Portal SBOC

Equipe Grano

Equipe Grano

Neste Março Lilás, Mês de Conscientização Sobre o Câncer de Colo do Útero, uma importante iniciativa nacional foi criada para ajudar a enfrentar a doença que afeta mais de 17 mil pessoas por ano, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Trata-se da incorporação no Sistema Único de Saúde (SUS) do teste molecular de detecção do Papilomavírus Humano (HPV), o principal causador do câncer de colo do útero, também chamado de câncer cervical.

A novidade foi publicada no Diário Oficial da União na semana passada. Segundo o Ministério da Saúde, enquanto a forma atual de rastreio do HPV, por meio do exame conhecido popularmente como Papanicolau, deve ser realizada a cada três anos e, em caso de detecção de alguma lesão, de forma anual, a testagem proposta pela tecnologia incorporada é recomendada para ser feita a cada cinco anos. “Essa mudança traz melhor adesão e facilita o acesso ao exame”, informa a pasta.

Para especialistas da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), a inclusão do novo teste é mais um avanço na prevenção do câncer do colo do útero, já que mais de 90% dos casos da doença estão ligados ao HPV.

Segundo o INCA, 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas, sendo que esta porcentagem pode ser maior nos homens. Atualmente, a estimativa é que entre 25% e 50% da população adulta feminina e 50% da população adulta masculina mundial estejam infectadas pelo HPV.

“Apesar dos esforços de rastreamento, o câncer de colo do útero segue sendo um problema de saúde pública no País. O rastreamento de Papanicolau é uma estratégia eficaz, no entanto, não atingiu seu potencial em países de baixa e média renda, como o Brasil. Novas estratégias de rastreamento são necessárias e o HPV DNA já se mostrou mais simples e pode ser a solução para este desafio”, comenta a Presidente Eleita da SBOC (Gestão 2025), Dra. Angélica Nogueira.

O novo teste é realizado por meio da coleta de material do colo/vagina - da mesma forma que o Papanicolau - e consegue identificar a presença do DNA do vírus no trato genital feminino. “O teste molecular é altamente sensível e é uma ferramenta fundamental para redução da incidência e mortalidade por câncer do colo do útero. Lembrando que no Brasil o câncer de colo do útero é a terceira neoplasia mais incidente entre as mulheres, com mais de 17 mil novos casos diagnosticados por ano”, afirma a coordenadora do Comitê de Tumores Ginecológicos da SBOC, Dra. Andreia Melo.

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) é uma das 27 entidades eleitas para a nova formação do Conselho Deliberativo da Associação Médica Brasileira (AMB) durante o triênio 2024/26. A eleição contou com a votação de 53 Sociedades, entre os dias 26 de fevereiro e 7 de março, por meio de plataforma eletrônica.

O Conselho Deliberativo da AMB, do qual a SBOC fez parte no último triênio, é formado pelas Sociedades de Especialidade eleitas e pelas 27 Federadas estaduais da entidade nacional, tendo como intuito estabelecer e fomentar a interação entre as instituições. O grupo funciona de maneira consultiva, podendo ser convocado extraordinariamente pela Diretoria da AMB.

“É uma honra para a SBOC ter sido eleita para este Conselho da AMB, entidade a qual somos filiados e mantemos uma parceria profícua e perene. Agradecemos todas as Sociedades pela confiança depositada na nossa instituição e celebramos ter feito parte de um processo de escolha transparente e eficiente”, afirmou Dra. Anelisa Coutinho, presidente da SBOC.

O presidente da AMB, Dr. César Eduardo Fernandes, ressaltou o processo democrático e agradeceu a maciça participação e envolvimento das Sociedades de Especialidade. Após a divulgação dos resultados, a Associação reiterou a sua missão de defender a dignidade profissional do médico e a assistência de qualidade à saúde da população, se comprometendo a manter suas atividades focadas no desenvolvimento do trabalho conjunto entre as entidades, Federadas e Sociedades de Especialidade, sempre visando promover o movimento associativo e a defesa da boa medicina.

A presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dra. Anelisa Coutinho, esteve na sede da Academia Nacional de Medicina (ANM), no Rio de Janeiro (RJ), na última sexta-feira, 8 de março, para se reunir com a nova presidente da entidade nacional, a Dra. Eliete Bouskela.

“Foi uma excelente reunião. O encontro foi convocado pela nova presidente da ANM com objetivo de reunir representantes das Academias médicas e das Sociedades de especialidades para fortalecer a colaboração e motivar um trabalho conjunto em benefício da medicina, com atenção prioritária à qualidade”, detalhou Dra. Anelisa.

Dra. Eliete Bouskela, acadêmica titular desde 2004 e ocupante da cadeira nº 94, tomou posse na entidade no dia anterior (7). Sua Diretoria liderará a ANM no biênio 2024-25. Ela tornou-se a primeira presidente mulher da Academia, tendo sido a sexta ingressar nos quadros da instituição.

Nesta sexta-feira, 8 de março, a presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dra. Anelisa Coutinho, participou virtualmente do II Simpósio de Cardio-Oncologia da Bahia, organizado pela Escola de Saúde Pública da Bahia Professor Jorge Novis (ESPBA). O evento girou em torno da interação entre a cardiologia e a oncologia no sentido de prevenir, diagnosticar e tratar as complicações cardiovasculares relacionadas aos cuidados do câncer.

A presidente da SBOC iniciou lembrando que a oncologia clínica é uma especialidade que demanda multidisciplinaridade, com envolvimento de diversos especialistas, inclusive o cardiologista. “Quando tratamos dessas duas, falamos das doenças mais prevalentes atualmente: as cardiovasculares e os cânceres. E a intersecção entre elas é muito frequente. O paciente oncológico muitas vezes já chega com uma doença cardiovascular de base”, comentou.

Dessa forma, a recomendação para avaliação conjunta com cardio-oncologista se insere em diversas etapas do cuidado do paciente oncológico. Quando já há o conhecimento de doença cardiovascular prévia, é mandatório a avaliação do cardiologista antes das terapias oncológicas sejam elas cirúrgicas ou clínicas.

“Além disso, há um grande número de drogas antineoplásicas, incluindo quimioterápicos, que tem algum potencial cardiotóxico, e isso deve ser avaliado previamente e seguido com atenção. Portanto, essa é uma parceria pró-paciente. Precisamos disseminar essa área de atuação e a capacitação de profissionais da cardiologia com um olhar para a oncologia, que sejam acostumados com essas diversas drogas oncológicas”, afirmou Dra. Anelisa.

Por fim, a especialista ressaltou a aproximação institucional entre a SBOC e as Sociedades de Especialidade de Cardiologia, seja na produção de diretrizes, seja na integração em congressos e simpósios. “É nosso dever disseminar a cardio-oncologia entre os oncologistas e os cardiologistas, criando uma parceria frutífera em prol do paciente”, completou.

A Presidente Eleita da SBOC (Gestão 2025), Dra. Angélica Nogueira, e a vencedora do Prêmio SBOC de Protagonismo Feminino na Oncologia, Dra. Patrícia Ashton-Prolla, falam sobre equidade de gênero e desafios para as mulheres na área médica.

 

A Presidente Eleita da SBOC (Gestão 2025), Dra. Angélica Nogueira, e a vencedora do Prêmio SBOC de Protagonismo Feminino na Oncologia, Dra. Patrícia Ashton-Prolla, falam sobre equidade de gênero e desafios para as mulheres na área médica.

A Associação Médica Brasileira (AMB) lançou neste ano o Tratado de Medicina Geral, publicação voltada aos médicos generalistas de todo o Brasil. Como representante da especialidade na entidade nacional, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) foi convidada a contribuir com a Parte 25, sobre oncologia, que conta com nove capítulos.

Coordenada pelo ex-Presidente da SBOC (Gestão 2021-2022), o Prof. Dr. Paulo M. Hoff, a seção teve a participação de 29 oncologistas clínicos, dois residentes em oncologia clínica, dois geriatras, um cirurgião oncológico e um radioterapeuta. A Presidente da entidade, Dra. Anelisa Coutinho, foi uma das autoras da seção sobre “Câncer Colorretal”. Já o Presidente de Honra, Dr. Carlos Gil Ferreira, colaborou com o módulo de “Biomarcadores”.

Também participaram os ex-presidentes da SBOC Dra. Clarissa Mathias (Gestão 2019-2021), no capítulo sobre “Estadiamento e Diagnóstico”; e Dr. Gustavo Fernandes (Gestão 2015-2017), no capítulo “Estratégias de Prevenção”.

Foram incluídos, ainda, os temas “Urgências Oncológicas”, “Câncer de Cabeça e Pescoço”, “Câncer Gástrico”, “Câncer Hepatobiliar” e “Cuidados Paliativos”. Ao todo, o Tratado conta com 56 partes e 250 capítulos, abordando algumas das principais áreas de atuação de todas as especialidades médicas. Cerca de 800 especialistas assinam o conteúdo.

O objetivo da AMB com a publicação é tornar o Tratado uma referência para todos os médicos brasileiros, além de servir como importante fonte de conhecimento para residentes e acadêmicos de medicina. A iniciativa faz parte do Programa de Educação para o Médico Generalista do Brasil (Progeb), que atua como braço de educação continuada da Associação nacional.

O livro tem sido comercializado em formato físico e virtual neste endereço. Até o próximo dia 15 de março, é possível utilizar o cupom de desconto sociedade20.

A qualidade de vida e o tratamento humanizado no cuidado oncológico estão entre os temas centrais de reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo no sábado, 02 de março. O texto, que conta com a participação dos oncologistas clínicos membros da diretoria da SBOC Dr. Diogo Assed Bastos e Dra. Daniela Rosa, aborda a preocupação de pacientes com a recuperação das funções sexuais após um diagnóstico de câncer de próstata.

Em entrevista ao jornal, o Dr. Bastos, que também é membro do Comitê de Tumores Geniturinários da SBOC, explicou que campanhas de conscientização, como o Novembro Azul, juntamente com inovações tecnológicas e novos fármacos, estão contribuindo para quebrar tabus e promover o cuidado com a saúde: “A inteligência artificial tem ajudado na análise das biópsias e mostrado caminhos para tratamentos mais eficazes. As cirurgias robóticas estão mais precisas e a radioterapia, mais segura”.

Membro do Comitê de Tumores Mamários da SBOC, Dra. Daniela Rosa ressaltou que “além da ciência avançada, cuidados com a saúde mental, alimentação e atividade física vêm se mostrando relevantes. É um pacote que ajuda a diminuir sintomas e abre caminhos para a retomada da vida”.

Confira a texto na íntegra no site do Estadão