Multiprofissional

Equipe Grano

Equipe Grano

Começou ontem, 29 de agosto, em Brasília (DF), e continua hoje (30), o seminário “Integração dos centros e unidades especializadas em oncologia”, promovido pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados destinada a acompanhar as ações de combate ao câncer no Brasil. Dra. Anelisa Coutinho, presidente eleita da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), participou de dois dos três painéis realizados no primeiro dia do evento. Um deles discutiu “Acesso – prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação”, enquanto o outro abordou “Tratamento oncológico – radioterapia, quimioterapia e cirurgia”.

No primeiro módulo – moderado pelo deputado federal Weliton Prado, presidente da Comissão – a oncologista clínica apresentou alguns números do câncer ao redor do mundo e lembrou que o diagnóstico é um fator primordial no tratamento. No Sistema Único de Saúde (SUS), exemplificou, 50% dos pacientes oncológicos têm diagnósticos tardios, diminuindo os prognósticos.

“Prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação têm que andar juntos. Quando mais prevenção tivermos, menos diagnósticos faremos. Quando mais diagnósticos precoce tivermos, mais tratamentos efetivos poderemos oferecer”, ressaltou Dra. Anelisa.

No bloco seguinte, a moderação ficou por conta de Dr. Igor Morbeck, membro do Comitê de Tumores Geniturinários da SBOC. Entre outros pontos, ele afirmou que um dos principais gargalos na linha de cuidados dos pacientes oncológicos é a falta de uma política de prevenção. “Sabemos que se agirmos na prevenção, o custo final do tratamento oncológico é absurdamente inferior. E parte dos recursos que estão limitados no país poderiam ser destinados para prevenir”, comentou.

Complementando essa visão, Dra. Anelisa ressaltou a importância da jornada do paciente, sobretudo no sistema público, defendendo que haja uma porta de entrada onde seja possível realizar diagnósticos precoces e chegar a especialistas, em casos de suspeitas de câncer, que tenham acesso a métodos eficientes de investigação.

Além disso, a presidente eleita da SBOC apresentou algumas ações da entidade em diferentes frentes da oncologia clínica e apresentou a “Proposta para garantir o efetivo acesso a antineoplásicos incorporados ao SUS”.

Também participaram do primeiro dia de seminário os deputados Dr. Frederico, Silvia Cristina, Leo Prates e Maria do Rosário, o senador Dr. Hiran Gonçalves, a ministra da Saúde, Dra. Nisia Trindade, o presidente do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e ex-presidente da SBOC, Dr. Roberto Gil, o ex-ministro da Saúde e membro do Comitê de Políticas Públicas da SBOC, Dr. Nelson Teich, Dr. Marcus Simões, presidente da Sociedade Brasileira de Radioterapia, Dr. Héber Salvador de Castro Ribeiro, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, entre outros.

O evento continua nesta quarta-feira, 30 de agosto, e contará com a presença do presidente em exercício da SBOC, Dr. Carlos Gil Ferreira, e da diretora-executiva da entidade, Dra. Marisa Madi. As gravações deste primeiro dia estão disponíveis aqui e aqui.

De acordo com informações do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Saúde Suplementar, o valor gasto pelo Brasil no ano de 2019 alcançou R$1,3 bilhão, incluindo tanto os gastos diretos quanto os indiretos ligados à problemática do câncer de pulmão. Uma análise entre os anos de 2015 e 2019 revelou que em torno de 80% das despesas estão associadas a mortes precoces, acarretando, consequentemente, uma considerável diminuição na produtividade do país.

Em entrevista concedida à Folha de S. Paulo, o presidente da SBOC, Dr. Carlos Gil Ferreira, afirmou que devido à elevada taxa de mortalidade, o câncer de pulmão exerce uma significativa influência na ordem econômica. Ele acrescentou ainda que o câncer de pulmão representa uma questão de grande relevância em termos de saúde pública em escala mundial, e destacou que a abordagem mais eficaz para incrementar as perspectivas de cura reside na identificação precoce do diagnóstico. "Nesse sentido, as estratégias de rastreamento no Brasil ainda são muito limitadas. O estudo é importante ao tentar levantar os custos desse tipo de câncer no país, com foco no potencial impacto das estratégias de rastreio", destacou.

Veja a reportagem na íntegra no site da Folha de S. Paulo.

Nesta terça-feira, 22 de agosto, ocorreu o 5º Fórum Oncoguia de Câncer de Pulmão - evento realizado em parceria pelo Oncoguia e o Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT). O tema do Fórum este ano foi a importância da testagem do câncer de pulmão para melhor abordagem e desenvolvimento do tratamento de pacientes.

Ex-presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e atual membro do Comitê de Defesa Profissional da entidade, Dr. Gustavo Fernandes participou do módulo “Precisamos de tratamentos efetivos disponíveis”, discutindo o processo de incorporação das drogas oncológicas na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

Sobre a falta de acesso a medicamentos já aprovados no SUS (como evidencia documento da SBOC sobre o tema), Dr. Gustavo Fernandes lembrou que, por um lado, acontece  essa aprovação de drogas cujo o custo deveria ser coberto, mas por outro há barreiras que inviabilizam o seu uso e, portanto, dificultam a atividade do oncologista e o tratamento dos pacientes.

Em relação à contribuição da SBOC nesta área, o ex-presidente falou sobre as Diretrizes SBOC, documentos públicos com recomendações terapêuticas nas diferentes subespecialidades oncológicas, atualizadas anualmente. “Queremos muito participar das discussões com a Conitec, mostrando os subsídios que temos: as evidências e a visão do cuidado dos oncologistas com os pacientes no dia a dia.”

O Fórum abordou, ainda, discussões sobre acesso à pesquisa clínica, desafios na jornada da biópsia e outros temas. O evento aconteceu em meio às campanhas de Agosto Branco, mês de conscientização sobre o câncer de pulmão no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse tumor é o terceiro mais comum em homens, com 18.020 casos novos estimados em 2023, e o quarto mais comum em mulheres, com 14.540 casos novos estimados.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) promove, até 29 de agosto, a Consulta Pública (CP) Nº 114, recebendo contribuições para as recomendações preliminares relacionadas às propostas de atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde.

As tecnologias avaliadas são:

Encorafenibe, em combinação com Binimetinibe

Lenvatinibe, em combinação com Pembrolizumabe

  • Indicação: para tratamento de pacientes adultas com câncer endometrial (CE) avançado, que apresentem progressão da doença após terapia sistêmica prévia à base de platina, proficientes em reparo de incompatibilidade do DNA (pMMR), e que não sejam candidatas à cirurgia curativa ou radiação (radioterapia)
  • Relatório da Cosaúde
  • Relatório de recomendação preliminar

Entidades médicas e da sociedade civil manifestaram apoio à evolução do projeto de lei na Câmara dos Deputados, o qual visa estabelecer a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa proposta visa possibilitar o monitoramento de todas as fases do atendimento por meio de um sistema de informações. Através dessa ferramenta, será viável verificar a posição nas filas para consultas, tratamentos e transplantes. O projeto agora prossegue para avaliação no Senado.

Em entrevista ao site da revista Veja Saúde, o presidente da SBOC, Dr. Carlos Gil Ferreira, ressaltou que a reestruturação do tratamento do câncer no âmbito do SUS pode contribuir para resolver as disparidades que atualmente persistem no sistema público de saúde, além de aproximá-lo do nível de atendimento oferecido no setor privado. “Esperamos que o projeto avance e signifique um novo momento para a oncologia brasileira”, declarou.

Confira a reportagem na íntegra

A edição do jornal O Globo da última segunda-feira (14) abordou em ampla reportagem que o Ministério da Saúde ainda não elaborou uma estratégia abrangente para o diagnóstico e tratamento do câncer dentro do âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Diante da ausência de uma abordagem coordenada, segundo a reportagem, especialistas destacam obstáculos que requerem solução. Os desafios enfrentados pelos pacientes englobam desde a carência de profissionais oncologistas, passando pela detecção da doença em estágios avançados, até a escassez na distribuição de medicamentos necessários.

Complementarmente, a matéria apresentou uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), a qual apontou que, pelo menos, cinco tratamentos de ponta contra o câncer, que foram devidamente autorizados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) e integrados ao SUS, continuam inacessíveis para os pacientes.

Confira a reportagem na íntegra no site do O Globo

Nesta semana, em 9 de agosto, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2.952/2022, que institui a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), de autoria da Comissão Especial sobre Ações de Combate ao Câncer. Agora, a proposta será encaminhada ao Senado Federal.

O intuito do projeto é que, uma vez promulgado, as Comissões Intergestoras do SUS pactuem as responsabilidades dos entes federativos nas linhas de cuidado ao câncer que compõem a política, levando em consideração as características demográficas e epidemiológicos e o desenvolvimento econômico-financeiro de cada parte.

Também será mantido pelo poder público um sistema de dados com o registro de suspeitas e confirmações de casos de câncer. O formulário virtual também irá arquivar os detalhes do processo de assistência, com o objetivo de facilitar a supervisão eficaz da execução da política nacional. No sistema, os pacientes também poderão consultar suas posições nas filas de espera.

Outra novidade que o texto traz é o Programa Nacional de Navegação da Pessoa com Diagnóstico de Câncer. Esta parte do projeto determina um passo a passo para o paciente em todas as etapas: do diagnóstico ao tratamento do câncer, desde o momento da suspeita da doença. A expectativa é que isso possa agilizar o atendimento.

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dr. Carlos Gil Ferreira, a iniciativa é um passo para garantir um ponto fundamental do SUS: a equidade. “A reorganização do atendimento ao câncer no SUS pode ajudar a solucionar as inequidades que existem no próprio serviço público, bem como aproximá-lo do atendimento privado prestado hoje. Esperamos que o projeto avance e signifique um novo momento para a oncologia brasileira”, comentou.

Desde o início da legislatura, a SBOC tem participado de diversas audiências públicas da Comissão Especial sobre Ações de Combate ao Câncer, presidida pelo deputado federal Weliton Prado. Na avaliação do parlamentar, o projeto é um marco no combate à doença, que já é a mais letal em muitas cidades do Brasil.

A Comissão, na figura da deputada federal Silvia Cristina, também convocou um seminário, em São Paulo, para discutir o tema. O objetivo é colher informações que possam contribuir no estímulo ao conhecimento e permitir a conscientização quanto ao combate ao câncer no Brasil. A SBOC é uma das entidades convidadas a participar do encontro, que acontecerá no próximo dia 18 de agosto, às 10h.

Nos dias 1 e 2 de agosto, a nova Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer foi o centro da discussão da Edição Especial Global Forum 2023. Organizado pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, o evento discutiu temas que impactam a saúde brasileira e contou, nesta edição, com a presença de diversas autoridades da saúde, como o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dr. Carlos Gil Ferreira.

Desde 2019, outro evento da entidade, o Global Forum Fronteiras da Saúde, acontece para desenvolver e propor soluções sustentáveis para diversas questões sanitárias. Para dar conta de discussões mais pontuais, porém, foi criado o Edição Especial Global Forum, que se debruça sobre pontos mais específicos. Em 2023, a escolha pelo tema se deu pela necessidade de revisão das políticas de combate ao câncer no país, sobretudo sob a ótica da parte mais importante do processo: o paciente.

No primeiro dia, Dr. Carlos Gil esteve presente na abertura do encontro, dividindo a sessão com Marlene Oliveira, presidente do Lado a Lado, Dr. Roberto de Almeida Gil, diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e ex-presidente da SBOC, Dr. Fernando Henrique Maia, coordenador da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer, e os deputados Eduardo Pedrosa, Silvia Cristina e Weliton Prado.

Mais tarde, no mesmo dia, o presidente da SBOC participou do painel “Os números do câncer assustam, mas as desigualdades no diagnóstico e tratamento assustam mais ainda”, moderado pelo mastologista Dr. Bruno Laporte, com Dr. Carlos Gil, Dr. Roberto Gil, Dr. Fernando Henrique Maia e Larissa Verissimo, consultora da Organização Pan-americana de Saúde, como debatedores.

O Instituto Lado a Lado pela Vida nasceu em 2008 para conscientizar os homens a cuidarem da saúde. Em 2011, a entidade foi organizadora da campanha Novembro Azul. Atualmente, realizam ações relacionadas a diversos tipos de câncer, como os tumores mamários, pulmonares, colorretais, entre outros.

No último sábado, 29 de julho, gestores de diversas Sociedades de especialidades médicas se reuniram em Campinas (SP) para um encontro de troca de experiências. A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) foi representada na ocasião por sua diretora-executiva, Dra. Marisa Madi.

O encontro possibilitou diversas reflexões sobre desafios semelhantes que enfrentam as diferentes entidades, independentemente do tamanho. Também ficou evidente que todas as Sociedades estão em uma tendência de profissionalização administrativa.

“No encontro, abordamos também questões relacionadas a eventos, relacionamento com associados, planejamento estratégico e programas educacionais. Foi uma excelente reunião e esperamos repeti-la no futuro”, conta Dra. Marisa.

Além da SBOC, estiveram representadas por seus gestores as Sociedades Brasileiras de Dermatologia, de Endoscopia Digestiva, de Cirurgia Oncológica, de Cardiologia, de Ortopedia e Traumatologia e de Medicina Nuclear, as Associações Brasileiras de Medicina Intensiva e de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, o Colégio Brasileiro de Radiologia e a Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, entre outras.

Em matéria publica pelo Jornal O Globo, as farmacêuticas Moderna e MSD anunciaram o início da terceira e última etapa dos testes clínicos com o imunizante desenvolvido para o tratamento de pacientes com melanoma, tipo de câncer de pele mais letal.
O oncologista clínico e ex-presidente da SBOC, Dr. Gustavo Fernandes, concedeu entrevista ao veículo e reforçou a evolução das terapias de RNAm no período pós pandemia: “Essa vacina para melanoma vem gerando uma repercussão muito grande na comunidade científica. O estudo da fase 2 demonstrou um benefício bem interessante”.

O resultado apresentado mostrou um potencial significativo durante a fase dois dos estudos, quando, em conjunto com o anticorpo monoclonal Keytruda, proporcionou uma redução de 44% nas mortes e recorrências do tumor em comparação com aqueles que somente receberam o medicamento.

Confira a reportagem na íntegra

267x266.png