Foi publicada hoje, 31 de março, no site www.brazilianjournalofoncology.com.br a primeira edição da revista científica Brazilian Journal of Oncology (BJO), iniciativa conjunta da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e das Sociedades Brasileiras de Cirurgia Oncológica e de Radioterapia (SBCO e SBRT).
A BJO é uma revista de acesso aberto (open acess) com o objetivo de permitir ao público interessado ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir e pesquisar os textos completos dos artigos para fins acadêmicos. “A possibilidade de divulgação eletrônica da pesquisa é inestimável e abre um canal importante para a troca de informações na comunidade médico-cientifica”, diz o Dr. Gustavo Fernandes, presidente da SBOC.
Um dos destaques desta primeira edição são as diretrizes brasileiras de manejo de toxicidades imunomediadas associadas ao uso de bloqueadores de correceptores imunes (“Brazilian guidelines for the management of immune-related adverse events associated with checkpoint inhibitors”, em inglês). A autoria é do Grupo de Trabalho da SBOC, formado por dezenas de especialistas atuantes em instituições de referência no país.
Segundo o artigo, a ativação imune, particularmente de linfócitos T, leva ao risco do desenvolvimento de respostas direcionadas a tecidos sadios que se manifestam clinicamente como eventos adversos imunomediados. “O conhecimento do perfil de segurança desses fármacos e dos passos para o tratamento eficaz desses eventos adversos é fundamental, e ganhará ainda mais importância nos próximos anos”, diz o texto. Assim, as diretrizes se propõem a “discutir o espectro de toxicidades relacionadas ao uso de bloqueadores de correceptores imunes e as estratégias destinadas a permitir o seu diagnóstico precoce e manejo adequado”.
Divulgação do conhecimento
A Brazilian Journal of Oncology teve origem na antiga Revista Brasileira de Oncologia Clínica da SBOC. Agora, o novo título passa a ser editado em conjunto pelas três sociedades. “Fazendo da BJO um veículo de qualidade para divulgação do conhecimento gerado no país, pretendemos contribuir para o desenvolvimento da oncologia brasileira como um todo”, afirma o Dr. Gustavo Fernandes, presidente da SBOC.
De acordo com a diretora executiva da SBOC e da revista, Dra. Cinthya Sternberg, trata-se de um novo e importante fórum para o intercâmbio de informações entre profissionais envolvidos na pesquisa do câncer e na assistência ao paciente oncológico. Ela ressalta também que o periódico oferece oportunidades para a apresentação de resultados da pesquisa nacional.
O projeto tem como meta a indexação da BJO a bases de dados internacionais. Por isso, foi mantido o sistema de revisão pelos pares (peer review), um dos mais importantes requisitos exigidos pelas plataformas de referência mundial na divulgação do conhecimento científico. “A publicação em uma revista indexada pode ajudar na construção da carreira acadêmica de nossos pesquisadores e favorece o financiamento para pesquisas”, destaca a diretora.