humanos para fins de registro sanitário do produto sob investigação.
“A regulamentação da pesquisa clínica no país é uma demanda antiga da SBOC”, comenta a presidente da entidade, Dra. Anelisa Coutinho. “Estamos felizes com essa aprovação e esperamos que ela possa trazer mais desenvolvimento científico ao país e melhores condições de assistência aos pacientes oncológicos e muitos outros”, completa.
Ex-presidente da SBOC (Gestão 2021-2022), o Prof. Dr. Paulo M. Hoff lembra que a aprovação do texto é o resultado de uma trajetória de oito anos, nos quais o assunto foi debatido amplamente pelo Congresso Nacional. “Foi um processo transparente com participação de toda a sociedade, resultando na primeira legislação oficial sobre pesquisa no Brasil. Isso mostra a importância desse tipo de atividade para o desenvolvimento intelectual e para o melhor atendimento à população”, afirma.
O oncologista clínico acredita que a regulamentação pode ser acompanhada de um incremento no número de estudos clínicos em andamento no país, auxiliando os pacientes de doenças graves, como o câncer. “A participação em pesquisas permite que eles tenham acesso precoce a novos tratamentos”, explica. “Além de ajudar no desenvolvimento de novas terapias, esse paciente, que muitas vezes não tem outra opção, recebe o que há de mais promissor no mundo em seu tratamento. É bom para os pacientes, para a instituição de pesquisa e para o país”, enfatiza.
Para o coordenador do Comitê de Pesquisa Clínica da SBOC, Dr. Fábio Franke, o PL cria um marco regulatório para as pesquisas clínicas, trazendo mais segurança jurídica aos centros envolvidos e possibilidade de prazos bem definidos, além de diminuir burocracias. “Os pontos principais ficaram muito próximos de tudo o que veio sendo debatido ao longo dos últimos anos nas diferentes Comissões da Câmara e do Senado e nas audiências públicas”, diz.
O estabelecimento de regras claras sobre o tema tem o potencial de tornar o Brasil competitivo dentro do cenário internacional de pesquisa clínica. “Estão todos os pesquisadores e trabalhadores da pesquisa muito felizes, principalmente pelos pacientes brasileiros, que poderão ter acesso a tratamentos inovadores. Ampliar a pesquisa clínica para eles sempre foi um objetivo bem claro da SBOC”, avalia.
Dr. Franke tem sido um dos representantes da SBOC nas discussões sobre o PL desde 2015, se reunindo com os autores do texto e com os demais parlamentares para sensibilizá-los em relação à necessidade de um marco regulatório no setor. Em 2020, a entidade voltou a defender, em meio à pandemia de Covid-19, a aprovação do projeto por meio de uma carta enviada aos deputados.
De autoria do senador Dr. Hiran, o texto aprovado é um projeto substitutivo do PLS 200/2015, que tem como autores os ex-senadores Ana Amélia, Waldemir Moka e Walter Pinheiro. A matéria foi analisada em regime de urgência e encaminhada para a sanção presidencial. O presidente terá 15 dias para decidir se sanciona o projeto na íntegra ou com vetos.