O trabalho do médico na indústria farmacêutica foi uma das possibilidades de carreira discutidas no Getting Ready – III Programa Roche para Residentes em Oncologia Clínica e Hematologia. Apoiado pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), o evento reuniu 300 médicos em seu último ano de formação nessas especialidades e 40 palestrantes de 11 a 13 de maio, em São Paulo (SP). Ao falar das perspectivas profissionais, o Dr. Lênio Alvarenga, diretor médico da Roche, ressaltou a ampliação do espectro de impacto e o contato com o novo. “Você vê a ciência impactando os pacientes e isso é extremamente gratificante”, afirma.
Sobre a participação em pesquisas, o médico diz que os estudos clínicos representam o momento onde começa a jornada, quando os benefícios são provados. “Mas o trabalho não para aí; continua na educação, na divulgação das informações para que os médicos saibam explorar essa inovação e os pacientes tenham acesso”, explica. “O desafio constante é traduzir o que alcançamos no ambiente controlado de pesquisa clínica em benefícios para os pacientes no Brasil todo.”
Segundo o Dr. Lênio Alvarenga, é fundamental que o residente entenda o papel social da indústria farmacêutica nesta tradução do avanço da ciência em bem-estar para o paciente. “Isso aumenta a capacidade de impacto do que o clínico treinou tanto para oferecer ao paciente oncológico, com mais cura, sobrevida, qualidade de vida”, salienta.
Carreira
A residente em Oncologia Luciane Donato, R3 do Hospital da Universidade Federal de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, participou desta edição do Getting Ready. “Nesta fase de conclusão da residência, o evento nos ajuda a ter uma visão mais ampla do mercado de trabalho, de que podemos nos direcionar para várias áreas”, ressalta. “Muitas vezes estamos muito focados em uma só área ou no local onde já atuamos e não consideramos as possibilidades”, avalia.
Como destaques das palestras, ela cita as discussões sobre os prós e os contras de se especializar em uma área ou ser um oncologista generalista, atuar em um centro de referência ou ser um pioneiro em determinada região ou cidade onde há falta de profissionais.