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Equipe Grano

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A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) promove, até 29 de outubro, a Consulta Pública (CP) Nº 68.

A tecnologia avaliada é:

Niraparibe

Indicação: para tratamento de manutenção do câncer de ovário (incluindo trompas de Falópio ou peritoneal primário), de alto grau, avançado (estágio FIGO III ou IV), com mutação nos genes BRCA, sensível à quimioterapia de primeira linha, à base de platina

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) promove, até 29 de outubro, a Consulta Pública (CP) Nº 65.

A tecnologia avaliada é:

Pancreatina

Indicação: para o tratamento de pacientes com insuficiência pancreática exócrina 

Representantes da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) participaram, nessa terça-feira, 8 de outubro, do evento “Câncer de mama e a importância do cuidado integral”, promovido pela Secretaria da Mulher, em parceria com a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados, em alusão ao Outubro Rosa, mês de conscientização sobre esses tumores.

Na mesa "Prevenir", Dra. Danielle Laperche, membro do Comitê de Tumores Mamários da SBOC, destacou o papel dos exames de detecção de mutações genéticas no tratamento do câncer de mama, ressaltando seu impacto positivo na sobrevida de pacientes de alto risco e no aumento das chances de cura.

“Uma vigilância ativa para essas pacientes de alto risco permite um diagnóstico precoce mais eficaz. Sem dúvida, isso também tem impacto positivo nos custos, pois reduz o valor do tratamento”, apontou. 

Dra. Daniele Assad, também membro do Comitê de Tumores Mamários da SBOC, reforçou a importância da conscientização sobre o câncer de mama e de colo do útero em mulheres jovens, abaixo dos 45 anos, que compõem uma parcela significativa dos casos. Ela destacou, ainda, o papel dos testes genéticos na detecção de mutações. “O acesso a testes genéticos pode viabilizar exames e cirurgias redutoras de risco, prevenindo o desenvolvimento da doença”, afirmou.  

Já na sessão "Tratar", o diretor da SBOC, Dr. Romualdo Barroso, mencionou os dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), que estimam mais de 70 mil novos casos de câncer de mama por ano entre 2023 e 2025, sendo que cerca de 55 mil mulheres convivem com a doença em estágio metastático.

Segundo o médico, a incorporação de novas tecnologias é crucial para melhorar os desfechos e prolongar a vida dessas pacientes. No entanto, ele alertou para o desafio da efetivação desta incorporação no Sistema Único de Saúde. Há medicamentos aprovados há aproximadamente 900 dias, mas sem implementação de fato.

“A defasagem é ainda maior no sistema privado. Estamos diante de uma distorção entre o que é necessário para nossa população e o que realmente está sendo feito. Por isso, é essencial o trabalho contínuo de grupos da sociedade civil para exigir equidade no acesso a tratamentos para nossos pacientes”, finalizou o especialista.

 

Confira algumas fotos da sessão:

 

Mais de 30 residentes do terceiro ano (R3) de oncologia clínica de várias regiões do Brasil se reuniram neste sábado, 5 de outubro, em São Paulo (SP), para a segunda edição do programa “Terminei a Residência: e agora”, desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

A iniciativa da Escola Brasileira de Oncologia (EBO) é um misto de tumor board com debates sobre carreira e cuidados necessários entre os residentes e futuros oncologistas clínicos. Neste ano, as discussões de tumores aconteceram virtualmente, em dois módulos anteriores, culminando neste encontro presencial exclusivamente voltado aos anseios, às incertezas e às oportunidades que cercam os residentes.

Durante a abertura do encontro, a presidente da SBOC, Dra. Anelisa Coutinho, ressaltou que um dos objetivos da Diretoria da entidade é desenvolver e fortalecer a proximidade com os jovens profissionais, o que se reflete em eventos como o Terminei a Residência, bem como o Board Review, a Gincana Nacional da Oncologia para Residentes, entre outros.

“Organizamos esse evento a pedido do Comitê de Jovens Oncologistas da Sociedade, que tem uma contribuição muito relevante para a SBOC. Agradecemos muito a esse grupo. Queremos ouvi-los para entendermos sempre os ativos que podemos desenvolver para vocês, criando estratégias de suporte aos oncologistas recém-formados”, resumiu.

A diretora da Escola Brasileira de Oncologia (EBO), Dra. Clarissa Baldotto, ressaltou que o aumento da programação destinada à carreira foi um anseio dos próprios jovens, após a experiência de sucesso da primeira edição. “Por isso, hoje vamos reuni-los com diferentes palestrantes. São pessoas que tiveram histórias e trajetórias com diferentes focos de carreira dentro da oncologia. Uma deficiência que há na formação é entendermos todas as oportunidades que estão disponíveis – e são muitas. Por isso, a ideia é que haja uma troca livre entre os participantes”, explicou.

Durante o primeiro módulo, os residentes foram divididos em seis grupos. Cada um permaneceu em um ambiente, enquanto os palestrantes revezaram para transmitirem suas experiências sala por sala. Foram temas: oportunidades e desafio nos sistemas público e privado e na indústria farmacêutica, o acesso a tratamentos, o relacionamento com fontes pagadoras, a complementação e especialização no exterior e a pesquisa clínica.

Já o módulo seguinte foi destinado ao cuidado do médico oncologista. Com a moderação da Dra. Clarissa, foram apresentadas palestras reunindo novamente os residentes em um só ambiente. Os temas giraram em torno de empreendedorismo, desenvolvimento como líder de opinião, manejo de conflitos de interesse na prática e saúde mental, com foco em síndrome de burnout, depressão e ansiedade.

Também participaram como palestrantes facilitadores os oncologistas Dr. Fernando Meton, Dr. André Sasse, Dra. Maria Ignez Braghiroli, Dr. José Bines, Dra. Maria Fernanda Batistuzzo Vicentini, Dr. Ricardo Zylberberg, Dra. Mariana Laloni, Tiago Farina, Dr. Guilherme Harada, Dr. Rodrigo Munhoz, Dra. Laura Testa, Dr. Thiago Bueno, Dr. Daniel Mori e Dr. Cid Gusmão.

Fala Residente!

Vinda da capital baiana, Dra. Júlia de Castro de Souza, residente de oncologia clínica no Hospital Santa Izabel, disse que o evento traz temas extremamente relevantes para quem está terminando a especialização. “Temos diversas dúvidas e angústias sobre as perspectivas futuras. O mais interessante aqui foi justamente foi trazerem conteúdos que a gente não tem na prática. Por exemplo, a sessão sobre indústria farmacêutica foi a que mais gerou discussão no nosso grupo, pois não temos muito contato. Agregou muito para os residentes”, comentou.

Residente da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Dr. Diego Machado disse que o evento é importante para preencher algumas lacunas e dúvidas relacionadas ao início da profissão. “Como ao terminar a residência é outro cenário que viveremos, estamos discutindo temas que vão nos ajudar para o restante da vida e na carreira médica”, comentou.

Como destaques, ele apontou as discussões a respeito das diferenças dos sistemas público e privado, bem como as reflexões sobre como os médicos podem contribuir para um sistema mais sustentável financeiramente.

O piauiense Dr. Daniel Sobral crê que as palestras auxiliaram os residentes, que saem da especialização sem saber exatamente qual frente seguir. “O evento cumpriu muito bem esse objetivo de esclarecer as diferentes áreas que existem e nos sentimos muito à vontade para tirar dúvidas”, acrescentou o residente do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).

 

Confira a galeria de fotos:

O Oncogru - Centro de Oncologia, Quimioterapia e Hematologia, em Guarulhos (SP), busca um oncologista clínico para integrar a sua equipe no atendimento ambulatorial de convênio. Interessados devem entrar em contato em (11) 96534-4244.

O câncer de intestino é o tipo de tumor com maior projeção para o quinquênio 2026-2030, com aumento previsto em 10% entre as pessoas de 30 a 69 anos. A afirmação é baseada no artigo Os objetivos de desenvolvimento sustentável para o câncer podem ser cumpridos no Brasil?, publicado por pesquisadores do Instituto Nacional de Câncer (INCA) na revista Frontiers in Oncology.

Diante desse cenário, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) aproveita o Setembro Verde – mês de conscientização sobre o câncer de intestino – para reforçar a importância de uma dieta equilibrada para a prevenção desse tipo de neoplasia, que é a segunda principal causa de óbitos relacionados ao câncer no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Apesar de a maior incidência dos cânceres de intestino ocorrer em pessoas acima dos 50 anos de idade, especialistas têm observado em consultório um aumento crescente de casos entre os mais jovens. Presidente da SBOC, Dra. Anelisa Coutinho explica que os estudos seguem em andamento para que as causas possam ser definidas, mas que a mudança do padrão de hábitos alimentares pode ter tido um impacto significativo no aumento de ocorrências desse tipo de tumor.

“Nas últimas décadas, houve um aumento do consumo de alimentos industrializados e processados”, comenta Dra. Anelisa. “A prevenção é possível com a manutenção do peso corporal adequado, a redução do consumo de carnes processadas e vermelhas e evitando o consumo de bebidas alcoólicas. Também faz parte uma alimentação saudável, rica em frutas e legumes”, enfatiza a oncologista clínica.

Classificação de alimentos carcinogênicos

Após a análise de mais de 800 estudos científicos, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC, da sigla em inglês), órgão ligado à OMS, classificou no grupo 1 de carcinogênicos as carnes ultraprocessadas como presunto, salsicha, linguiça, bacon, salame, mortadela e peito de peru. O que significa que existem dados suficientes que comprovaram a associação do consumo desse tipo de alimento ao risco de câncer.

Já a carne vermelha (boi, porco, carneiro e bode) foi classificada pela entidade como grupo 2A, isto é, provável carcinógeno, mesma classificação para herbicidas, produtos químicos utilizados para o controle de pragas na agricultura. O INCA recomenda o consumo máximo de 400g de carne vermelha por semana.

Câncer de intestino

A doença é silenciosa e frequentemente passa despercebida, pois seus primeiros sinais, como alterações intestinais, podem ser facilmente subestimados. Qualquer mudança no padrão habitual das fezes deve ser um motivo de atenção. Alterações significativas, como constipação repentina ou episódios de diarreia que não eram comuns, bem como sangramento nas fezes, são sinais que não devem ser ignorados.

“Mesmo que se suspeite de hemorroidas ou fissuras anais, é fundamental informar o médico e investigar o sangramento, independentemente da idade”, comenta Dra. Anelisa.

Outros sintomas que podem indicar a presença da doença incluem dor abdominal, fraqueza, anemia e, em casos mais avançados, a sensação de uma massa abdominal, assim como a perda de peso inexplicada.

A oncologista clínica reforça que a adoção de hábitos saudáveis é importante para a prevenção não apenas do câncer de intestino, mas também de outros tipos de tumores. “A maior parte dos fatores de risco relacionados à doença são modificáveis. Neste contexto, é importante a prática regular de atividade física, a manutenção de um peso corporal adequado, boas práticas de alimentação e evitar o tabagismo”, conclui a presidente da SBOC.

Entre outros cargos, a oncologista clínica portuguesa Dra. Teresa Amaral é presidente do Comitê de Desenvolvimento de Liderança da ESMO e chefe de Pesquisa Translacional no Skin Cancer Center da Universidade de Tuebingen, na Alemanha. Quando esteve no Brasil em março, para o ESMO Summit Latin America, ela conversou com o SBOC Play e falou sobre sua formação em Portugal, carreira na Europa e experiência como médica das Forças Armadas portuguesa. Assista!

De acordo com a pesquisa Medscape National Physician Burnout and Suicide Report, 42% dos oncologistas clínicos nos Estados Unidos relataram, em 2019, sofrer de síndrome do esgotamento profissional, o burnout, 18% declararam estar deprimidos e 22% disseram já terem tido ideias suicidas. No Brasil, a realidade não parece muito distante. Segundo dados do Censo da Oncologia Clínica 2023 – realizado pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), em parceria com o Instituto Datafolha, 55% dos mais de 700 oncologistas clínicos participantes disseram estar estressados em sua atuação médica.

“É necessário falar sobre saúde mental para que possamos entender melhor qual é o cenário da oncologia hoje e o que podemos fazer para atender às demandas e às necessidades dos profissionais que atuam na área em nosso país”, avalia a Presidente da SBOC, Dra. Anelisa Coutinho. “Esses números reforçam uma preocupação nossa, que é olhar para os nossos associados”, completa.

Membro do Comitê de Cuidados Paliativos e Suporte da SBOC, o oncologista clínico Dr. Ricardo Caponero lembra que, entre os principais aspectos da vida profissional que impactam na saúde mental dos oncologistas, está a dificuldade de acesso aos novos tratamentos. O problema foi apontado por 54% dos participantes do Censo SBOC, que o colocaram como o principal desafio atual na prática da oncologia clínica no Brasil.

“A dificuldade de acesso a terapias e medicamentos para tratar o paciente com câncer tem impacto direto na rotina do oncologista e, por consequência, no alto nível de estresse desse profissional”, explica Dr. Caponero. “Muitos medicamentos oncológicos já aprovados pela ANVISA, por exemplo, não estão disponíveis na rede pública de saúde”, exemplifica.

Em seu Planejamento Estratégico, a SBOC estabeleceu como prioridades para os próximos anos uma série de ações que ao serem implementadas terão impacto na atuação do oncologista clínico brasileiro e, por consequência, presando pela saúde mental desses profissionais. Entre elas, destacam-se o desenvolvimento de um programa de gestão de carreira para oncologistas, maior participação na formação dos oncologistas a partir dos programas de Residência nessa especialidade e ampliação da atuação da entidade nos processos de incorporação de novos medicamentos nas redes pública e privada de saúde.

 

Cuidados diários

A psicóloga Cristiane Decat Bergerot, também membro do Comitê de Cuidados Paliativos e Suporte da SBOC, explica que assim como outros profissionais, os médicos oncologistas clínicos precisam estabelecer limites claros entre o trabalho e a vida pessoal para reduzir o estresse. “É necessário aprender a dizer não a tarefas ou compromissos adicionais que possam sobrecarregá-lo e delegar tarefas para outros membros da equipe quando apropriado”, explica. “Para ter a saúde mental em dia é fundamental o equilíbrio entre o profissional e o pessoal, evitando levar trabalho para casa”, complementa.

Para reduzir os impactos gerados pela rotina estressante, Cristiane chama a atenção sobre importância da prática de atividade física, alimentação balanceada, sono de qualidade, vida social e meditação: “Estudos científicos mostram que meditar 10 minutos ao dia pode contribuir para a redução do estresse e da ansiedade”, recomenda Cristiane.

A boa saúde mental desses profissionais é fundamental não apenas para o seu bem-estar pessoal, mas também para garantir a qualidade do atendimento prestado aos pacientes com câncer. Neste aspecto, a psicóloga reforça a importância de prestar atenção aos sinais como sensação constante de cansaço, mesmo após o descanso, insônia, dor de cabeça frequente, alterações no apetite – falta ou excesso, palpitações, desinteresse por atividades que antes eram prazerosas, irritabilidade e falta de concentração.

“Quando o estresse se tornar excessivo, o suporte psicológico pode ajudar no desenvolvimento de estratégias eficazes de enfrentamento. O médico também precisa de apoio. Não hesite em procurar ajuda”, enfatiza.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) promove, até 24 de setembro, a Consulta Pública (CP) Nº 135, recebendo contribuições para as recomendações preliminares relacionadas às propostas de atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde.

A tecnologia avaliada em oncologia é:

Lenalidomida em combinação com Tafasitamabe, seguida de monoterapia com Tafasitamabe

Indicação: para o tratamento de pacientes adultos com linfoma difuso de grandes células B (LDGCB) recidivante ou refratário, incluindo LDGCB decorrente de linfoma de baixo grau, e que não são elegíveis para transplante autólogo de células-tronco (ASCT)

    A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) promove, até 24 de setembro, a Consulta Pública (CP) Nº 135, recebendo contribuições para as recomendações preliminares relacionadas às propostas de atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde.

    A tecnologia avaliada em oncologia é:

    Cloridrato de asciminibe

    Indicação: para pacientes adultos com Leucemia Mieloide Crônica (LMC) cromossomo Philadelphia positivo, em fase crônica, previamente tratados com dois ou mais inibidores da tirosina quinase (ITQ)

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