O II Fórum Nacional sobre Câncer foi realizado semana passada, no Senado Federal, pelo Instituto Brasileiro de Ação Responsável. As discussões sobre avanços no tratamento, tecnologia e suporte ao paciente tiveram a participação de parlamentares, gestores públicos, instituições acadêmicas, iniciativa privada e terceiro setor. O presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dr. Gustavo Fernandes (foto), destacou a importância da detecção precoce do tumor.
“O diagnóstico é a base do terreno dos tratamentos. Como na construção, essa base tem de ser sólida e firme para tratar o paciente da forma adequada. O que não acontece no Brasil, especificamente no acesso ao público”, afirmou Fernandes, segundo relata o site do evento.
A respeito do tratamento, o presidente da SBOC falou sobre as imunoterapias no Sistema Único de Saúde (SUS) e as terapias-alvo, que ainda são muito reduzidas, segundo ele. “O custo alto é sempre um problema, mas precisamos discuti-lo e encontrar recursos. Se não temos acesso às terapias básicas, as avançadas acabam ficando de lado”, lamentou.
Tratamento tardio
De acordo com a presidente da SBOC Rio de Janeiro, Dra. Andrea Mello, o caminho percorrido pelo paciente com câncer do diagnóstico ao tratamento é muito complexo no Brasil. “O paciente acaba sempre chegando ao tratamento já com um câncer avançado”, disse a oncologista. Dra. Andrea Mello participou do Fórum como chefe da Divisão de Ensaios Clínicos e Desenvolvimento de Fármacos do Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA).
Mais informações sobre o evento estão disponíveis em: www.acaoresponsavel.org.br.