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Desde o começo do século, a sociedade civil e diversas entidades da saúde têm trabalhado pela campanha de Novembro Azul, cujo objetivo é conscientizar a população sobre a saúde do homem e os riscos de desenvolvimento de algumas doenças em especial, como o câncer de próstata. De lá para cá, a iniciativa tem ajudado a aumentar o conhecimento em torno do tumor que afeta essa glândula do sistema genital masculino, localizada na frente do reto e embaixo da bexiga urinária.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Estima-se que, durante o triênio 2020-2022, aparecerão mais de 65 mil¹ novos casos dessa doença no país – o que equivale a 62,95 casos para cada 100 mil homens.
Para ajudar a informar a população e desmistificar o câncer de próstata, o comitê de Tumores Geniturinários da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) esclarece alguns mitos e verdades sobre a doença. Confira:
O câncer de próstata só aparece em homens idosos
Mito – apesar de ser bem mais incidente na terceira idade, uma vez que 75% dos casos ocorrem em homens a partir dos 65 anos, a doença também pode aparecer em jovens. Por isso, homens de todas as idades devem atentar-se aos fatores de risco e diante de sinais como
sangue na urina ou sêmen; dor ao urinar; jato urinário mais fraco; sensação de esvaziamento incompleto da bexiga; dor óssea, entre outros não habituais, procurar ajuda médica com urgência.
Exame de toque retal só deve ser feito depois dos 50 anos de idade
Mito – a indicação dos exames que ajudam a diagnosticar o câncer de próstata deve seguir a orientação médica, que leva em consideração o histórico de cada paciente. Testes como o PSA (Antígeno Prostático Específico) e o toque retal, que são complementares, podem ser solicitados pelo médico partir dos 45 anos de idade ou, às vezes, até mais cedo.
Exame de toque retal dói
Mito – o exame de toque retal é totalmente indolor. O procedimento é feito manualmente por um médico urologista, que utiliza o dedo indicador para tocar a próstata e sentir se houve crescimento do órgão ou alguma alteração na região. O exame dura em torno de 15 a 20 segundos, e é importante frisar que sua realização não tem qualquer relação com a sexualidade do paciente.
Obesidade e sedentarismo são fatores de risco para o câncer de próstata
Verdade – esses fatores estão diretamente ligados a alterações do metabolismo, bem como a ingestão em excesso de alimentos processados, corantes, excesso de açúcares e outros condimentos. Essas alterações podem levar a mutações que dão origem a células cancerígenas. Manter uma rotina de atividades físicas e dieta equilibrada ajudam a desinflamar o corpo, evitar altos níveis de gordura e, por consequência, diminuem a possibilidade de mutações do metabolismo.
Câncer de próstata não tem relação com a orientação sexual
Verdade - nenhum tipo de relação sexual é causa ou fator de prevenção para o câncer de próstata, seja ela heteronormativa ou homossexual. No caso de pessoas nascidas homens, mas que passaram pelo processo de redesignação sexual, o exame de próstata deve ser mantido, uma vez que o órgão geralmente não é retirado em cirurgias de redesignação. O exame de toque retal e PSA devem ser mantidos nessa população, seguindo os mesmos critérios já citados acima.
O tratamento do câncer de próstata causa impotência sexual
Depende – geralmente, após o tratamento do câncer de próstata, a maioria dos homens costuma manter suas funções sexuais de forma regular. Mas, em alguns casos, dependendo da localização e do tamanho do tumor a ser tratado, pode ocorrer alguma lesão dos nervos que rodeiam a próstata e controlam a ereção. Mesmo com pequenas possibilidades de disfunção, com o tempo e com tratamentos auxiliares, é possível recuperar a capacidade de ereção peniana.
Vasectomia causa câncer de próstata
Mito – não há fator de risco e nem relação direta entre o processo de vasectomia e o surgimento de câncer de próstata.
Câncer de próstata é hereditário
Mito – apesar de o fator hereditário estar relacionado ao surgimento do câncer de próstata, podendo dobrar as chances de desenvolvimento da neoplasia para aqueles que tem parentesco de primeiro grau com pacientes da doença, nem todo mundo com histórico familiar necessariamente sofrerá com o câncer de próstata. Há diversos fatores que podem contribuir com o seu desenvolvimento, indo muito além da predisposição genética.
“O câncer de próstata tem grandes chances de cura, se diagnosticado no início. Dependendo do estágio da doença, o tratamento pode incluir cirurgia para remoção do tumor e radioterapia. Para casos mais avançados, pode ser combinada a terapia hormonal. Não deixe de frequentar consultas médicas e realizar exames de rotina”, completa Dr. Igor Morbeck.
Para mais informações sobre o câncer de próstata, confira o infográfico da SBOC.
O XXIII Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, realizado na cidade do Rio de Janeiro, foi um sucesso! Em três dias, centenas de palestrantes e milhares de congressistas acompanharam debates intensos sobre todos os aspectos que giram em torno do tratamento do câncer. A seguir, acesse a cobertura realizada pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e relembre alguns dos destaques do evento.
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Foram mais de 2.600 médicos, profissionais da saúde, pesquisadores e gestores participando de três dias inteiros dedicados a discussões sobre o que há de mais avançado em termos de cuidados assistenciais, desafios nacionais e perspectivas contra o câncer. Os especialistas, que vieram de todo o Brasil, também discutiram temas como acesso ao sistema de saúde, diversidade étnica na oncologia, mulheres em posições de liderança, políticas públicas, entre outros.
Confira alguns dos melhores momentos do XXIII Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica:
No último dia de programação científica do Congresso, as mulheres ganharam destaque. Uma sessão conjunta entre Sociedade Brasileiro de Oncologia Clínica (SBOC) e American Society of Clinical Oncologya (ASCO) discutiu temas como sub-representação em cargos de liderança e barreiras diárias baseadas em normas de gênero.
“Idealizamos essa joint session por ser um tema que está dentro de nossas casas, em um momento difícil de transição na política, em que o tema das mulheres foi mais forte ainda. Somos vetores desse momento de transformação, cabe a nós mudar nossos ambientes de trabalho”, introduziu a ex-presidente da SBOC, Dra. Clarissa Mathias, que foi co-chair da sessão ao lado de Dra. Lynn Schuchter, presidente eleita da ASCO.
A palestrante internacional ressaltou que parte do problema das mulheres no mercado de trabalho e no mercado oncológico se deve em parte pelo número reduzido de oportunidades em cargos de liderança.
Outros agravantes para um cenário já difícil foram apresentados. Dados da McKinsey indicam que após a pandemia estamos em meio a um great breakup – um momento em que muitas mulheres estão deixando suas posições de liderança motivadas por mudanças de paradigma como o trabalho remoto e novos desafios.
Em relação ao cenário acadêmico, com dados dos Estados Unidos, Dra. Lynn mostrou que apesar de as mulheres serem maioria nesses espaços, a diversidade nas posições de reitoria não acompanha essa distribuição. “A proporção é de oito homens e duas mulheres a cada dez reitores”, enfatizou.
Dra. Lynn lembrou ainda a importância do apoio externo para a efetivação de políticas de gênero dentro das instituições e o surgimento de oportunidades para mulheres. “As mulheres são over-mentored [que pressupõe um suporte privado] e under-sponsored [que significa um apoio público partindo de pessoas em cargos de liderança]”, diagnosticou.
Esse aspecto da carreira da mulher na oncologia também foi o ponto de discussão de uma palestra conduzida em parceria pela Dra. Angélica Nogueira Rodrigues, diretora da SBOC, e Dra. Clarissa.
“Mentorar alguém é oferecer uma orientação estruturada para dar suporte e coragem para a pessoa maximizar seu potencial, performance e chegar a ser quem ela quer. Quando falamos em mentorar uma mulher, há diferenças?”, questionou Dra. Angélica.
Em sua avaliação, sim, há especificidades a serem levadas em conta nesses processos. A maior parte delas estão ligadas ao glass ceiling – ou teto de vidro. A expressão define barreiras invisíveis ou artificiais que impedem que as mulheres avancem e passem de um certo nível de liderança dentro das instituições.
Na sua avaliação, quebrar este glass ceiling é necessário para que outras mulheres possam percorrer o caminho que outra inaugurou. Como o caso de Dra. Clarissa, que após duas gestões como diretora da SBOC, assumiu a presidência da entidade entre 2019 e 2021.
“A gente quebrou essa barreira e outras mulheres estão vindo no futuro, como a presidente eleita da SBOC Dra. Anelisa Kruschewsky Coutinho e outras com certeza virão. Nesses dois anos que estive lá, estivemos em um lugar ainda melhor e o Dr. Carlos Gil [também presidente eleito da entidade] irá perpetuar isso também”, disse a ex-presidente.
Outra convidada da sessão foi Flavia Maria Bittencourt, atual CEO da Adidas Brasil e vice-presidente para a América Latina. Mãe de quatro filhos, a convidada contou sua trajetória como um incentivo para que mais mulheres enfrentem os desafios diários aos quais são submetidas sem que deixem de lado suas carreiras.
Ela também trouxe dados relevantes para a discussão. Na América Latina, apesar de as mulheres acumularem mais anos de estudos do que os homens, elas ocupam apenas 14% das posições de conselho. “Sessenta e três por cento das companhias na Bolsa têm mulheres no conselho, mas na maioria das vezes apenas uma, no máximo duas”, relatou.
Outro relatório da McKinsey foi destacado pela executiva: quando uma companhia tem mais mulheres, há 30% de chance que o seu desempenho financeiro melhore; é identificado maior estímulo criativo e conexão com clientes e stakeholders; e cresce em 14% a probabilidade de superar a performance da empresa em relação a seus competidores.
A programação científica do XXIII Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica terminou na tarde deste sábado, 5 de novembro, com a aula plenária do Dr. Vicente Valero, professor do MD Anderson Cancer Center (Universidade do Texas). Com o tema New Landscape in the Systemic Treatment of Breast Cancer and its Impact in Survival, o palestrante internacional fez uma síntese sobre os avanços terapêuticos contra o câncer de mama nos últimos anos.
Antes de dar início ao conteúdo científico, Dr. Valero agradeceu ao presidente da SBOC, Prof. Dr. Paulo M. Hoff, pela oportunidade de estar no Congresso SBOC 2022. “É uma honra estar aqui e ver um de meus mentorados se destacando”, comentou. “Quando você tem um mentorado melhor do que você, então é sinal de que é um bom mentor, sempre digo. É um orgulho ver as transformações que Paulo fez como líder, gestor e médico”, acrescentou.
Introduzindo sua aula, o oncologista trouxe alguns dados sobre o câncer de mama, apontando que essa é uma das mais comuns doenças não apenas no Brasil, como no mundo. “São três os principais tipos do câncer de mama. Dentro deles, há outros vários subtipos. Esse conjunto é responsável por 1.500.000 casos de tumores ao redor do globo todos os anos, causando 500.000 mortes aproximadamente. Em 1991, quando comecei no MD Anderson, para cá, as drogas para trata-lo eram limitadas, mas hoje há grande evolução”, disse.
Temas livres
Antes da aula principal, também foram apresentados quatro dos principais trabalhos submetidos ao evento que foram selecionados para a sessão plenária. O artigo de Dra. Olga Laura Sena Almeida (Comparison of the effect of megestrol versus mirtazapine in the treatment of anorexia-cachexia syndrome in patients with advanced cancer) foi escolhido como o melhor deles e a autora recebeu o Prêmio SBOC de Ciências das mãos de Dr. Jorge Sabbaga, coordenador da Sessão de Pôsteres do Congresso.
Também apresentaram seus resumos: Dra. Ana Julia Aguiar de Freitas (Identification of biomarkers associated with complete pathological response in the nacatrine trial); Dra. Carolina Alves Costa Silva (Gut microbiota composition signature and shift during standard therapies in patients with metastatic renal cell carcinoma); e Dr. Wagner José Fávaro (Clinical implications of t-cell CX3CR1, toll-like receptor 4 signaling pathway and imune checkpoints in non-muscle invasive bladder cancer).
Além do reconhecimento ao melhor trabalho científico do evento, foram concedidas outras premiações durante a sessão plenária. Dr. Auro del Giglio, oncologista clínico da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), ganhou o Prêmio Ronaldo Ribeiro de Carreira em Oncologia Clínica.
“Agradeço a SBOC pelo prêmio e a todas as instituições por quais passei nesses anos. Há cerca de 40 anos me formei para me dedicar à pesquisa e ao ensino. Passei por professores que me ensinaram a fazer perguntas para pacientes e a responder com estudos clínicos. Hoje, na FMABC formamos vários residentes dessa maneira”, disse Dr. Giglio em vídeo, pois não pôde estar presente no evento.
Dr. Aline Lauda Freitas Chaves foi contemplada com o Prêmio SBOC de Protagonismo Feminino na Oncologia. “Essa premiação representa tantas mulheres queridas que lutam dia a dia por representatividade. Para nós, mulheres, são muitas escolhas e renúncias. Muitas das quais vão contra o nosso instinto natural de ser mulher”, afirmou a oncologista clínica e membro da próxima diretoria da SBOC.
Foram entregues, ainda, o Prêmio SBOC de Pesquisa Oncológica Translacional para o Prof. Dr. Roger Chammas, pesquisador do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo; e o Prêmio Jovem Oncologista SBOC, concedido a Dr. Pedro Henrique Isaacson Velho, pesquisador do Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre (RS).
Antes do fim da sessão, o Prof. Dr. Paulo M. Hoff agradeceu e homenageou de surpresa o Dr. Jorge Sabbaga, pela sua dedicação ao Brazilian Journal of Oncology.
Fechando a plenária, o presidente eleito da SBOC, Dr. Carlos Gil, também deu sua contribuição. “Ressalto novamente que o novo modelo de gestão da SBOC já está dando certo e espero que, quando assumir, possa fazer uma presidência à altura”, comentou antes de convidar os presentes para o XXIV Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, que acontecerá na cidade do Rio de Janeiro, entre 15 e 18 de novembro, em paralelo à IV edição da Semana da Oncologia, que é realizada em parceria com as Sociedades Brasileiras de Cirurgia Oncológica e Radioterapia.
Com o encerramento das atividades científicas do XXIII Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, os associados da SBOC foram convidados a participarem da Assembleia Geral Ordinária da instituição, que ocorreu na sequência da sessão plenária. No encontro foram apresentados resultados prévios de 2022 e discutidos planos para o futuro da entidade.
O Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica nasceu em 1979, antes da fundação oficial da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), que aconteceria dois anos depois. De lá para cá, já foram 22 edições realizadas com sucesso em 11 cidades, de quatro regiões do país, estabelecendo o evento como parte fundamental da história da oncologia no Brasil. Relembre alguns desses momentos:
Além da programação científica de alto nível, o XXIII Congresso Brasileira de Oncologia Clínica, que acontece entre 3 e 5 de novembro, terá o lançamento de cinco livros nos intervalos das sessões. Todos os eventos ocorrerão no estande da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). Conheça as obras e confira as datas e horários:
Poesias Medicinais de A a Z: receita poéticas de amor e esperança contra o câncer
Autora: Dra. Adriana Pires
Quando: 3/11, das 10h às 10h30
Oncologia: princípios e prática clínica
Autores: Dr. Romualdo Barroso Sousa e Dr. Gustavo Fernandes
Quando: 3/11, das 15h30 às 16h
Oncologia de precisão
Autores: Dr. Carlos Gil Ferreira, Dr. Mariano Zalis, Dr. Rodrigo Dienstmann, Dr. Jorge Reis Filho, Dr. Bruno Ferrari
Quando: 4/11, das 10h às 10h30
Tratado de Oncologia
Autores: Prof. Dr. Paulo M. Hoff, Dr. Roger Chammas (editores) e Dra. Renata Rodrigues da Cunha Colombo Bonadio (editora associada)
Quando: 4/11, das 15h30 às 16h
Manual de Oncologia de Cabeça e Pescoço: suporte e reabilitação
Autores: Dra. Aline Lauda Freitas Chaves, Dr. Gustavo Nader Marta e Dr. Luiz Paulo Kowalski (organizadores)
Quando: 5/11, das 10h às 10h30
Outros destaques do SBOC 2022
Além dos lançamentos de livros, o Congresso SBOC 2022 contará com outras novidades importantes:
Sessão para pacientes oncológicos
Organizada em conjunto com o Instituto Oncoguia, o Programa Especial para Pacientes terá três blocos na quinta-feira, 3 de novembro, das 8h15 às 16h30. Essa é a única atividade que terá transmissão virtual em todo o evento, por meio das redes sociais da SBOC e do Oncoguia.
Entre diversos convidados, participarão: Prof. Dr. Paulo M. Hoff, presidente da SBOC, Dr. Fábio Franke, diretor da SBOC, Tiago Farina Matos, assessor jurídico da SBOC, Luciana Holtz, presidente do Oncoguia, e Helena Esteves, diretora de Advocacy do Oncoguia.
Sessão de mídias
Outra atividade especial é um workshop sobre mídias, em 3 de novembro às 16h, cujo tema será “O bê-á-bá das redes sociais”. Conduzida por especialistas em comunicação, a sessão contará com reflexões acerca do uso responsável e do papel do médico nas redes on-line e com atividades práticas.
O workshop será precedido por uma mesa sobre o tema, que começa às 14h, com coordenação de Dra. Marina Sahade e moderação de Dra. Maria Cecília Mathias. Serão três palestras: “Network e desenvolvimento profissional na era digital” (Denyze Santos da Silva); “O papel das sociedades médicas no cenário de infodemia” (Ricardo Machado); e “O médico tiktoker: qual o limite?” (Marina Sahade).
A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) realiza, de 3 a 5 de novembro, na cidade do Rio de Janeiro, o XXIII Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica. Com a previsão de receber cerca de 3 mil participantes, o tradicional evento é o maior da América Latina sobre oncologia clínica e tem como objetivo atualizar e integrar médicos e outros profissionais da área da saúde, pesquisadores, gestores, formuladores de políticas públicas e demais agentes que atuam no enfrentamento do câncer.
Já estão confirmados no Congresso SBOC palestrantes internacionais e mais de 300 nacionais. Eles ministrarão aulas de variados temas da oncologia e da saúde de forma geral, além de compartilhar estudos de casos clínicos, novos tratamentos contra o câncer, variações da doença e principais novidades do setor.
Entre os destaques internacionais, estão Dr. Vicente Valero, Dr. Scott Kopetz e Dra. Renata Ferrarotto, do MD Anderson Cancer Center; Dra. Lynn Schuchter, presidente eleita da American Society of Clinical Oncology (ASCO); Dr. Toni K Choueiri e Dr. Otto Metger, da Harvard Medical School. Eles se juntarão aos mais renomados oncologistas brasileiros para discutir as principais novidades científicas contra o câncer.
Com o lema “Ciência e Cuidado”, a programação do Congresso SBOC 2022 contará com palestras e debates sobre mudanças e desafios na prática clínica oncológica, envolvendo os diferentes tipos de tumores; novidades terapêuticas e avanços na imunoterapia; cuidados paliativos e integrativos contra o câncer; economia da saúde e políticas públicas; pesquisa clínica; diversidade étnica na oncologia, entre outros temas.
A XXIII edição do Congresso terá também uma sessão especial para pacientes, voltada aos que fazem tratamento contra o câncer e que queiram esclarecer as principais dúvidas sobre a doença, terapias e cuidados gerais. Essa programação será a única do evento com transmissão ao vivo, por meio das redes sociais da SBOC e do Instituto Oncoguia.
Para conferir a agenda completa do XXIII Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, acesse: www.congressosboc.com.br.
Novidades da edição 2022
Presidente da SBOC, o Prof. Dr. Paulo M. Hoff conta que o XXIII Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica passa a partir de 2022 a ser um evento anual e não mais bienal. “Optamos por realizar o Congresso SBOC anualmente para acompanharmos melhor o dinamismo com que o conhecimento científico oncológico e da prática clínica acontecem ao redor do mundo”, comenta. “A ideia de termos o Congresso todos os anos é também consequência natural da consolidação da SBOC como entidade mobilizadora dessa rede de profissionais e instituições que fazem a oncologia clínica brasileira”, acrescenta.
Tendo passado por 11 cidades diferentes de quatro regiões do país ao longo das suas 22 edições, o Congresso que deu origem à criação da SBOC volta a ser realizado de forma 100% presencial, lembra o presidente da Comissão Científica do Congresso, Dr. Gustavo Fernandes. “Agora, com a possibilidade de reunir presencialmente os principais nomes da oncologia e subespecialidades, queremos trabalhar os temas mais atuais e pertinentes no que se refere ao câncer”, comenta. “Inclusive, abrimos para que todos os associados da SBOC pudessem enviar propostas de temas, palestrantes e aulas para compor a programação deste ano”, revela.
Serviço:
XXIII Congresso Brasileiro de Oncologia Clínico
3 a 5 de novembro de 2022 | Windsor Convention & Expo Center.
R. Martinho de Mesquita, 129 - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ.
Após mais de 600 associados votarem, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) encerrou a apuração do processo eleitoral para as suas Representações Regionais ao redor do Brasil nesta segunda-feira, 24 de outubro. Confira os eleitos por região:
Centro-Oeste
Dr. Fernando Sabino Marques Monteiro (DF)
Dra. Marcela Crosara Alves Teixeira (DF)
Nordeste
Dra. Bárbara Maria Lafayette Viana da Luz (PE)
Dr. Eriberto de Queiroz Marques Júnior (PE)
Dra. Luciana Castro Garcia Landeiro (BA)
Norte
Dra. Kalysta de Oliveira Resende Borges (PA)
Dr. Williams Fernandes Barra (PA)
Sudeste
Dr. Flávio Silva Brandão (MG)
Dr. Paulo Siqueira do Amaral (SP)
Dr. Pedro Henrique Araujo de Souza (RJ)
Dra. Renata D’Alpino Peixoto (SP)
Dra. Tatiane Caldas Montella (RJ)
Sul
Dra. Andrea Scaletzky (RS)
Dra. Maria Cristina Figueroa Magalhães (PR)
As eleições para o Sul, o Sudeste e o Centro-Oeste foram realizadas com um intervalo de 24 horas de votação entre a última segunda-feira, 17, e terça-feira, 18. Por problemas técnicos, o processo eleitoral das regiões Norte e Nordeste se deu entre os dias 20 e 21 de outubro, também em 24 horas. Confira os boletins de urna aqui e aqui.
Representações Regionais SBOC
A escolha de representantes regionais é uma novidade da SBOC com o intuito de engajar oncologistas clínicos de todo o Brasil e aumentar a capilaridade da instituição. Trata-se de uma novidade estabelecida no Regimento Interno da entidade. O número de vagas e a distribuição por estados (distritos) foi definido pela Diretoria da entidade a partir do quantitativo de associados por região/estado, com base no último ciclo de adimplência.
Entre outras funções, os representantes regionais deverão participar ativamente das reuniões estratégicas com a Presidência da entidade; promover o compartilhamento ágil e estratégico de percepções regionais; representar a SBOC em eventos, audiências e reuniões regionais, assim como atuar como porta-voz da instituição junto aos veículos de comunicação quando solicitado pela Diretoria; e estimular a adesão de novos associados à entidade.
O mandato dos membros das Representações Regionais será de um ano, iniciando-se no primeiro dia do ano civil subsequente ao da realização do processo eleitoral. Ou seja, todos os eleitos tomam posse em janeiro 2023.
Confira as propostas dos candidatos eleitos
Centro-Oeste
• Dr. Fernando Sabino Marques Monteiro (DF)
“O Brasil é um país continental e as diferentes regiões possuem suas particularidades e dificuldades. Pretendo atuar junto à gestão nacional da SBOC apresentando as dificuldades e as demandas encontradas por nossa especialidade e pacientes no Distrito Federal; e também propor soluções e melhorias para elas.”
• Dra. Marcela Crosara Alves Teixeira (DF)
“Aos colegas oncologistas coloco-me à disposição para a Representação Regional da SBOC. Acredito no fortalecimento local da nossa especialidade e Sociedade.”
Nordeste
• Dra. Bárbara Maria Lafayette Viana da Luz (PE)
“Pretendo tornar-me Representante Regional devido a importância de uma representatividade regional, acessível, que atua tanto no sistema público como privado, com visão global e ciência de necessidades locais. Com atuação na formação e educação continuada desde residentes a oncologistas formados, visto a velocidade das atualizações e mudanças. Por fim, ser ponte com a entidade nacional com atuação regional alinhada ajudando a fortalecer nossa especialidade.”
• Dr. Eriberto de Queiroz Marques Júnior (PE)
“Procuro representar a Região Nordeste com o objetivo principal de fortalecer o oncologista da região, seja no setor público ou privado. Outro objetivo será trabalhar junto da Diretoria da SBOC pela realização de mais eventos científicos regionais, seja nas capitais ou no interior dos estados.”
• Dra. Luciana Castro Garcia Landeiro (BA)
“Enquanto Representante Regional da SBOC espero poder contribuir com o pleno desenvolvimento dos objetivos da entidade através da contribuição ativa nas reuniões estratégicas, compartilhamento de percepções regionais de forma ágil e efetiva, e atuando, sempre que necessário, como porta-voz da instituição.”
Norte
• Dra. Kalysta de Oliveira Resende Borges (PA)
“O Brasil é um país continental e a representatividade regional encurta essa extensão, notadamente na região Norte com 3.853.575,6 km² e distribuição populacional de difícil acesso aos serviços de saúde. Atrair novos profissionais para a especialidade, fortalecer vínculos com a SBOC e apoiar melhorias na educação, prevenção ao câncer e equidade terapêutica são ações emergenciais e imperativas.”
• Dr. Williams Fernandes Barra (PA)
“A atuação do oncologista clínico em cenários afastados dos grandes centros brasileiros acrescenta dificuldades à prática inerentemente cheia de desafios. Após uma década de atuação no Pará e no Amapá, podemos contribuir para aproximar a SBOC aos oncologistas e à população do Norte do Brasil.”
Sudeste
• Dr. Flávio Silva Brandão (MG)
“Sou oncologista clínico pela Santa Casa de Belo Horizonte, serviço esplendidamente concebido pelo Dr. Sebastião Cabral. Trabalho na própria Santa Casa e no grupo Oncoclínicas, tenho bastante experiência tanto no setor público quanto privado. É justamente o setor público me preocupa, com tabelas e protocolos defasados. Meu foco é a interlocução com as entidades governamentais a fim de melhorar o tratamento aos usuários do SUS em Minas Gerais.”
• Dr. Paulo Siqueira do Amaral (SP)
“Oncologista e, atualmente, atuando pelo ICESP-FMUSP, meus objetivos representando a SBOC são três: reduzir as distâncias entre a capital e centros no interior do estado. Esclarecer a relevância da SBOC para o jovem oncologista ou recém-egresso da residência. Fortalecer o papel da Sociedade na saúde pública.”
• Dr. Pedro Henrique Araujo de Souza (RJ)
“Quero usar minha experiência em coordenação de unidades de oncologia, residência médica, bem como atuação em pesquisa clínica, para integrar a comunidade de oncologia em torno de discussões importantes na nossa prática, seguindo diretrizes da SBOC: educação continuada, formação de residentes, pesquisa clínica, incorporação de novos tratamentos e novas tecnologias.”
• Dra. Renata D’Alpino Peixoto (SP)
“A minha candidatura à Representante Regional da SBOC se deu em virtude da possibilidade de contribuir para o crescimento desta sociedade cada vez mais fundamental no exercício da oncologia clínica no Brasil, tanto do ponto de vista acadêmico quanto social, ajudando nossa população a ter cada vez mais acesso a informações.”
• Dra. Tatiane Caldas Montella (RJ)
“Como Representante Regional da SBOC no Distrito do RJ meu objetivo será estreitar e vincular as decisões estratégicas nacionais aos interesses/necessidades do nosso Estado. De forma igualitária, promover as virtudes e os potenciais regionais e difundir a importância da sociedade para membros e não membros da SBOC.”
Sul
• Dra. Andrea Scaletzky (RS)
“Há 30 anos atuo na oncologia privada e no SUS, fui secretária da regional da SBOC/RS, possuo conhecimento e experiência para contribuir com a expansão e desenvolvimento da Sociedade na região Sul.”
• Dra. Maria Cristina Figueroa Magalhães (PR)
“Pretendo colaborar com a Diretoria da SBOC para fortalecer a oncologia paranaense em âmbito nacional, com o intuito de ampliar a representatividade local em protocolos de pesquisa e a discussão de protocolos de rastreamento e tratamento implementados no Sistema Único de Saúde. Quando acionada, pretendo promover encontros para discussões e troca de conhecimento, além de levar dados epidemiológicos para gerar discussões nacionais sobre disparidades estaduais, entre outras ações.”