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As fotos em frente ao estande da SBOC no Congresso da ESMO 2017 devem ser postadas no perfil público e/ou aberto de suas redes sociais (Facebook, Instagram ou Twitter) com a hashtag #SBOCnaESMO para que os organizadores consigam visualizá-las e inscrever os participantes no sorteio do iPad 32 GB.

Caso as postagens estejam restritas somente aos seus amigos nas redes sociais, por exemplo, não será registrada a sua participação.

Também é obrigatório o uso da hashtag #SBOCnaESMO, que é o único meio de rastrear os participantes da promoção.

Se você já postou a foto, verifique se a publicação está pública e/ou aberta e se colocou a hashtag para efetivar a sua participação e concorrer ao prêmio.

Clique aqui para ler o regulamento.

Começou hoje um dos maiores eventos da Oncologia mundial: o ESMO 2017, Annual Congress of the European Society for Medical Oncology. Esta edição é em Madri, Espanha, e vai até o dia 12. A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) está lá, representada por seus associados, diretores e também com um estande na Society Village, número S8.

Para comemorar o primeiro estande da SBOC em um evento internacional e também o primeiro congresso após a assinatura do acordo educacional e científico com a ESMO, será sorteado um iPad 32 GB entre os participantes de uma promoção especial. Quem postar uma foto em frente ao estande da SBOC em uma de suas redes sociais com a #SBOCnaESMO concorrerá automaticamente ao prêmio. Clique aqui para saber mais.

 O Congresso

São esperados 20 mil profissionais de oncologia, incluindo clínicos, pesquisadores, cientistas, advogados de pacientes e especialistas de outras disciplinas. O ESMO 2017 é organizado em parceria com a European Association for Cancer Research (EACR), dada a importância da biologia molecular no desenvolvimento do câncer. “Integrating science into oncology for a better patient outcome” é o tema do evento, com ênfase na troca de conhecimento entre clínicos e pesquisadores.

É possível acessar os resumos dos trabalhos aceitos aqui.

Notícias do evento podem ser acompanhadas aqui e no Twitter pela hashtag #ESMO17.

A comunidade científica tem grande expectativa sobre o projeto de lei 7082/2017, que propõe a criação de um marco regulatório para a condução de pesquisas clínicas em seres humanos por instituições públicas ou privadas no Brasil. A matéria tramita na Câmara dos Deputados desde março e será tema de audiência pública em 14 de setembro, às 9h30, em Brasília. “Precisamos que todos procurem os deputados para sensibilizá-los a respeito da importância desse projeto, especialmente em benefício dos pacientes com câncer”, enfatiza o Dr. Fábio Franke, presidente da Aliança Pesquisa Clínica Brasil e vice-presidente eleito para Pesquisa Clínica e Estudos Corporativos da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

O oncologista acompanhou os dois anos de discussão do projeto até a sua aprovação pelo Senado (PLS 200/2015). Agora, não tem dúvidas sobre a necessidade de pressão sobre os deputados. “É difícil os parlamentares se aprofundarem sobre o mérito de um projeto, mas eles são sensíveis à repercussão do tema e à manifestação de seu eleitorado”, avalia. Franke diz que valem contatos por e-mail, Whats App, Facebook ou qualquer outro meio com os membros da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, onde está hoje a matéria. “É importante dizer que somos favoráveis ao texto já aprovado no Senado e que esse PL é de suma importância para os pacientes, os médicos e os cientistas”, reforça.

Veja aqui a lista de deputados por Estado

Entenda o projeto de lei 7082/2017

- Propõe a primeira lei sobre a realização de pesquisas clínicas no Brasil, a partir de critérios técnicos e éticos.

- Acelera a aprovação de protocolos de pesquisa em seres humanos (prazo máximo de 90 dias), sem prejuízo ético ou risco para a população.

- Garante assistência médica com pessoal qualificado durante toda a execução do estudo.

- Determina o fornecimento gratuito permanente do medicamento em estudo aos pacientes participantes do protocolo até que esteja disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Reflexos esperados a partir da aprovação

- Aumento do número geral de estudos clínicos no país.

- Incentivo à realização de protocolos de pesquisa nacionais.

- Maior quantidade de estudos de fases 1 e 2 (as mais inovadoras) sediados aqui, raros hoje pela falta de agilidade na liberação dos protocolos.

- Maior número de pacientes com acesso a novos medicamentos durante os estudos.

- Ampliação da rede brasileira de pesquisa clínica: profissionalização dos centros existentes e criação de novos em todo o Brasil.

- Resultados baseados nas características da população brasileira.

- Benefícios para a formação de residentes e para a educação continuada dos especialistas, que terão maior contato com a medicina de ponta.

Audiência pública sobre o PL 7082/2017

Data: 14 de setembro de 2017, quinta-feira

Horário: 9h30

Local: Plenário 13, Anexo II, Câmara dos Deputados

Brasília (DF)

Prevista para fevereiro de 2018, a chegada do trastuzumabe ao Sistema Único de Saúde (SUS) para as pacientes com câncer de mama HER2-positivo metastático será um alívio para essas mulheres e seus oncologistas. O medicamento é fornecido desde 2005 para quem tem plano de saúde, mas restrito no serviço público aos casos de estágio inicial ou localmente avançado. Segundo o Dr. Gustavo Fernandes, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), boa parte dos médicos atua tanto no SUS quanto na área privada. “Eles se sentem constrangidos por ter de adotar posturas diferentes para situações que requerem a mesma conduta terapêutica”, relata.

Este é o caso do Dr. Marcelo Bumlai, de Cuiabá (MT). O especialista trabalha no Hospital Geral Universitário, onde presta serviço à rede pública, e em consultório particular. “A disparidade entre o privado e o público é absurda”, desabafa. “É difícil estar diante de uma paciente que poderia ter mais qualidade de vida e o dobro de sobrevida com o trastuzumabe e saber que ela não terá acesso ao medicamento, ao contrário de outras cobertas pelo convênio; somos seres humanos.”

O Dr. Gustavo Fernandes explica que um dos motivos que levaram a diretoria da SBOC a reivindicar a incorporação do trastuzumabe foi a necessidade de promover uma melhor condição de trabalho para os oncologistas. “Essa falta de acesso e esse abismo em relação à área privada aumentam a pressão sobre o profissional, que já enfrenta inúmeras situações-limite em sua prática clínica”, afirma.

Outro a vivenciar esse dilema é o Dr. Luiz Alberto Mattos, oncologista no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. O especialista também trabalha em seu consultório. “São circunstâncias paradoxais. Atendemos pacientes que precisam da mesma medicação. No privado, prescrevemos normalmente. No público, sabemos que elas não terão o tratamento. Mas são todas cidadãs. O médico é o mesmo. A medicina é a mesma”, salienta. Mattos considera essa privação um “desconforto ético” por tudo o que envolve os deveres do médico. “Temos limitada nossa atuação profissional e sofremos junto com as pacientes”, desabafa.

Custo-benefício

Oficializada no último dia 3, a incorporação do trastuzumabe ao SUS tem prazo de 180 dias para vigorar. Na semana passada, foi assinado um acordo de transferência de tecnologia para a produção nacional do medicamento. O Ministério da Saúde afirma que o valor será 30% menor que o de mercado no primeiro ano de fornecimento, com novas quedas de 5% ao ano previstas em contrato.

Conforme a literatura, para pacientes com câncer de mama HER2-positivo metastático, a mediana de sobrevida global é de 20,3 meses com quimioterapia isolada e de 40,8 meses com quimioterapia mais trastuzumabe. Os oncologistas também ressaltam como benefício a baixa toxicidade do medicamento.

O Dr. David Carbone, presidente da International Association for the Study of Lung Cancer (IASLC), virá ao XX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, em outubro, no Rio, para discutir novas estratégias de tratamento do câncer de pulmão inicial e localmente avançado. Ele é professor de Medicina Interna, diretor do James Thoracic Center na Ohio State University (EUA) e detém a cadeira Barbara J. Bonner in Lung Research. Nesta entrevista, o palestrante internacional comenta o impacto das novas terapias no câncer de pulmão e o papel dos oncologistas nas discussões sobre custo-efetividade dos tratamentos.

A imunoterapia trouxe grandes avanços no tratamento do câncer de pulmão.  A doença metastática ainda costumava ser percebida como altamente letal. Você entende que isso já mudou? Como vê o futuro do tratamento do câncer de pulmão?

O câncer de pulmão ainda é uma doença horrível e altamente letal, com a maioria dos pacientes vivendo menos de alguns anos após o diagnóstico. Mas, enquanto no passado não tínhamos ferramentas efetivas para combater essa doença, com o advento da caracterização genética de tumores, podemos dar aos pacientes uma sobrevida de vários anos, com boa qualidade de vida. Contudo, ainda não curamos esses pacientes, o que reforça a necessidade de mais pesquisas. As imunoterapias representam a mais nova ferramenta disponível para nossos pacientes, mas, novamente, ela é ativa somente em um subgrupo de pacientes, parcialmente definido por características moleculares, como a expressão de PD-L1 e a carga mutacional do tumor. Com a imunoterapia, não estamos apenas vendo boa tolerância e grandes respostas em um subgrupo de pacientes, mas também uma duração de benefício sem precedentes que, ocasionalmente, continua depois de cessada a terapia. Muito trabalho ainda precisa ser feito para selecionar melhor os pacientes para essa terapia e encontrar outros mecanismos de escape imune que possam ser modificados para tratar nossos pacientes.

Quais as linhas de pesquisa que você considera mais promissoras atualmente em câncer de pulmão?

A pesquisa científica afeta diretamente a maneira como cuidamos dos nossos pacientes e há mais perguntas sem resposta do que nunca. Na minha opinião, as áreas de pesquisa mais promissoras são aquelas direcionadas a prolongar a duração do benefício da terapia-alvo com TKI contra tumores com driver mutations, de modo a converter as respostas na cura desses pacientes. Existem muitas áreas promissoras de pesquisa necessárias para imunoterapia, especialmente a definição de melhores biomarcadores para a seleção dos pacientes, definição de novos ckeckpoints imunes e a otimização do sequenciamento, da duração e da combinação de imunoterapia com outras terapias, tanto com os tratamentos já considerados padrão quanto com os novos tratamentos.

Sobre o uso racional de terapias, o que tem sido discutido em seu meio de atuação? Quais os caminhos para discutir custo-efetividade?

Com o preço extraordinário das novas terapias, a relação custo-efetividade está se tornando mais importante na prática clínica. No entanto, também é muito difícil medir e pôr em prática esse conceito. Que valor você atribui a um mês ou a um ano de vida? Como você calcula qualidade versus quantidade? E se essa vida fosse sua ou a do seu filho? Eu sou médico e cientista, não economista ou empresário. Acredito que uma melhor ciência levará a um melhor cuidado – tratar o paciente certo com apenas a quantidade certa da terapia correta, o que reduzirá os custos para o sistema de saúde, melhorando a qualidade e o tempo de vida para nossos pacientes. A relação custo-efetividade será, portanto, o produto de uma melhor ciência, não o objeto da ciência. Além disso, espero que, à medida que as novas terapias amadureçam, a concorrência entre as empresas aumente e as patentes de alguns agentes expirem, os custos também caiam. Meu objetivo pessoal é ainda descobrir os melhores tratamentos para meus pacientes com base na melhor ciência e fazer o que posso para trazer esses tratamentos para o número máximo de pacientes ao redor do mundo.

Quais são os avanços da biópsia líquida em câncer de pulmão?

As biópsias líquidas são potencialmente um grande avanço na facilidade da análise molecular do câncer de pulmão. Ela propicia isso em áreas que não contam com tecnologias de biópsia modernas e pode ajudar a orientar a terapia em situações nas quais nenhum dado estava disponível anteriormente. No entanto, ainda é uma tecnologia em evolução e, na minha visão, deve ser utilizada com cautela. Há mais falsos-negativos e até mesmo falsos-positivos com essa tecnologia. Para mim, o melhor tratamento é possível quando a biópsia inicial tem qualidade e quantidade suficientes para fazer o diagnóstico e a melhor análise disponível a partir de um único procedimento no momento do diagnóstico. Devem ser empenhados esforços no treinamento de radiologistas intervencionistas e de pneumologistas para se obter biópsias adequadas durante a avaliação inicial, e não tentar compensar diagnósticos inadequados com um teste imperfeito. O perigo novamente é perder a oportunidade de tratar pacientes com tumores com mutações condutoras que obtenham uma biópsia líquida negativa e nunca tenham a chance de receber a terapia correta.

Como você imagina a oncologia daqui a cinco anos?

Eu imagino um progresso contínuo na melhora dos resultados dos pacientes com câncer de pulmão, uma melhor cooperação internacional nesse processo e a globalização das terapias modernas hoje disponíveis apenas em algumas regiões. Isso será pontuado por saltos quânticos, como o sucesso que tivemos com bloqueadores específicos da via PD-1. Também é empolgante que a ciência básica esteja liderando o caminho para melhorar a compreensão de por que os tumores se desenvolvem, como se comportam e de como tratá-los melhor.

O que de mais interessante pretende trazer para o XX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica?

Quero trazer para o congresso meu entusiasmo pelas terapias baseadas na ciência e minha empolgação em trabalhar com oncologistas inteligentes e dedicados em todo o mundo na luta contra essa doença.

Qual a principal mensagem que você gostaria de passar para os jovens oncologistas?

A oncologia é uma disciplina estressante, envolvendo cuidar de pacientes com terríveis doenças para as quais temos ferramentas imperfeitas. O sofrimento e a morte que vemos na prática cobram seu preço de todos nós. No entanto, fazer o que podemos com as ferramentas disponíveis para aliviar essa dor e o sofrimento em nossos pacientes atuais torna nosso papel importante. Fazer pesquisas para melhorar as ferramentas disponíveis para a próxima geração de pacientes dá esperança a todos nós. Eu incentivaria os jovens oncologistas a orgulhar-se de sua profissão e de sua capacidade de reduzir a dor e o sofrimento de seus pacientes, cuidar de si mesmos, de modo a evitar o entorpecimento diante dos problemas que veem todos os dias, mas sobretudo a se dedicar à colaboração com outros investigadores globais para prevenir a doença por todos os meios possíveis, aplicar o estado da arte nos tratamentos aos nossos pacientes atuais e empurrar as fronteiras da ciência para ajudar a descobrir a próxima geração de terapias.

Participe do XX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica!

O evento será realizado de 25 a 28 de outubro, no Hotel Windsor Oceânico, no Rio de Janeiro (RJ). A programação e a área de inscrições estão disponíveis no site www.semanaonco.com.br/oncologiaclinica. #CongressoSBOC

Adenocarcinoma de estômago, cabeça e pescoço, carcinoma de mama, colo do útero, pulmão células não-pequenas: doença localizada e localmente avançada, pulmão células não-pequenas: doença metastática e pulmão pequenas células são as novas diretrizes lançadas pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

Pelo site, os associados podem enviar sugestões de acréscimo, exclusão ou ajuste. Todos os comentários serão analisados e considerados para incorporação nos documentos. “Ao elaborar as novas diretrizes estamos cumprindo uma obrigação estatutária da SBOC. E, ao convocar os associados para participar, queremos que as diretrizes sejam resultado da discussão da SBOC como um todo, não somente de sua diretoria”, afirma o Dr. Gustavo Fernandes, presidente da SBOC.

Essas sete diretrizes juntam-se a outras seis que já estavam no site: adenocarcinoma colorretal, adenocarcinoma de pâncreas, bexiga, melanoma, próstata e rim. Nas próximas semanas, devem ser lançadas mais oito: ovário, tumores neuroendócrinos, hepatocarcinoma, sarcomas de partes moles, gliomas malignos, câncer de pênis, de testículo e de canal anal.

De acordo com o Dr. André Sasse, que coordena a iniciativa ao lado da Dra. Rachel Riechelmann, a SBOC pretende lançar no XX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica (25 a 28 de outubro, no Rio de Janeiro) o texto definitivo de todas essas diretrizes.

Guias de orientação de conduta

As diretrizes são guias de orientação de conduta oficiais da SBOC cujo objetivo é dar segurança aos especialistas no manejo dos pacientes. As sugestões de conduta são classificadas de acordo com as forças de recomendação e evidência na literatura. Além de estar em português, diferenciam-se por refletir a realidade brasileira, considerando a relevância clínica e o impacto econômico.

As versões preliminares foram elaboradas por oncologistas experientes de diversas regiões do país, com produção acadêmica e científica significativa e líderes de opinião em suas áreas. As recomendações terapêuticas devem ser aplicáveis tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na saúde suplementar.

Acesse as diretrizes aqui.

Matéria do jornal O Globo destaca que o Food and Drug Administration (FDA) aprovou a comercialização da primeira terapia genética contra o câncer nos Estados Unidos. É o tisagenlecleucel (Kymriah®), terapia CAR-T (receptor de antígeno quimérico de células T) para tratamento de pacientes de até 25 anos com leucemia linfoblástica aguda precursora de células B (ALL) refratária ou a partir da segunda recidiva. Segundo a reportagem, seu custo inicial é estimado em US$ 475 mil (cerca de R$ 1,5 milhão) por paciente, o que coloca o tisagenlecleucel entre os medicamentos mais caros de todos os tempos. “Estamos vendo a chegada no mercado da primeira terapia 100% individual contra o câncer, o que abre uma nova era na oncologia”, diz a Dra. Juliane Musacchio, integrante da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

Leia a reportagem completa: https://glo.bo/2xAFVGD

A Roche transferirá o conhecimento técnico para que o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e a empresa Axis Biotec produzam o trastuzumabe no país. O acordo foi assinado na semana passada, poucos dias após a incorporação do medicamento ao Sistema Único de Saúde (SUS) ser oficializada pelo Ministério da Saúde com prazo de 180 dias para entrar em vigor.

Até então, a droga era importada pelo governo brasileiro e oferecida na rede pública, desde 2013, apenas para as pacientes com câncer de mama HER2-positivo em estágio inicial ou localmente avançado. A partir de fevereiro, o trastuzumabe estará disponível no SUS também para as mulheres com doença metastática.

Segundo informações do governo do Paraná, que assinou o acordo de transferência de tecnologia, o Tecpar será o fornecedor exclusivo de trastuzumabe para o governo federal até 2019. Depois disso, atenderá 40% da demanda do SUS. O acordo representa mais de 103 mil doses por ano a serem distribuídas às pacientes.

Conforme explica o Ministério da Saúde, esta é uma das 81 Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) vigentes no país. No total, a pasta projeta economia de R$ 5,3 bilhões ao ano com todas elas. O valor corresponde a um terço do que o governo gasta com assistência farmacêutica hoje. A PDP do trastuzumabe já estava prevista desde 2013. De imediato, a droga será vendida para a União com 30% de desconto e haverá queda contínua de 5% ao ano.

Uma vez concluída a transferência de tecnologia, o medicamento produzido pelo instituto paranaense precisará do registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para posterior precificação pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Segundo o Ministério da Saúde, somente após a conclusão desse processo poderão ser divulgados os valores exatos da economia com a fabricação nacional da droga. A patente do trastuzumabe expira em 2019. O Tecpar está negociando diretamente com a Roche para fornecer 100% do medicamento ao SUS até lá.

Por seu alto custo – média de R$ 42 mil em seis meses de tratamento – a droga está entre as mais judicializadas no Brasil. Também consta da lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) que reúne medicamentos considerados essenciais para os pacientes oncológicos. O registro do trastuzumabe na Anvisa é de 1999 e a cobertura pelos planos de saúde teve início em 2005.

“Recebemos a notícia da incorporação ao SUS para pacientes metastáticas com muita satisfação, mas lamentamos que seja tão tardia”, afirma o Dr. Luiz Alberto Mattos, oncologista no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco e membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). Em sua opinião, os órgãos governamentais tinham mesmo que buscar o entendimento com a indústria farmacêutica. “O que não podia era continuar como estava”, frisa.

O especialista ressalta o papel da SBOC na conquista. A entidade apresentou um parecer técnico ao Ministério da Saúde englobando revisão sistemática da literatura, avaliação de custo-efetividade e análise de impacto orçamentário. “A atual gestão, com seu dinamismo e visão estratégica, contribuiu de maneira fundamental para essa vitória e deixará esse legado”, finaliza Mattos.

Pela primeira vez, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) terá um estande em um evento internacional. Será no Annual Congress of the European Society for Medical Oncology (ESMO 2017), de 8 a 12 de setembro, em Madri, Espanha. Por conta do acordo educacional e científico firmado entre as duas instituições, a localização da SBOC será na Society Village, número S8. Os visitantes do estande poderão concorrer a um iPad 32 GB (The new Apple iPad 2017 Model A1822).

A promoção é válida para associados da SBOC em situação regular, isto é, com as anuidades quitadas. Ao publicar uma foto em frente ao estande, com visibilidade pública/aberta nas suas redes sociais – Facebook, Instagram ou Twitter – com a hashtag #SBOCnaESMO, os visitantes participam automaticamente do sorteio do prêmio. Confira o regulamento.

É obrigatório o uso da hashtag #SBOCnaESMO, e a postagem com visibilidade pública/aberta, pois só assim é possível rastrear os participantes da promoção.

O objetivo é incentivar a visitação e fortalecer o relacionamento da SBOC com os associados. O sorteio ocorrerá no dia 11, às 16h30 (horário de Madri). “Queremos estar próximos e sempre valorizar quem nos prestigia”, afirma a Dra. Cinthya Sternberg, diretora executiva da Sociedade.

Ela sugere também que os brasileiros usem o estande como ponto de encontro com os colegas daqui e também com os seus contatos do exterior. “Todos podem aproveitar para conhecer melhor o trabalho da nossa instituição e as vantagens de ser associado”, completa.

Acordo SBOC-ESMO

Assinado em 2016, o acordo SBOC-ESMO prevê benefícios como acesso online e assinatura impressa da revista Annals of Oncology com desconto, vagas para preceptorship, simplificação do processo de candidatura para se tornar membro da sociedade europeia e realização de eventos internacionais no Brasil. A SBOC é a primeira sociedade latino-americana a assinar um acordo como este com a ESMO.

“Este será o primeiro congresso da ESMO depois da assinatura do nosso acordo de reciprocidade”, lembra a Dra. Cinthya. “Estamos animados com as perspectivas de interação e parceria, inclusive com outras sociedades nacionais e de áreas correlatas”, finaliza.

A entrega do Prêmio Octávio Frias de Oliveira, iniciativa do Grupo Folha e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ocorreu no início de agosto. Seu objetivo é incentivar a produção de conhecimento nacional na prevenção e combate ao câncer. Essa oitava edição considerou trabalhos originais publicados em revistas científicas em 2016 e 2017 para as categorias Pesquisa em Oncologia e Inovação Tecnológica. Também é premiada uma personalidade de destaque. Confira a seguir.

Pesquisa em Oncologia

Clarissa Ribeiro Reily Rocha, pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) e do Massachusetts Institute of Technology (MIT), foi premiada por sua tese de doutorado. Sua descoberta relaciona-se ao mecanismo de resistência do glioma, tipo mais comum de câncer de cérebro, à quimioterapia (cisplatina e temozolamida). A pesquisa revelou que a butionina sulfoximina (BSO), que é um inibidor da síntese de GSH, consegue restabelecer a sensibilidade tumoral a esses quimioterápicos.

Inovação Tecnológica em Oncologia

A técnica de endomicroscopia de laser confocal não invasiva, empregada para melhorar o diagnóstico de câncer de esôfago em pacientes que já haviam apresentado tumores de cabeça e pescoço, rendeu o prêmio à Dra. Adriana Vaz Safatle-Ribeiro. A especialista é médica assistente do Serviço de Endoscopia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e do próprio Icesp. A técnica permite a aquisição de imagens in vivo de alta resolução nos níveis celular e microvascular com sensibilidade superior a 90%. O exame será fundamental para o diagnóstico mais precoce, que favorece o tratamento mais adequado e até a cura.

Personalidade de Destaque em Oncologia

Autora e relatora de diversas leis que contemplam necessidades dos pacientes com câncer, a senadora Ana Amélia (PP/RS) foi escolhida como personalidade de destaque. Uma das conquistas mais importantes que contou com a sua participação é a que obriga os planos de saúde a pagarem a terapia oral. Outra é conhecida como “lei dos 60 dias”, prazo estabelecido para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) terem seus tratamentos iniciados após o diagnóstico. A senadora também foi relatora da lei que determina que o SUS faça, na mesma cirurgia, a retirada do tumor e a reconstrução da mama.

Veja a cobertura do Prêmio pela Folha.

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