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Residentes em Oncologia

Foi publicada hoje, 31 de março, no site www.brazilianjournalofoncology.com.br a primeira edição da revista científica Brazilian Journal of Oncology (BJO), iniciativa conjunta da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e das Sociedades Brasileiras de Cirurgia Oncológica e de Radioterapia (SBCO e SBRT).

A BJO é uma revista de acesso aberto (open acess) com o objetivo de permitir ao público interessado ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir e pesquisar os textos completos dos artigos para fins acadêmicos. “A possibilidade de divulgação eletrônica da pesquisa é inestimável e abre um canal importante para a troca de informações na comunidade médico-cientifica”, diz o Dr. Gustavo Fernandes, presidente da SBOC.

Um dos destaques desta primeira edição são as diretrizes brasileiras de manejo de toxicidades imunomediadas associadas ao uso de bloqueadores de correceptores imunes (“Brazilian guidelines for the management of immune-related adverse events associated with checkpoint inhibitors”, em inglês). A autoria é do Grupo de Trabalho da SBOC, formado por dezenas de especialistas atuantes em instituições de referência no país.

Segundo o artigo, a ativação imune, particularmente de linfócitos T, leva ao risco do desenvolvimento de respostas direcionadas a tecidos sadios que se manifestam clinicamente como eventos adversos imunomediados. “O conhecimento do perfil de segurança desses fármacos e dos passos para o tratamento eficaz desses eventos adversos é fundamental, e ganhará ainda mais importância nos próximos anos”, diz o texto. Assim, as diretrizes se propõem a “discutir o espectro de toxicidades relacionadas ao uso de bloqueadores de correceptores imunes e as estratégias destinadas a permitir o seu diagnóstico precoce e manejo adequado”.

Divulgação do conhecimento

A Brazilian Journal of Oncology teve origem na antiga Revista Brasileira de Oncologia Clínica da SBOC. Agora, o novo título passa a ser editado em conjunto pelas três sociedades. “Fazendo da BJO um veículo de qualidade para divulgação do conhecimento gerado no país, pretendemos contribuir para o desenvolvimento da oncologia brasileira como um todo”, afirma o Dr. Gustavo Fernandes, presidente da SBOC.

De acordo com a diretora executiva da SBOC e da revista, Dra. Cinthya Sternberg, trata-se de um novo e importante fórum para o intercâmbio de informações entre profissionais envolvidos na pesquisa do câncer e na assistência ao paciente oncológico. Ela ressalta também que o periódico oferece oportunidades para a apresentação de resultados da pesquisa nacional.

O projeto tem como meta a indexação da BJO a bases de dados internacionais. Por isso, foi mantido o sistema de revisão pelos pares (peer review), um dos mais importantes requisitos exigidos pelas plataformas de referência mundial na divulgação do conhecimento científico. “A publicação em uma revista indexada pode ajudar na construção da carreira acadêmica de nossos pesquisadores e favorece o financiamento para pesquisas”, destaca a diretora.

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) está oferecendo três bolsas para residentes em oncologia clínica realizarem um treinamento internacional em oncogenética. Os bolsistas terão a oportunidade de aprimorar os conhecimentos em câncer hereditário no The University of Chicago Center for Global Health e de ir ao congresso anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO 2017). Além disso, ao longo do evento, participarão de atividades exclusivas com líderes da oncologia brasileira.

As bolsas do “Oncogenética em foco: Programa internacional para residentes” incluem passagem aérea e hospedagem de 1 a 9 de junho de 2017, na cidade de Chicago, nos Estados Unidos. O candidato deve ser residente em oncologia clínica, membro adimplente da SBOC e proficiente em inglês. As inscrições podem ser feitas até 14 de abril. O resultado da seleção será divulgado no dia 28 do mesmo mês.

Estima-se que 5% a 10% de todos os tumores são causados por alterações genéticas hereditárias, que conferem ao portador um risco de câncer significativamente maior do que a população geral. “A identificação de indivíduos em risco deste tipo de câncer é importante por várias razões, mas a principal é permitir medidas de rastreio intensivas seguidas de eventuais intervenções preventivas para uma redução do risco do câncer ou detecção precoce, o que já tem se mostrado eficaz para alguns tipos de câncer hereditário”, ressalta a diretora executiva da SBOC, Dra. Cinthya Sternberg.

Ela explica que, no Brasil, a abordagem multidisciplinar em genética clínica tem recebido pouca atenção, tanto no sistema de saúde público como no privado. “Embora existam programas como a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras ou as resoluções, ainda restritivas, da Agência Nacional de Saúde Suplementar para a cobertura de testes genéticos pelos planos de saúde, o número de serviços genéticos brasileiros atuando na oncogenética é extremamente baixo”, afirma a Dra. Cinthya. A localização dos poucos serviços principalmente nas capitais de alguns Estados dificulta o acesso da população. “Dentro desse contexto, a SBOC se propôs a despertar nos residentes o interesse no tema e estimular a formação de especialistas nessa área, colaborando com o aumento de massa crítica de profissionais que possam atuar efetivamente para prevenção, redução de risco, diagnóstico e tratamento do câncer hereditário”, destaca a diretora executiva.

Para mais informações sobre o programa, contate o gerente educacional da SBOC, Dr. Renan Orsati Clara, em Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Pedro Isaacsson, de Porto Alegre (RS), e Pedro Exman, de São Paulo (SP), são os vencedores do Fellowship de Pesquisa Clínica da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) para jovens oncologistas. Ambos irão para os Estados Unidos este ano com bolsa mensal de US$ 1.500,00 durante o período de seu treinamento.

hibiscus 06AP30 04O objetivo da SBOC é incentivar o interesse dos jovens oncologistas em pesquisa clínica por meio da colaboração com instituições internacionais de excelência. “Desde a minha formação, procurei me espelhar em quem admiro. Ter uma experiência no exterior mais longa era um desejo que agora será realizado graças a este programa da SBOC e à minha instituição [Hospital Moinhos de Vento]”, conta Pedro Isaacsson (foto à esquerda), de 31 anos. Seu fellowship será no Johns Hopkins Hospital com duração de um ano e foco em geniturinário e imunoterapia. “Esta iniciativa da SBOC é inédita e digna de aplausos”, enfatiza.

Pedor ExmanPedro Exman (foto à direita), de 32 anos, também está animado com a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos e competências no Dana-Farber Cancer Institute, durante seis meses, nas áreas de mama e imunoterapia. “A instituição está entre as cinco melhores do mundo em oncologia. É uma grande motivação”, diz o premiado. “A ideia é depois trazer novidades para o Brasile colaborar com outros pesquisadores em benefício dos pacientes”, conclui, acrescentando que pretende também explorar o campo da pesquisa translacional associada à genômica. 

A SBOC tem também ações voltadas aos residentes, como a Gincana Virtual de Oncologia (inscrições abertas até amanhã, 31 de março), o Oncogenética em Foco (inscrições até 14 de abril) e o Programa de Imersão Internacional (inscrições encerradas em 17 de março).

 

Março é o mês de conscientização sobre o câncer colorretal. Enquanto alguns veículos têm repercutido uma tendência de aumento de incidência entre pacientes jovens nos Estados Unidos, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) alerta que o rastreamento assintomático e também a investigação dos sintomas na população com mais de 50 anos são negligenciados em nosso país.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimava 16,6 mil casos novos de câncer de cólon e reto em homens e 17,6 mil em mulheres em 2016. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer colorretal é o segundo mais frequente em pacientes de ambos os sexos no Sudeste, a região mais populosa do Brasil. Nas demais, aparece como o terceiro ou quarto tipo de câncer mais incidente.

Apesar desses números, não é feito o rastreamento assintomático de câncer colorretal no Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, este tipo de política pública se restringe ao câncer de mama e ao de colo do útero. A falta de acesso ocorre também no sistema suplementar, onde os exames para detecção precoce são cobertos mas não alcançam a população-alvo de forma adequada. “O screening de câncer colorretal, o rastreamento da doença assintomática, é negligenciado na grande maioria da população. Mesmo naqueles 20% que têm plano de saúde, é incomum encontrar alguém que fez colonoscopia aos 50 anos porque o médico solicitou”, afirma o Dr. Gustavo Fernandes, presidente da SBOC.

Um dos motivos que ajudam a explicar esta falta de cuidado é a complexidade da colonoscopia, procedimento invasivo, que requer preparo intestinal e sedação, ocorre pela via retal e tem custo elevado. Por outro lado, permite a visualização de todo o intestino grosso e a remoção das lesões consideradas suspeitas durante o próprio exame.

Dados do Registro Hospitalar de Câncer, coordenado pela Fundação Oncocentro de São Paulo, mostram que os novos casos de câncer colorretal entre os moradores da capital paulista, em 2009 e 2010, tiveram diagnóstico tardio. Os casos com estadiamento III ou IV da classificação TNM, aqueles com pior prognóstico, superaram 51% do total. “Nem todo mundo vê os pacientes com câncer sofrerem. Eu vejo. Quando o paciente chega [ao consultório], tem um bom estado geral, plano de saúde, histórico familiar, deveria ter feito o exame e não fez, eu fico muito aborrecido, porque o indivíduo poderia estar curado; poderia ter tirado um pólipo durante uma colonoscopia e ter resolvido”, indigna-se o Dr. Gustavo.

Quanto ao número de mortes causadas pelo câncer colorretal, ocorreram 15.415 no Brasil em 2013, sendo 7.387 homens e 8.024 mulheres, conforme informação do Inca. A mortalidade vem crescendo no país: foram 4,51 a cada 100 mil habitantes de 1985 a 1994; 5,53 de 1995 a 2004; e 6,73 de 2005 a 2014. O aumento é de 50% em 30 anos. De acordo com o presidente da SBOC, as chances de cura são enormes quando a doença é diagnosticada precocemente.

A prevenção primária do câncer colorretal está associada a uma dieta rica em fibras, frutas, verduras, cereais e peixes, e com menos carnes vermelhas e processadas e gordura de origem animal. Também são aspectos importantes praticar atividade física regularmente, evitar o excesso de peso, limitar o consumo de álcool e não fumar.

Questão de saúde pública

Segundo publicação da Prefeitura de São Paulo, o câncer de cólon e reto preenche os requisitos para um rastreamento populacional: caracteriza-se como problema de saúde pública; existe um método não invasivo, de baixo custo e aceitável para aplicação em nível populacional, a pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF); a detecção precoce e o tratamento das lesões precursoras ou do tumor inicial levam à redução da prevalência e mortalidade; e há terapias efetivas contra a doença.

A União Europeia recomenda, desde 2003, que seus estados membros adotem o rastreamento populacional para o câncer colorretal, com a realização de PSOF na população assintomática entre 50 e 74 anos, seguida de colonoscopia nos casos positivos. Ainda conforme a Prefeitura de São Paulo, diferentes estudos internacionais apontam para uma redução de óbitos por câncer de cólon e reto de 14% a 18% com exames bianuais e de 33% quando o rastreamento se faz anualmente.

Estudo brasileiro com a população de Santa Cruz das Palmeiras, no interior de São Paulo, constatou incidência 16% menor de câncer colorretal no grupo do rastreamento no período de 5 a 7 anos após o término do programa em comparação ao índice registrado antes da campanha.

Outra iniciativa neste sentido ocorre na zona leste da capital paulista desde junho de 2016. A Universidade de São Paulo, a Atenção Primária à Saúde Santa Marcelina, a Fundação Oncocentro de São Paulo, o Hospital das Clínicas da FMUSP e o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo devem recrutar 12 mil pessoas de 50 a 75 anos. O projeto busca avaliar a viabilidade da implantação do rastreamento de câncer colorretal como política pública do SUS de São Paulo. O estudo medirá a taxa de adesão das pessoas às técnicas de rastreamento e a proporção de casos positivos para dimensionar a estrutura secundária e a rede de serviços necessária à continuidade do tratamento desses pacientes.

Segundo o Dr. Ulysses Ribeiro, cirurgião do aparelho digestivo e pesquisador executante do projeto, até março foram feitos 6 mil testes de sangue oculto nas fezes. Os pacientes com resultado positivo receberam encaminhamento para a colonoscopia. Em 70% dos 140 exames realizados foram encontrados pólipos ou tumores. O diagnóstico de câncer colorretal ocorreu em 14 casos. Nos demais, a grande maioria dos pólipos foi removida ou tratada. “Nosso objetivo é concluir o projeto até o fim de 2017 e apresentar os dados completos de forma a embasar a proposta de tornar o rastreamento uma política pública permanente”, explica o especialista.

O Dr. Gustavo Fernandes adverte que, hoje, o negligenciamento tanto no rastreamento do paciente assintomático quanto na investigação dos sintomas leva a diagnósticos tardios e muito sofrimento. “O indivíduo passa dois, três anos evacuando sangue até conseguir fazer uma colonoscopia ou até o médico pedir e dizer que não é hemorroida”, relata.

“É preciso que as pessoas abram um pouco mais a mente para fazer a colonoscopia quando é necessário. Nós, médicos, devemos ser mais desconfiados quando o paciente está em bom estado geral e solicitar o exame do paciente assintomático, o que também salva vidas”, ressalta o presidente da SBOC.

Aumento em pacientes jovens

Nos Estados Unidos, onde existe maior acesso aos exames preventivos, a incidência de câncer colorretal vem declinando nas pessoas acima de 50 anos. Em contrapartida, estudo publicado em fevereiro no Journal of the National Cancer Institute revelou que, de cada dez pessoas que recebem o diagnóstico de câncer colorretal, três têm menos de 55 anos. Entre 1974 e 2013, as taxas de câncer retal aumentaram 3,2% ao ano na faixa etária de 20 a 29 anos. Desde 1980, subiram 3,2% ao ano em pessoas de 30 a 39 anos. A partir da década de 1990, cresceram 2,3% ao ano em adultos de 40 a 54 anos.

Os autores da pesquisa apontam que quem nasceu em 1990 tem o dobro do risco de câncer de cólon e o quádruplo do risco de câncer retal em comparação com alguém nascido em 1950. Embora os pesquisadores afirmem que o risco absoluto ainda seja pequeno nos jovens, acreditam que os nascidos nos anos 80 e 90 carregarão o risco para a frente com eles à medida que envelhecerem.

O Dr. Gustavo Fernandes não vê motivos para alarde. “Até agora, existe uma percepção de que os casos estão aumentando entre jovens. As estatísticas são relativamente pobres ainda. Não há nenhuma providência a ser tomada por enquanto”, diz. “Temos uma missão muito importante com as pessoas acima de 50 anos antes de discutir, enquanto sociedade brasileira, o screening para os mais jovens”, pondera o presidente da SBOC.

Contudo, o oncologista lembra que qualquer pessoa pode ter câncer. “Sangue nas fezes, constipação, perda de peso e diarreia crônica são sintomas sérios que necessitam de investigação em qualquer idade para que o diagnóstico seja precoce”, finaliza.

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) tem um acordo educacional e científico com a European Society for Medical Oncology (ESMO) para oferecer diversos benefícios a seus associados.

Confira na imagem abaixo.

Se quiser saber mais sobre o acordo, acesse aqui.

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A fim de incentivar o interesse e a formação de oncologistas nessa área, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) promove o II Oncogenética em Foco: programa internacional para residentes. São quatro bolsas que incluem passagem aérea e hospedagem de 1 a 9 de junho de 2018 na cidade de Chicago, EUA.

Os bolsistas participarão de atividades específicas no The University of Chicago Center for Global Health, bem como no Congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO 2018, 1 a 5 de junho), quando terão de desenvolver atividades específicas do Programa. Além disso, os bolsistas participarão de uma agenda exclusiva com líderes na área.

Confira o edital

Residentes selecionados no II Oncogenética em Foco (2018):

Fernando Augusto Batista Campos – AC Camargo Cancer Center
Guilherme Harada – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP)
Katia Regina Marchetti – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP)
Lucas Ferreira Sant'Ana – AC Camargo Cancer Center

Residentes selecionados no I Oncogenética em Foco (2017):

Guilherme Nader Marta – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP)
Renata Rodrigues da Cunha Colombo Bonadio – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP)
Virginia Moreira Braga – Beneficência Portuguesa de São Paulo (BP)

O Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT) realizará um webmeeting sobre biologia molecular do câncer de pulmão e suas implicações práticas no dia 28 de março, às 19h30 (horário de Brasília), com duração de uma hora. O palestrante será o Dr. Vladmir Cordeiro de Lima, oncologista clínico e pesquisador do A.C. Camargo Cancer Center. Este evento educativo tem o apoio da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e do Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG).

A oncologista clínica Samira Mascarenhas e o patologista Ricardo Souza serão os moderadores. O webmeeting é gratuito e pode ser acessado por qualquer computador ou tablet conectado à internet. Antes de assistir à transmissão, é preciso preencher um cadastro simples.

O conteúdo inclui os principais aspectos da biologia molecular, fatores prognósticos e preditivos na atualidade, além de métodos diagnósticos. Ao final da aula de 40 minutos, os participantes poderão interagir com o professor enviando perguntas.

“Ao longo dos anos, o tratamento do câncer de pulmão tem evoluído muito, o que desperta dúvidas nos especialistas sobre as novas implicações terapêuticas, especialmente as chamadas terapias-alvo”, conta a Dra. Samira, que é coordenadora do GBOT. “A ideia é explicar aos participantes onde podem encontrar esses resultados, como devem procurar, quais testes pedir; trata-se mesmo de uma tradução de toda esta inovação para a parte clínica”, afirma.

Acesse o webmeeting no endereço: bit.ly-gbot-webmeeting

O professor de educação física Marcio Atalla, que criou o quadro “Medida Certa” do programa “Fantástico”, na Rede Globo, e é comentarista da Rádio CBN, assumiu o desafio de engajar a população de Jaguariúna, interior de São Paulo, na adoção de hábitos saudáveis. Os objetivos do projeto Vida de Saúde eram proporcionar mais qualidade de vida, evitar doenças crônicas como as cardiovasculares e o câncer e aproveitar melhor os recursos investidos pelo poder público em atividades de prevenção. A experiência ocorreu de março a novembro do ano passado.

Entre os resultados já apurados, conforme relata Marcio Atalla, a cada 100 pessoas que frequentavam as unidades básicas de saúde de Jaguariúna e eram tratadas com medicamentos para diabetes ou hipertensão, somente oito tinham a glicemia ou a pressão arterial sob controle. Este número saltou para 40 após o Vida de Saúde. “Quem não controla a doença fatalmente terá problemas mais sérios e gerará altos custos para a medicina terciária. Com esta melhora, as chances de agravamento do estado de saúde caem de forma drástica, o que torna o investimento na prevenção muito barato”, destaca. “Combater o sedentarismo e a má alimentação é uma questão de saúde pública.”

Outro ganho de longo prazo proporcionado pela adoção de hábitos saudáveis, segundo o especialista, diz respeito ao envelhecimento da população. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil tem a quinta maior população idosa do mundo: 27,8 milhões de pessoas. São 13,7% da população geral com 60 anos ou mais. Estima-se que, em 2030, este número ultrapassará o de crianças até 14 anos. Análise da Fundação Oswaldo Cruz revela que um terço dos idosos brasileiros apresenta alguma limitação funcional. “Possibilitar que as pessoas mantenham a autonomia na melhor idade é a única maneira de continuarem ativas e produzindo. Além de representar economia para a saúde, é uma das saídas para o problema previdenciário”, opina Atalla.

Perspectivas

Em uma próxima etapa, dados como níveis séricos de proteína C-reativa, medida da circunferência abdominal e índice de massa corporal, obtidos em 8 mil pessoas no início do projeto, servirão para verificar a associação com redução de mortalidade, diminuição na incidência de câncer e melhor controle de doenças crônicas. O método é semelhante à Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), levantamento anual realizado pelo Ministério da Saúde em todo o país.

“Se buscássemos nas estatísticas de mortalidade suas verdadeiras causas, encontraríamos fatores ligados ao estilo de vida, como obesidade, sedentarismo e tabagismo. Na verdade, fatores de risco que podem ser reduzidos ou eliminados”, afirma o secretário de Comunicação Social da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dr. Claudio Ferrari. “O problema é que mudar esses hábitos se revela extremamente difícil. Muitas vezes, apenas boa vontade não resolve”, alerta.

Para o Dr. Gilberto Amorim, membro da Diretoria da SBOC, no mundo todo as pessoas estão cada vez mais sedentárias e comendo alimentos industrializados com componentes para melhorar o sabor e conservá-los por um tempo maior. “Temos uma epidemia com mais de 2 bilhões de pessoas no planeta com sobrepeso ou obesidade. Somada ao tabagismo, essa epidemia provocará um aumento exponencial de casos de doenças cardiovasculares e câncer nos próximos anos”, prevê.

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) reuniu-se com oncologistas de diversos Estados para discutir a criação de representações regionais, vinculadas à SBOC nacional. A ideia é construir um modelo simplificado, que favoreça a participação dos oncologistas brasileiros no desenvolvimento de iniciativas que atendam às necessidades locais, respeitando as peculiaridades de cada região do país. O encontro ocorreu no dia 17 de março, em São Paulo.

De acordo com o presidente da SBOC, Dr. Gustavo Fernandes, a vinculação à entidade nacional desburocratiza a gestão. “Nosso objetivo é fortalecer nossa presença e representatividade regionais, entender melhor as necessidades das diferentes regiões e ter porta-vozes bem alinhados com a SBOC para as questões mais locais”, afirma.

Atualmente, a SBOC tem quatro regionais: Bahia, Minas Gerais, Nordeste e Rio de Janeiro. Elas poderão decidir se mantêm a estrutura com CNPJ independente ou se migram para o novo modelo de representações regionais.

Reforçando o compromisso da Diretoria da SBOC de promover uma maior participação dos oncologistas brasileiros na gestão de seus próprios interesses, decidiu-se no encontro que os direitos e deveres a serem assumidos pela Regionais e pela SBOC nacional serão trabalhados a várias mãos. A discussão deverá ser conduzida por todos os associados presentes ao encontro e a lista será publicada oportunamente. “Precisamos entender melhor as particularidades de cada Estado e promover uma relação mais estreita entre as diretorias para trabalharmos em uníssono”, explica a Dra. Cinthya Sternberg, diretora executiva da SBOC.

Quando as novas representações estiverem estabelecidas, será criado um calendário em conjunto e haverá um encontro presencial a cada semestre para que sejam expostas as atividades desenvolvidas. “O modelo de representações regionais como extensões da SBOC nacional fortalecerá a todos e dará mais capilaridade ao trabalho da entidade”, registra o secretário de Comunicação Social da Sociedade, Dr. Claudio Ferrari.

A SBOC dará continuidade às discussões, mantendo contato com os participantes deste encontro para tratar da criação das representações regionais do ponto de vista jurídico e administrativo.

Estão abertas até 31 de março as inscrições para a Gincana de Oncologia SBOC voltada aos residentes de Oncologia Clínica. Com a iniciativa, a intenção da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica é proporcionar um treinamento virtual no diagnóstico e no tratamento multidisciplinar do paciente oncológico. A edição 2017 ocorrerá de 1 de abril a 30 de setembro, dividida em três blocos de quatro casos cada um. Haverá dois tipos de premiação: por bloco e geral.

Os vencedores de cada bloco ganharão os seguintes prêmios: 1º lugar – pacote Congresso SBOC 2017 completo (passagem, hospedagem e inscrição); 2º lugar – inscrição Congresso SBOC 2017 e anuidade SBOC 2018; 3º lugar – inscrição Congresso SBOC 2017.

No fim da gincana, será anunciado o ranking geral dos participantes. Aqueles com melhor desempenho na soma de todos os casos serão considerados os vencedores e terão a seguinte premiação: 1º lugar – pacote ASCO 2018 completo (passagem, hospedagem e inscrição); 2º lugar – pacote ASCO 2018 parcial (hospedagem e inscrição); 3º lugar – inscrição Congresso ASCO 2018.

De acordo com os organizadores, os objetivos da iniciativa são incentivar uma maior participação e engajamento dos jovens profissionais na SBOC e contribuir para a formação deles, compromissos assumidos pela atual gestão da Sociedade. A comissão científica é formada pelos oncologistas Clarissa Mathias, João Nunes e Clarissa Baldotto.

“A primeira gincana aconteceu no ano passado e foi um grande sucesso, um momento de atualização para os residentes com discussões bastante interessantes e diversos especialistas participando”, destaca a Dra. Clarissa Mathias. “Este ano, continuaremos com a discussão de casos multidisciplinares e faremos a gincana em etapas para darmos oportunidade de mais pessoas participarem de todos os momentos”, explica.

Pontuação e rankings

Será inserido no site da gincana um novo caso a cada 15 dias, com uma pergunta por dia ao longo da semana específica. Poderá haver de uma a cinco perguntas sobre o mesmo caso. A base para a pontuação será o desempenho na participação online, considerando a alternativa correta e o tempo para a resposta. Os casos entrarão às 20h de cada dia.

Os participantes poderão conferir a sua posição em relação a todos os residentes e aos residentes de seu ano. Esta informação é exclusiva; apenas o usuário terá acesso. Além do desempenho individual, será divulgado um ranking das instituições. 

As questões abrangerão casos clínicos de doenças específicas como câncer de mama, pulmão, colo uterino, entre outros, e também conceitos da oncologia clínica.

Durante os seis meses de gincana, as respostas e os comentários sobre casos anteriores ficarão disponíveis para consulta. Sempre que possível, será exibido um vídeo com o autor do caso comentando a resposta.

Para se inscrever, acesse: http://meduniverse.com.br/GincanasOncologicas