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Melanoma avançado, tumores não-melonoma e Dia do Oncologista: Confira destaques do Congresso de Pele Destaque

Notícias Sábado, 09 Julho 2022 19:09

Homenageado na noite de ontem, o Dr. Sergio Jobim de Azevedo, diretor da SBOC na Gestão 2017-2019, abriu na manhã de hoje (09) a programação do II Congresso Brasileiro de Câncer de Pele. Na Sala 2, dedicada às discussões acerca da oncologia clínica, ele foi o moderador do módulo sobre melanoma avançado.

A aula inaugural foi apresentada pelo Dr. Rafael Aron Schmerling, que refletiu sobre a sequência de tratamento em melanoma avançado. Na sequência, o Dr. Luiz Flavio Penna Coutinho tratou do manejo de metástases cerebrais, enquanto o Dr. Gustavo Schvartsman falou sobre a terapia celular no manejo do melanoma avançado.

“Na prática, este é um tema novo, mas é um tratamento já antigo, que data da década de 1980. Por conta, porém, de custos, de acesso, de personalização e de evolução da tecnologia, quase nunca estava disponível. Recentemente, há uma mudança da realidade”, indicou Dr. Schvartsman.

Dr. Rodrigo Munhoz discutiu o que os oncologistas clínicos puderam aprender com os estudos de fase III negativos em melanoma e, na sequência, Dra. Jane Mattei apontou as peculiaridades no tratamento do melanoma de mucosa avançado.

O segundo módulo da programação preparada pela SBOC abordou os tumores de pele não-melanoma e foi moderado pelo Dr. Rodrigo Perez, pesquisador de tumores cutâneos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Dr. Guedes voltou ao palco para abordar a “Atualização no tratamento sistêmico do CBC e CEC avançado”. 

Na sequência, foi a vez do Dr. Cicero Martins trazer atualizações sobre o tratamento sistêmico do Merkel avançado”, enquanto a Dra. Marina Sahade Gonçalves discutiu sobre como tratar populações especiais com carcinoma cutâneo avançado, referindo-se aos pacientes imunossuprimidos, transplantados ou com doenças auto-imune. Juntaram-se ao debate os convidados Dr. Rodrigo Kraft Rovere e Dr. Fábio Nasser Santos.

Dia do Oncologista

Durante o segundo dia do evento que acontece em São Paulo, pela primeira vez de forma presencial, muitos médicos mencionaram a celebração que ocorre neste 9 de julho: o Dia do Oncologista. 

Confira o depoimento de alguns deles:

Dr. Rodrigo Guedes, oncologista clínico de Salvador (BA): “Oncologia tem que ser sinônimo de empatia. Precisamos nos colocar no lugar do outro. Sempre utilizando o que de melhor tem a ciência em prol do benefício, do bem-estar e da cura dos pacientes.”

Dr. Luís Carlos Stoeberl, oncologista clínico de Jaraguá do Sul (SC): “A grande alegria de ser um oncologista é ver toda a tecnologia que temos se revertendo para o bem do paciente, aumentando a qualidade e o tempo de sua vida. O nosso grande desafio é integrar essas tecnologias aos pacientes do Sistema Único de Saúde."

Dr. Elvis Cassol, oncologista clínico de Porto Alegre (RS): “Ser oncologista é, principalmente, trazer esperança e conforto para a população em um momento crucial, extremamente delicado na vida de alguém. Lembrando que o paciente oncológico não é só um paciente, mas toda a família, um grande grupo de pessoas envolvidas.”

Dr. Rodrigo Kraft Rovere, oncologista clínico de Blumenau (SC): “Ser oncologista é sempre estar atualizado para oferecer aquilo que há de melhor para os nossos pacientes, trazendo o que a ciência nos proporciona. E fazendo com que eles saibam que, independente do que aconteça, eles podem contar conosco para qualquer situação.”

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Melhor trabalho científico

Encerrando a programação do II Congresso Brasileiro de Câncer de Pele, foi divulgado o melhor trabalho científico submetido ao evento. Os três principais, selecionados pelos presidentes dos Congressos, foram apresentados por seus autores mais cedo no sábado. A grande vencedora foi a Dra. Cristina Rocha de Medeiros Miranda (à direita na foto), com o artigo Câncer de pele não-melanoma no Rio Grande do Norte: um estudo de base populacional. Ela ganhará a participação no próximo Congresso da SBOC.

"Ser oncologista significa ressignificar a vida a cada dia. Com pacientes que, às vezes, a gente não consegue curar, mas sim acalmar e aliviar. Vivendo junto com ele, com muito amor, uma nova vida. Uma vida que muitas vezes não seria vivida se não fosse com o diagnóstico que ele tem”, comentou a médica ao se referir ao Dia do Oncologista.

As outras finalistas foram Dra. Ivna Gonçalves (“Associação de radiociurgia a imunoterapia e terapia-alvo em metástase cerebral tardia em melanoma BRAF positivo”) e Dra. Stefani Viçosa (“Um estudo epidemiológico: tumores de pele malignos no Hospital Casa de Saúde”).

 

Última modificação em Sábado, 09 Julho 2022 22:16

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