As projeções para os casos de câncer, tanto no Brasil quanto no mundo, não são otimistas. De acordo com os dados mais recentes da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), um órgão da Organização Mundial da Saúde (OMS), espera-se que até 2050 ocorram 35 milhões de novos casos da doença, representando um aumento de 77% em relação aos números de 2022.
No Brasil, é previsto um aumento ainda mais significativo, de 83,5%, o que resultaria no registro de 1,15 milhão de novos casos de câncer em pouco mais de duas décadas. Em entrevista para o jornal O Globo, o Presidente de Honra da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dr. Carlos Gil, explica que esse crescimento não se limita à melhoria do diagnóstico, mas reflete também os hábitos de vida prejudiciais e a transição demográfica que leva a um envelhecimento progressivo da população mundial: “Obesidade, sedentarismo, tabagismo, álcool, poluição ambiental são causas direta de câncer. Então é um conjunto entre envelhecimento da população e uma exposição prolongada e aumentada a agentes ambientais com potencial cancerígeno”.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) promove, até 4 de junho, a Consulta Pública (CP) Nº 129.
A tecnologia avaliada é:
Ibrutinibe em combinação com venetoclax
Indicação: Tratamento de pacientes adultos com leucemia linfocítica crônica/linfoma linfocítico de pequenas células (LLC/LLPC), em primeira linha
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) promove, até 28 de maio, a Consulta Pública (CP) Nº 21.
A tecnologia avaliada é:
Olaparibe
Indicação: Tratamento de manutenção do câncer de ovário (incluindo trompas de Falópio ou peritoneal primário), seroso ou endometrioide, recém diagnosticado, de alto grau, avançado (estágio FIGO III ou IV), com mutação nos genes BRCA, sensível à quimioterapia de primeira linha, à base de platina
A oncologista clínica Dra. Mariana Laloni, membro da Diretoria da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), representou a entidade nesta quarta-feira, 08 de maio, durante o primeiro dia do 14º Fórum Nacional Oncoguia – evento realizado anualmente pelo Instituto Oncoguia com o objetivo de discutir os principais desafios dos pacientes oncológico no país. Neste ano, o tema principal é a nova Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer.
Durante mesa que debateu o status da implementação da Política Nacional do Câncer, Dra. Mariana enfatizou o suporte da SBOC a essa iniciativa. “A SBOC tem participado de discussões sobre essa Política desde que ela começou a ser elaborada, demonstrando ser um parceiro técnico e articulador fundamental para a sua regulamentação”, disse. “Dos sete grupos de trabalho que estão discutindo a regulamentação da Política, a SBOC tem representantes em todos eles, com exceção do grupo focado em discutir as ações pediátricas”, acrescenta.
Para a oncologista clínica, “a intenção da SBOC é contribuir para que a Política Nacional seja regulamentada de uma forma coerente, levando em conta que o sistema de saúde precisa ser sustentável, mas também priorizar o acesso amplo do diagnóstico e dos tratamentos mais eficazes contra o câncer.”
Participaram ainda dessa mesa o advogado Tiago Farina Matos, consultor jurídico da SBOC e Conselheiro Estratégico de Advocacy do Oncoguia; o assessor da Presidência da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Rodrigo Oliveira; a pesquisadora da Fiocruz Claudia Osorio; a deputada federal Flávia Morais; o Presidente da Associação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Combate ao Câncer (ABIFICC), Dr. Pascoal Marracini; a coordenadora da Radioterapia Oncológica da Rede D´Or, Dra. Karina Gondim Moutinho Vasconcelos; o coordenador do Fórum Interinstitucional da Saúde do TRF/4ª Região, Dr. Bruno Henrique Silva Santos, e o Diretor Administrativo no Instituto do Câncer do Ceará, Dr. Alberto Fiuza.
O 14º Fórum Nacional Oncoguia, que está sendo realizado na cidade de São Paulo, termina nesta quinta-feira, 09 de maio.
O município de São Paulo ampliou a oferta de vacinação contra o HPV (papilomavírus humano) para adolescentes e jovens de 15 a 19 anos, antes limitada ao público de 9 a 14 anos. A vacina protege contra os quatro principais tipos do papilomavírus humano, que são responsáveis pela maioria dos casos de câncer de colo de útero, bem como outros tipos de câncer e verrugas genitais.
Durante entrevista ao SPTV, telejornal da TV Globo, a Dra. Angélica Nogueira, presidente eleita (gestão 2025) da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), destacou a importância da vacinação, especialmente para esta população, como principal estratégia de prevenção. “O câncer é uma doença que, em certos cenários, é possível prevenir com vacinação. Esta vacina está disponível gratuitamente pelo Ministério da Saúde nos postos de saúde. Não deixem de vacinar seus filhos adolescentes e aqueles imunossuprimidos com quem convivem”, alertou a oncologista.
Confira a reportagem na íntegraO câncer de esôfago, que afeta o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, é a sexta neoplasia mais comum em homens, com cerca de 74,6% dos casos registrados. Segundo informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA) do Ministério da Saúde do Brasil, este tipo de câncer geralmente manifesta sintomas somente em estágios avançados da doença, tornando seu diagnóstico desafiador.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, a presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dra. Anelisa Coutinho, explicou a complexidade do tratamento em situações como a de Mujica, onde o paciente enfrenta não só o câncer, mas também outras condições de saúde, como deficiências orgânicas ou imunológicas. A orientação da especialista é buscar um tratamento que não aumente a toxicidade renal em relação às doenças já existentes. "A gente tenta organizar ao ponto de poder oferecer um tratamento para a infecção oncológica e tentar não incrementar as toxicidades de órgãos que já são sabidamente e previamente comprometidos", afirmou a presidente.
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) promove, até 14 de agosto, a Consulta Pública (CP) Nº 28.
A tecnologia avaliada é:
Alectinibe
Indicação: Tratamento de câncer de pulmão de células não pequenas localmente avançado ou metastático cujos tumores expressam rearranjo no gene ALK em pacientes não tratados previamente ou após falha com crizotinibe.