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Residentes em Oncologia

Levantamento divulgado pelo Observatório de Oncologia do movimento Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), mostra que, em 516 dos 5.570 municípios brasileiros, o câncer já é a principal causa de morte. “Este dado de que 10% dos municípios já têm o câncer como maior causa de mortalidade em nosso país é uma oportunidade para enfatizar a necessidade de adoção de medidas de prevenção primária, como não fumar, não consumir álcool em excesso, evitar sobrepeso, obesidade, sedentarismo, alimentação inadequada e exposição ao sol em horários inapropriados; alertar sobre a indicação de imunizações como a vacina contra a hepatite B e a vacina contra o HPV desde a infância; além de estímulo a bons hábitos de higiene física”, destaca a Dra. Anelisa Coutinho, membro da Diretoria da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

“O avanço do câncer, que deve se tornar a primeira causa de morte no Brasil em poucos anos, nos lembra da necessidade de disseminar a prevenção primária e a secundária.” Segundo a oncologista clínica, os profissionais de saúde como um todo, incluindo os médicos generalistas das várias especialidades, devem aproveitar o contato com seus pacientes para orientar sobre esses fatores relacionados ao aumento do risco de câncer, assim como informar sobre indicações de prevenção secundária, isto é, a realização de exames periódicos para a detecção precoce de alguns tipos de tumores. “Há maior chance de cura se a neoplasia é detectada no início; daí a importância de exames como a mamografia, o PSA, a colonoscopia, entre outros, de acordo com a avaliação clínica geral, o histórico individual e familiar de cada paciente”, pontua. “Nós, médicos, precisamos aproveitar também o tempo da consulta sempre que possível para conversar com nossos pacientes sobre tudo isso”, defende.

Na opinião da Dra. Anelisa Coutinho, ampliar a educação em saúde da população brasileira é primordial para que as pessoas adotem as medidas de prevenção primária e procurem espontaneamente cada vez mais os serviços de saúde para a prevenção secundária. “A sociedade brasileira, se bem informada e consciente de todas essas questões, poderá encontrar maneiras inclusive de cobrar das autoridades e ajudar a implantar ações para ampliação do acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento de qualidade”, opina a diretora da SBOC. “Os médicos têm um papel fundamental tanto na educação da população, disseminando essas informações entre os pacientes e familiares, quanto na construção e aperfeiçoamento das políticas públicas, a exemplo do trabalho que vem sendo feito pela SBOC e por outras instituições que tratam do câncer do Brasil.”

A especialista lembra que em torno de 50% a 60% dos casos de câncer em geral podem ser diagnosticados em sua fase inicial com maior chance de cura, enquanto a outra parcela refere-se a tumores “silenciosos” ou de evolução mais rápida, infelizmente diagnosticados em fase mais avançada. Quando não há cura, em uma parte dos casos o câncer pode assumir o perfil de doença crônica, com diversas etapas sequenciais de tratamento e controle, e em outros inevitavelmente resultará em morte dos pacientes mais próxima ao diagnóstico.

Três vezes mais mortes por câncer

De acordo com o estudo do TJCC e do CFM, feito com base nos números do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), o crescimento das mortes por neoplasias foi quase três vezes mais rápido do que daquelas provocadas por infartos ou derrames entre 1998 e 2015. Os registros mostram que o número de mortes por câncer aumentou 90% em 2015 com relação a 1998, de 209.780 para 110.799. No mesmo período, houve alta de 36% entre as vítimas de doenças cardiovasculares, de 349.642 para 256.511 pessoas.

Atualmente, as complicações no aparelho circulatório, especialmente o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o infarto agudo do miocárdio, ainda são responsáveis pela maior parte das mortes no Brasil.

Como melhorar a jornada do paciente com câncer de pulmão em nosso país? A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) participou de uma ampla discussão sobre essa questão complexa. A Dra. Clarissa Baldotto, secretária de Comunicação da SBOC, representou a entidade no encontro estratégico sobre câncer de pulmão no Brasil, no dia 19 de abril, no Rio de Janeiro. A atividade foi realizada pelo Instituto Oncoguia e pela Escola Tellus.

Participaram representantes de sociedades médicas como a Cirurgia Torácica e a própria Oncologia Clínica, das áreas de gestão e de assistência tanto do setor público como do privado, da indústria farmacêutica, de instituições diversas que tratam câncer no Brasil e de pacientes, entre outros.

O método aplicado foi o design thinking para favorecer a interação entre os convidados e promover reflexões e discussões a respeito dos vários subtemas que permeiam essa jornada. “Surgiram ideias de projetos e ações que, se forem implantados com sucesso, podem melhorar o acesso ao diagnóstico e ao tratamento dos casos de câncer de pulmão no Brasil”, resume a Dra. Clarissa Baldotto.

O quinto vídeo da Escola Brasileira de Oncologia aborda o papel dos marcadores moleculares no tratamento do câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC). A Dra. Clarissa Baldotto, secretária de Comunicação da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e oncologista clínica do Grupo COI, e o Dr. Fernando Santini, membro da SBOC e oncologista clínico do Hospital Sírio-Libanês, são os convidados dessa vídeo-aula. Os especialistas discutem o tratamento de primeira linha dos pacientes com CPNPC portadores das mutações ativadoras do EGFR, ALK, ROS-1 e também comentam a expressão do PDL-1 e a imunoterapia. São perguntas e respostas bem diretas, que tornam o vídeo bastante dinâmico.

Veja aqui.

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Próstata

O vídeo anterior da Escola Brasileira de Oncologia discute o tratamento em primeira linha de pacientes com câncer de próstata sensível à castração e metastático. Os doutores Diogo Bastos, oncologista clínico do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) e Hospital Sírio-Libanês, e Andrey Soares, oncologista clínico do Centro Paulista de Oncologia e do Hospital Albert Einstein, ambos membros da SBOC, são os convidados. Eles falam sobre a utilização dos diversos medicamentos lançados desde 2004 e a repercussão de estudos clínicos recentes. Num bate-papo, enfatizam quais são as terapias mais adequadas para esse perfil de paciente e como escolher entre um tratamento e outro.

Rim

O terceiro vídeo da série lançada pela Escola Brasileira de Oncologia Clínica, braço educacional da SBOC, tem como tema tratamento do carcinoma de células claras de rim. Dr. Raphael Brandão, coordenador científico do Grupo Oncoclínicas, oncologista do Hospital Oswaldo Cruz e do Centro Paulista de Oncologia, comenta os desafios de tratar pacientes com carcinoma de células claras de rim. O especialista responde perguntas feitas pelo Dr. Sergio Simon, presidente da SBOC, sobre as opções para a primeira linha, imunoterapia, o papel ainda reservado ao everolimus e as perspectivas apresentadas na última ASCO GU com combinação de terapias e diferentes mecanismos de ação.

Melanoma

Tratamento adjuvante do melanoma é o tema do segundo vídeo da EBO. O Dr. Rafael Schmerling, membro da SBOC e oncologista clínico do Hospital Beneficência Portuguesa em São Paulo, e o Dr. Rodrigo Munhoz, vice-presidente da SBOC para Ensino da Oncologia, traçam um panorama das grandes mudanças ocorridas nesse cenário no último ano.

Câncer de mama

O primeiro vídeo da EBO é sobre tratamento neoadjuvante no câncer de mama triplo-negativo. A Dra. Laura Testa, oncologista clínica de São Paulo e membro da SBOC, comenta qual o esquema de terapia ideal, o papel da carboplatina nesse cenário, a conduta adequada em caso de doença residual e o futuro do tratamento neoadjuvante. A especialista respondeu perguntas feitas pelo Dr. Volney Lima, oncologista clínico de Belo Horizonte e tesoureiro da SBOC.

A EBO

A Escola Brasileira de Oncologia foi lançada pela SBOC para solidificar os programas, ações e eventos educacionais da instituição. A missão da EBO é ampliar e fortalecer o conhecimento técnico e científico de todos os profissionais de saúde envolvidos com a prática da Oncologia Clínica.

De acordo com o presidente da SBOC, Dr. Sergio D. Simon, a ideia é proporcionar mais dinamismo e sinergia em educação continuada de modo a favorecer a prática clínica e toda a comunidade de profissionais de Oncologia. “A evolução do conhecimento científico em oncologia é cada vez mais rápida e impactante. Dessa forma, nos preparamos para oferecer aos nossos membros material pertinente de alto nível”, resume.

A primeira atividade da EBO são esses vídeos educacionais curtos em que especialistas convidados pela SBOC comentam determinados temas sensíveis à prática clínica. O conteúdo abrangerá diversos tipos de câncer e as novidades apresentadas em estudos clínicos de relevância para a conduta do médico.

A série de estreia terá um total de 10 vídeos publicados de forma alternada até o Congresso da ASCO, quando novos estudos clínicos devem ser apresentados. Foi feita uma seleção abrangente de temas comentados por especialistas reconhecidos no meio. O objetivo é que o conteúdo seja útil para responder dúvidas dos oncologistas clínicos em seu dia a dia.

Diminuir as distâncias entre regiões no tratamento oncológico brasileiro pode parecer uma tarefa possível apenas com forte investimento do poder público, mas o Hospital de Amor, novo nome do Hospital de Câncer de Barretos, vem mostrando que não é. Pelo contrário. O presidente Henrique Prata se orgulha das realizações com independência financeira e administrativa do governo. E não são poucas. A última delas foi a inauguração, há alguns meses, do Hospital de Amor da Amazônia, em Porto Velho (RO). O custo de R$ 50 milhões da obra e de R$ 10 milhões dos equipamentos foi arcado pelos cidadãos rondonienses. A maioria da arrecadação ocorreu em leilões. O feito aumenta a fama de Prata que, há 25 anos, cobre o déficit de recursos do Sistema Único de Saúde com doações de cantores, apresentadores de TV, agropecuaristas e anônimos. E não para de expandir o raio de atuação da instituição com 100% de atendimentos gratuitos.

A presença do Hospital de Amor em Porto Velho começou há seis anos, quando constatou-se que quase todos os pacientes com câncer de Rondônia, ou 12 mil pessoas/ano, percorriam 3 mil quilômetros para tratar-se em Barretos, no interior de São Paulo. Surgiu a ideia de construir, então, um hospital na capital e, segundo Prata, os empresários e a população abraçaram a ideia. O atendimento foi iniciado de forma provisória no Hospital de Base (HB) e logo atingiu 500 pessoas ao dia e depois 800. A obra de construção da nova unidade começou em 2015. O oncologista clínico Marcelo Souza Drude foi para lá já em 2012. “Eu tinha acabado de concluir a residência e fiquei sabendo da vaga. Procurei o Henrique e, em 20 minutos de conversa, combinamos um período de um ano em Porto Velho”, conta o médico. “Eu e um outro colega fomos na coragem; abraçamos a ideia do Henrique e partimos.”

Chegando lá, a precariedade da saúde no Estado chocava. “Atendíamos pacientes com biópsias feitas havia 90 dias e sem nenhum tratamento iniciado; a maioria com câncer de mama estágios III e IV”, narra. “Tínhamos um espaço de 1.200 m2 para todas as etapas do atendimento; matávamos um leão por dia”, reforça. O desafio de modificar aquela realidade, participar da construção de uma estrutura inédita e também o retorno dos pacientes, porém, o estimularam tanto que ele ficou durante cinco anos. Acabou de voltar, por motivos familiares – sua cidade natal é Pitangueiras, a 80 quilômetros de Barretos – e para ter mais acesso a eventos de atualização e desenvolvimento da carreira acadêmica.

Hospital de Amor Amazônia Quimio site

Experiência única

“Como experiência de vida, foi incrível. Recomendo muito. Um crescimento humano impagável”, enfatiza. De acordo com o médico, os pacientes atendidos lá vêm de todo o Estado de Rondônia, além de Amapá, Roraima, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Acre e até bolivianos. “O povo da região norte é extretamente grato; tem uma relação de respeito muito especial com os profissionais de saúde”, destaca Drude. Em vários momentos da entrevista, ele cita como é singular atender os indígenas, por exemplo, entender quais são as tribos, aprender os dialetos, os costumes e poder orientá-los. “É outro Brasil.”

O especialista conta que, atualmente, a estrutura do Hospital de Amor em Porto Velho é bem maior e melhor. Há serviço móvel de prevenção, os recursos diagnósticos são mais ágeis, foram abertas duas vagas de residência médica em Oncologia Clínica, duas em Cirurgia Oncológica e uma em Patologia, existe banco de tumores e haverá um centro de pesquisa. “No começo, havia dificuldade de encontrar médicos que aceitassem ir pra lá. Hoje já há vários e estão gostando muito”, comemora. “Fomos ajeitando tudo, segurando as pontas para o hospital crescer e agora vemos o resultado.” A inauguração da ala de internação do Hospital de Amor da Amazônia está prevista para julho. A área total é dez vezes maior que a do atendimento no HB. Quando estiver com 100% de sua capacidade, a estimativa é de que a unidade atenda 9 mil pacientes por mês.

Além de Barretos e Porto Velho, a unidade de Jales (SP) é outra a oferecer tratamento de pacientes com câncer. Os institutos da prevenção, mantidos pelo mesmo grupo, a Fundação Pio XII, ficam em Barretos (SP), Fernandópolis (SP), Porto Velho (RO), Ji-Paraná (RO), Campo Grande (MS), Nova Andradina (MS), Juazeiro (BA), Lagarto (SE) e Campinas (SP). Novos centros de prevenção devem ser abertos em Macapá (AP), Rio Branco (AC) e em Mato Grosso. Será construído também um novo hospital em Palmas (TO).

Os participantes da III Gincana Nacional da Oncologia para Residentes podem assistir ao vídeo do Dr. Diogo Assed Bastos comentando o caso clínico de câncer de próstata, o segundo da competição neste ano. O oncologista atua no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) e no Hospital Sírio-Libanês. No vídeo, ele comenta as características do caso apresentado e as respostas às cinco questões que fizeram parte da gincana.

Veja o vídeo aqui

Acesse aqui para mais informações sobre a gincana

O que levou o Dr. José Eduardo Nuñez Rodriguez, de 33 anos, natural de Chicalayo, Lambayeque, no Peru, a inscrever-se no Programa de Especialização em Tumores Neuroendócrinos (TNE) da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) foi o manejo desafiador dessas neoplasias. Ele já era membro da SBOC e ficou sabendo da oportunidade pelos informativos da instituição. “É uma área bastante heterogênea; o manejo não é fácil e requer um maior nível de conhecimento e experiência nessa área”, ressalta. “A incidência ainda é baixa, mas vem aumentando bastante, aproximadamente cinco vezes mais nos últimos anos, segundo dados do SEER [Surveillance, Epidemiology, and End Results], o que gera necessidade de informação qualificada, especializada e com base na realidade brasileira e latinoamericana”, afirma.

José Eduardo atuou por dois anos no Instituto Nacional de Enfermedades Neoplásicas, em Lima, e está no Brasil desde 2016, quando começou a frequentar o curso de mestrado em Oncologia do AC Camargo Cancer Center e também revalidou seus diplomas de médico e oncologista. No ano seguinte, trabalhou no Hospital Pérola Byington e depois foi para o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). De forma paralela ao curso de especialização da SBOC em TNE, está fazendo o mestrado. Deve concluí-los ao mesmo tempo, no início de 2019.

O curso de especialização em TNE é reaizado pela SBOC em parceria com o AC Camargo Cancer Center e está em sua primeira edição. As principais atividades do bolsista são acompanhar o atendimento de pacientes ambulatoriais sob supervisão, discussões clínicas, aulas teóricas e participação em tumor boards; explorar a literatura e desenvolver raciocínio crítico sobre TNE; aplicar método científico em pesquisa clínica, utilizando TNE como modelo; desenvolver e atuar em protocolos de pesquisa em TNE; e escrever artigos científicos em TNE. A coordenação e a supervisão do curso são da Dra. Rachel Riechelmann, chefe da Oncologia no AC Camargo e pesquisadora de tumores neuroendócrinos.

O médico selecionado conta que o programa vem atendendo as expectativas de oportunidade de atuação em atendimento ambulatorial especializado em TNE e de horas protegidas para pesquisa. “O programa é muito bem organizado e o volume de casos de tumores neuroendócrinos que o hospital concentra permite uma experiência sólida ao longo desse um ano de curso”, salienta o Dr. José Eduardo.

Desde que escolheu a oncologia, ele já tinha a intenção de aprimorar seus conhecimentos em pesquisa e também desenvolver a carreira assistencial. Acredita que as oportunidades nesse sentido são ótimas no Brasil. Sua meta é o crescimento científico. Tem planos de fazer doutorado, continuar atuando em pesquisa e publicar cada vez mais. Como parte do curso de especialização da SBOC, assumiu o compromisso de publicar um artigo na Brazilian Journal of Oncology e outro em uma publicação internacional. “É muito gratificante participar da construção de conhecimento em uma área como TNE. A ideia é que a pesquisa seja cada vez mais fomentada, que se criem grupos colaborativos e consensos, o que deve se traduzir em benefícios para os nossos pacientes”, finaliza.

A quinta edição da Brazilian Journal of Oncology (BJO), publicação científica da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica e da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), traz um artigo original sobre a experiência do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) com o folfirinox para adenocarcinoma de pâncreas avançado.

Outro artigo original dessa edição trata do carcinoma medular da tireoide, tumor neuroendócrino raro. Os autores investigaram a frequência do carcinoma medular de tireoide registrada em fontes institucionais entre 2000 e 2014 no Brasil e suas implicações na saúde pública.

A relação entre hepatocarcinoma e o abuso de esteroides anabolizantes para otimização da aptidão física também está na revista como tema de artigo de revisão da literatura. Os pesquisadores concluíram que algum grau de associação é possível e reforçam a necessidade de políticas públicas para alertar as populações de maior risco sobre os perigos do uso incorreto e sem supervisão de esteroides anabolizantes.

O editorial da quinta edição da Brazilian Journal of Oncology trata do avanço no tratamento adjuvante do câncer de mama HER2-positivo a partir dos dados publicados dos estudos internacionais Aphinity e ExteNet.

O acesso é livre e gratuito: www.brazilianjournalofoncology.com.br

Sobre a BJO

Publicar na Brazilian Journal of Oncology é um investimento. Esta é a mensagem que o corpo editorial da publicação científica divulga entre seus pares com veemência. A força-tarefa tem como objetivo atrair artigos originais de qualidade e, com isso, alcançar a indexação no Pubmed, principal base de dados médicos e científicos do mundo. De acordo com a nova editora executiva do periódico, Dra. Rachel Riechelmann, membro da SBOC, a expectativa é que todos os trabalhos publicados na BJO, desde a primeira edição, sejam indexados retrospectivamente quando a revista entrar no Pubmed. “É um grande estímulo para que os autores submetam seus artigos desde agora e estejam alinhados conosco para o cumprimento dessa meta”, diz a editora.

O Dr. Gustavo Fernandes, editor-chefe de Oncologia Clínica no periódico, explica que a regras atuais contemplam essa indexação retrospectiva de todos os trabalhos publicados. Vice-presidente de Relações Nacionais e Internacionais da SBOC, ele trabalha ao lado da Dra. Rachel e dos editores-chefes de Radioterapia, Dr. Harley Francisco de Oliveira, e de Cirurgia Oncológica, Wilson Luiz da Costa Jr. A partir de 2018, a BJO aceita somente artigos em inglês. Aqueles publicados anteriormente em português serão traduzidos.

“Desde o lançamento da Brazilian Journal of Oncology, há mais de um ano, trabalhamos para construir uma revista à altura da oncologia brasileira, de forma que seja também um veículo agregador e impulsionador da nossa pesquisa”, diz a Dra. Cinthya Sternberg, diretora executiva da SBOC e que atuou como editora executiva e editora de Oncologia Clínica da publicação nesse período.

Oportunidade

De acordo com a Dra. Rachel Riechelmann, a Brazilian Journal of Oncology representa uma oportunidade única para que os autores brasileiros tenham seus artigos aceitos em uma publicação open access – isto é, sem custo para submissão nem para o acesso dos leitores – de grande potencial. “Com a indexação, a visibilidade da revista aumentará dramaticamente, o que fortalece o periódico e, consequentemente, seus autores. Para chegar lá, precisamos de artigos originais de qualidade”, convida a editora executiva.

A união das três especialidades – Oncologia Clínica, Radioterapia e Cirurgia Oncológica – é mais um diferencial da BJO, ao favorecer as submissões de cada uma delas em um periódico mais robusto. “Sabemos que ter um artigo aceito em uma revista internacional é muito mais difícil porque a demanda é maior e a prioridade são autores dos países de origem desses periódicos”, comenta a Dra. Rachel. “A Brazilian Journal of Oncology representa uma excelente oportunidade nesse sentido e também contribui para fortalecimento da pesquisa nacional, refletindo as nossas particularidades”, enfatiza.

Além dos autores brasileiros, a ideia é atrair trabalhos de pesquisadores de outros países da América Latina. Segundo o Dr. Gustavo Fernandes, hoje não existe no continente um periódico de oncologia indexado ao Pubmed. “É uma iniciativa que envolve credibilidade. Precisamos alcançar colegas que confiem no futuro da publicação”, resume o oncologista.

Para ajudar na detecção precoce de lesões suspeitas, cabeleireiros, podólogos e tatuadores estão sendo capacitados por um programa do Grupo Brasileiro de Melanoma (GBM) desde agosto de 2017. Isso porque esses profissionais que têm muito contato com a pele de seus clientes podem alertá-los sobre sinais em áreas menos visíveis, como orelhas, couro cabeludo, unhas e plantas dos pés. O programa, denominado Juntos contra o Melanoma, tem sido um sucesso. Os workshops são direcionados e ocorrem, normalmente, na última segunda-feira de cada mês. A data dos eventos é divulgada nas mídias sociais do programa: @juntoscontraomelanoma.

“O Brasil precisava avançar em campanhas de conscientização sobre melanoma. O Juntos contra o Melanoma nasceu de uma inquietude pessoal em relação a isso”, explica o Dr. Elimar Gomes, dermatologista, ex-presidente do GBM e idealizador do programa. “É uma ação inovadora no Brasil e muito bem-vinda, porque permite capacitar profissionais que têm um contato direto com a pele para que ajudem no diagnóstico precoce do melanoma e de outros tumores cutâneos”, diz o Dr. Rodrigo Munhoz, vice-presidente da SBOC para Ensino da Oncologia e membro da diretoria do GBM.

“Apesar dos recentes avanços nos tratamentos de pacientes com melanoma, nada mais eficaz do que a prevenção e o diagnóstico precoce. A doença pode ser muito agressiva em estágio avançado e espalhar-se com facilidade para outros órgãos”, alerta o Dr. Munhoz. Por outro lado, quando o câncer de pele tipo melanoma é descoberto cedo, o tratamento tende a ser apenas cirúrgico e altamente curativo.

Nos workshops, cabeleireiros, podólogos e tatuadores aprendem como identificar lesões suspeitas (veja o esquema ABCDE abaixo), quais são as principais áreas a serem olhadas e de que maneira podem abordar o assunto com seus clientes quando encontrarem um sinal suspeito. A orientação é sempre procurar um médico para a realização do diagnóstico.

Os interessados em participar devem escrever para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

JuntosContraoMelanoma Post Outubro ABCDE 04

Sobre o melanoma

  • É o câncer de pele mais perigoso e agressivo
  • Ocorrem aproximadamente 5.560 novos casos ao ano no Brasil
  • Se não for tratado pode se espalhar para outras partes do corpo e ser fatal
  • Pode aparecer como algo novo ou como pintas ou sinais que mudam de cor, tamanho ou forma
  • Pode surgir em qualquer região do corpo e não somente nas áreas expostas ao sol
  • É mais comum no dorso dos homens e na perna das mulheres, mas pode surgir também no couro cabeludo, palmas, plantes unhas e outros locais de difícil visualização

Informações como essas e material de divulgação da campanha estão disponíveis no site: www.juntoscontraomelanoma.com.br.

No dia 23 de abril, começa oficialmente a Campanha Nacional de Vacinação contra o vírus influenza, estratégia do Ministério da Saúde para diminuir o impacto da gripe em todo o país. As vacinas estarão disponíveis na rede pública e privada. Visando esclarecer as dúvidas de profissionais de saúde e pacientes, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), após revisão da literatura e análise por especialistas, estabeleceu as seguintes recomendações gerais:

- A vacina contra influenza é uma vacina de vírus inativado administrada em dose única;

- Anualmente são definidas as cepas que constituirão a vacina. Em 2018, a vacina trivalente será constituída de duas cepas similares ao influenza A (H1N1 e H3N2) e uma cepa similar ao influenza B. A vacina tetravalente inclui mais uma cepa similar ao influenza B;

- Os produtos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso em 2018 são:

• Fluarix Tetra - GlaxoSmithKline Brasil Ltda;
• Fluquadri - Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda;
• Influvac - Abbott Laboratórios do Brasil Ltda;
• Vacina influenza trivalente (fragmentada e inativada) – Instituto Butantan;
• Vacina influenza (inativada, subunitária, adjuvada) e vacina influenza trivalente (subunitária, inativada) – Medstar Importação e Exportação Ltda;
• Vaxigrip – Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.

- Pacientes com tumores sólidos ou hematológicos estão incluídos no grupo de pacientes de risco maior para a infecção e complicações de influenza, tendo prioridade e recomendação formal para vacinação;

- Como recomendação geral, pacientes recebendo radioterapia, quimioterapia venosa ou oral, terapia-alvo (incluindo rituximabe) ou pacientes pós-transplante podem receber a vacina anualmente, com segurança.

- A resposta à vacina para influenza pode ser variável em pacientes em uso de terapia imunossupressora. Embora os dados sejam escassos, recomenda-se, quando possível, administrar a vacina entre os ciclos de quimioterapia e utilizar medidas adicionais de proteção (ex: lavar sempre as mãos, evitar locais com aglomeração de pessoas, utilizar álcool gel nas mãos e, caso julgue necessário, máscara de proteção).

- Pacientes utilizando imunoterapia (anticorpos anti-PD-L1 e anti-CTLA4) podem receber a vacina.

- Pacientes em estudo clínico devem ter a conduta individualizada, sempre após consulta à equipe médica responsável pelo estudo.

- Pessoas em contato com pacientes com câncer (principalmente crianças) e profissionais de saúde, que não apresentem contraindicação, devem receber também a vacina.

Fontes:

1. http://portalms.saude.gov.br

2. http://portal.anvisa.gov.br

3. www.cdc.gov

4. www.nccn.org. National Comprehensive Cancer Network Clinical Practice Guidelines in Oncology. Prevention and Treatment of Cancer Related Infections. Version 1.2018 – February, 2018

O quarto vídeo da Escola Brasileira de Oncologia discute o tratamento em primeira linha de pacientes com câncer de próstata sensível à castração e metastático. Os doutores Diogo Bastos, oncologista clínico do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) e Hospital Sírio-Libanês, e Andrey Soares, oncologista clínico do Centro Paulista de Oncologia e do Hospital Albert Einstein, ambos membros da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), são os convidados. Eles discutem a utilização dos diversos medicamentos lançados desde 2004 e a repercussão de estudos clínicos recentes. Num bate-papo, enfatizam quais são as terapias mais adequadas para esse perfil de paciente e como escolher entre um tratamento e outro.

Confira aqui.

O acesso está disponível aos membros da SBOC. É necessário preencher login (seu e-mail cadastrado na SBOC) e senha.

Rim

O terceiro vídeo da série lançada pela Escola Brasileira de Oncologia Clínica, braço educacional da SBOC, tem como tema tratamento do carcinoma de células claras de rim. Dr. Raphael Brandão, coordenador científico do Grupo Oncoclínicas, oncologista do Hospital Oswaldo Cruz e do Centro Paulista de Oncologia, comenta os desafios de tratar pacientes com carcinoma de células claras de rim. O especialista responde perguntas feitas pelo Dr. Sergio Simon, presidente da SBOC, sobre as opções para a primeira linha, imunoterapia, o papel ainda reservado ao everolimus e as perspectivas apresentadas na última ASCO GU com combinação de terapias e diferentes mecanismos de ação.

Melanoma

Tratamento adjuvante do melanoma é o tema do segundo vídeo da EBO. O Dr. Rafael Schmerling, membro da SBOC e oncologista clínico do Hospital Beneficência Portuguesa em São Paulo, e o Dr. Rodrigo Munhoz, vice-presidente da SBOC para Ensino da Oncologia, traçam um panorama das grandes mudanças ocorridas nesse cenário no último ano.

Câncer de mama

O primeiro vídeo da EBO é sobre tratamento neoadjuvante no câncer de mama triplo-negativo. A Dra. Laura Testa, oncologista clínica de São Paulo e membro da SBOC, comenta qual o esquema de terapia ideal, o papel da carboplatina nesse cenário, a conduta adequada em caso de doença residual e o futuro do tratamento neoadjuvante. A especialista respondeu perguntas feitas pelo Dr. Volney Lima, oncologista clínico de Belo Horizonte e tesoureiro da SBOC.

A EBO

A Escola Brasileira de Oncologia foi lançada pela SBOC para solidificar os programas, ações e eventos educacionais da instituição. A missão da EBO é ampliar e fortalecer o conhecimento técnico e científico de todos os profissionais de saúde envolvidos com a prática da Oncologia Clínica.

De acordo com o presidente da SBOC, Dr. Sergio D. Simon, a ideia é proporcionar mais dinamismo e sinergia em educação continuada de modo a favorecer a prática clínica e toda a comunidade de profissionais de Oncologia. “A evolução do conhecimento científico em oncologia é cada vez mais rápida e impactante. Dessa forma, nos preparamos para oferecer aos nossos membros material pertinente de alto nível”, resume.

A primeira atividade da EBO são esses vídeos educacionais curtos em que especialistas convidados pela SBOC comentam determinados temas sensíveis à prática clínica. O conteúdo abrangerá diversos tipos de câncer e as novidades apresentadas em estudos clínicos de relevância para a conduta do médico.

A primeira série terá um total de 10 vídeos publicados de forma alternada até o Congresso da ASCO, quando novos estudos clínicos devem ser apresentados. Foi feita uma seleção abrangente de temas comentados por especialistas reconhecidos no meio. O objetivo é que o conteúdo seja útil para responder dúvidas dos oncologistas clínicos em seu dia a dia.