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“Vou trabalhar para melhorar o acesso à terapia oncológica no sistema público. Um dos passos é manter a interlocução com o Ministério da Saúde, sugerindo a introdução de novas tecnologias e medicamentos na lista dos recursos disponíveis no Sistema Único de Saúde”, afirma o Dr. Sergio D. Simon, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), à IstoÉ.
A entrevista foi publicada neste fim de semana na edição impressa e também no site. “Cabe ao governo sentar com as companhias e oferecer contrapartidas para a comercialização dos medicamentos que passem por um preço muito diferenciado para o Estado”, continua o oncologista. “Nas interlocuções anteriores já havia uma conversa melhor do que a que tínhamos na administração da ex-presidente Dilma”, diz o Dr. Sergio, referindo-se ao diálogo entre a SBOC e o Ministério da Saúde.
Além do diagnóstico e do tratamento de câncer para pacientes atendidos na saúde pública, o presidente comenta os principais aspectos da pesquisa da SBOC sobre o conhecimento dos brasileiros a respeito do câncer. Confira o texto completo: http://bit.ly/2BXYNQC
Com a proximidade do Carnaval, época em que multidões se reúnem para aproveitar as festividades que ocorrem em todo o Brasil, aumenta a importância de alertar a população sobre a prática de relações sexuais seguras como medida de prevenção a doenças e infecções sexualmente transmissíveis – que, no caso do vírus HPV, aumenta o risco de desenvolver o câncer. Entretanto, apesar das campanhas de conscientização e da facilidade de acesso ao preservativo, boa parte da população ainda faz sexo sem proteção. Segundo constatou pesquisa da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), 59% dos brasileiros não usa preservativos como medida de prevenção à doença.
Ainda de acordo com a pesquisa, a relação entre o sexo desprotegido e câncer também não é conhecida pelos brasileiros: entre os 1500 entrevistados, quase 30% dos brasileiros não imaginam que usar preservativos pode reduzir o risco de desenvolver câncer. “Os preservativos estão comumente relacionados à proteção contra o HIV – vírus causador da AIDS- entretanto, também são o modo de combate primário a diversas outras doenças, incluindo formas de tumor que possuem relação com o vírus HPV, como colo do útero, vagina, vulva, pênis, ânus, boca e garganta. No câncer de colo do útero e pênis, por exemplo, o mero contato com a mucosa e pele da região genital e perineal pode infectar o (a) parceiro (a). Assim, o uso do preservativo, desde o início da relação sexual é essencial, afirma Dra. Andreia Melo.
Vacina que também previne contra a doença tem baixa adesão
Outra forma simples de prevenção ao câncer é a vacina contra o vírus HPV. Entretanto, ainda de acordo com a pesquisa, 14% da população do país discorda, em maior ou menor grau, que vacinas contra Hepatite B e HPV são eficazes para evitar o desenvolvimento de variedades da doença.
“Há anos, a rede pública de saúde do país oferece os meios necessários para que a população se proteja de doenças e infecções sexualmente transmissíveis, incluindo o vírus do HPV: preservativos são fornecidos e vacinas estão disponíveis gratuitamente para meninas e meninos entre 9 e 13 anos. Porém, sem a conscientização adequada, o que se percebe é a baixa adesão da população às medidas necessárias. Praticamente metade da população diz não usar preservativos (41%) e nem aderir a campanhas de vacinação (46%), sendo que uma parcela relevante – 13% e 10%, respectivamente –, afirma que não pretende fazê-lo no futuro próximo”, diz Andreia Melo, Diretora da SBOC.
SBOC prepara ação de conscientização durante o pré-carnaval de São Paulo
Para gerar conscientização junto à população sobre a importância de uso de preservativos e da vacinação contra o HPV como medidas fundamentais na prevenção do câncer, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, distribuirá cinco mil preservativos para os foliões durante o pré-carnaval de São Paulo.
Serviço:
Quando: Sábado, 03 de fevereiro
Onde: Avenida Hélio Pellegrino, a partir das 11h30
Blocos: Unidos da Ressaca do Diabo, Bloco Só Alegria, SáTurnalia e Coletivo Missa
Para a população das demais regiões do país, a SBOC disponibiliza cartilha online com orientações sobre como adotar medidas e hábitos saudáveis que ajudam na prevenção do câncer. Para isso, basta acessar: http://bit.ly/2FFTXtw
A partir de hoje (2 de fevereiro), os boletos bancários para pagamento da anuidade 2018 da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) começam a ser enviados aos membros pelos e-mails cadastrados no sistema da entidade. A data de vencimento é 20 de fevereiro.
Caso não encontre a mensagem em sua caixa de entrada, verifique se foi para a pasta de spam. Para evitar atrasos, a SBOC recomenda que os associados paguem o boleto logo que receberem a mensagem ou agendem o pagamento para a data do vencimento.
Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., telefone (31) 3241-2920 ramal 28 ou por Whats App (31) 99418-0078.
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Até 6 de fevereiro está aberta consulta pública da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) sobre o acetato de lanreotida para o tratamento de tumores neuroendócrinos gastroenteropancreáticos. A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) defende a incorporação do medicamento biológico, uma vez que esses pacientes não têm acesso a tratamentos sistêmicos efetivos na saúde pública. De acordo com a Dra. Rachel Riechelmann, membro da SBOC, a atual justificativa da Conitec para a não incorporação é burocrática. O parecer técnico alega já existir o procedimento 03.04.02.011-7 destinado à quimioterapia do apudoma, termo antiquado para tumores neuroendócrinos. No entanto, a especialista explica que os recursos destinados via Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade (APAC) são insuficientes para que os gestores públicos disponibilizem tratamentos efetivos, como a lanreotida, por meio desse procedimento. “Na prática, os pacientes do SUS não têm acesso ao medicamento”, alerta a oncologista clínica. “A incorporação resolveria essa deficiência, pois a lanreotida passaria a ser adquirida pelo governo federal e distribuída aos serviços públicos de oncologia”, acrescenta.
De acordo com a Dra. Rachel Riechelmann, a lanreotida, um análogo de somatostatina, tem eficácia e segurança comprovadas por estudo fase 3 como droga com efeito antitumoral em pacientes com tumores neuroendócrinos diferenciados e avançados, prolongando a sobrevida livre de progressão. O próprio parecer da Conitec reconhece como positivos os “aspectos relacionados à segurança e eficácia do medicamento no tratamento de tumores neuroendócrinos”.
O medicamento foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no ano passado para tratamento de tumores neuroendócrinos gastroenteropancreáticos. Por ser injetável, automaticamente está disponível desde então para pacientes com planos de saúde, que representam em torno de 25% da população e se concentram no eixo Sul-Sudeste. Em países como o Canadá a lanreotida tem aprovação do sistema de saúde universal.
Segundo a Dra. Rachel Riechelmann, é importante lembrar que 30% dos tumores neuroendócrinos são funcionantes com produção de hormônios que causam sintomas graves e podem levar a complicações fatais. A síndrome carcinoide é uma delas. “Nesses casos, o uso do medicamento é capaz de transformar o doente em um indivíduo com bom estado geral de saúde e qualidade de vida”, relata a especialista. “É um enorme impacto social, pois o paciente pode sair de casa, trabalhar, continuar ativo.” Ao contrário, conforme enfatiza a médica, aqueles sem o tratamento frequentemente morrem vítimas das complicações da doença. “Outro aspecto a se ressaltar é que a lanreotida é extremamente segura. Por não ser quimioterapia, mas sim um medicamento biológico, tem pouquíssimos efeitos colaterais”, descreve.
Embora ainda sejam considerados raros, os tumores neuroendócrinos têm incidência cada vez maior tanto no contexto mundial quanto no Brasil. “Os casos não são tão numerosos se compararmos com outras neoplasias, mas seus efeitos sobre os pacientes, com tantos sintomas e complicações, é devastador”, resume a Dra. Rachel Riechelmann. Na opinião da oncologista, a consulta pública em andamento representa uma esperança de que a lanreotida passe a ser oferecida aos pacientes do SUS. Qualquer pessoa pode participar pelo link.
A crise econômica e política tem afetado gravemente os serviços públicos de saúde no Rio de Janeiro. As deficiências no atendimento oncológico são alarmantes. Além disso, há uma verticalização nos serviços privados, tornando cada vez menos numerosas as pequenas clínicas e os consultórios particulares. A nova diretoria da Regional da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC-RJ) assumiu a responsabilidade de se posicionar frente a essas situações desafiadoras, representando os oncologistas do Estado. A cerimônia de posse ocorreu no sábado (27). Veja a galeria de fotos.
“O Rio de Janeiro tem uma tradição na formação de oncologistas e em pesquisa clínica, a partir do todo o trabalho realizado no Inca [Instituto Nacional de Câncer]. O Estado também concentra o maior número de especialistas, ao lado de São Paulo”, lembra o Dr. Luiz Henrique de Lima Araújo, novo presidente da SBOC-RJ. “Este é um momento de engajamento; temos aqui muitos serviços funcionando com graves deficiências, inclusive na alocação adequada dos residentes”, afirma. “Queremos que os oncologistas sejam bem formados, saiam da residência empregados e que os pacientes tenham acesso ao tratamento de qualidade no tempo necessário.”
De acordo com o presidente, o novo modelo de trabalho gerado pela verticalização da oncologia privada também merece atenção da SBOC-RJ. “Precisamos ter certeza de que os profissionais estão sendo valorizados e de que os pacientes recebem o tratamento apropriado”, enfatiza. “Nossa Regional já teve momentos áureos e outros de menos aderência; a ideia é aproximar novamente os oncologistas da SBOC-RJ e trabalhar para que se sintam representados.”
Parcerias
O Dr. Luiz Henrique conta que uma das prioridades da SBOC-RJ é atuar nas câmaras técnicas do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj). O Conselho tem denunciado sistematicamente as falhas nos atendimentos aos pacientes com câncer em 19 hospitais do Estado. Confira aqui o levantamento. O presidente, Dr. Nelson Nahon, esteve inclusive na solenidade de posse. “Estaremos unidos à SBOC nessa luta incessante pela medicina ética e pelas boas condições de trabalho e de atendimento para nossos pacientes”, disse.
A SBOC-RJ também organizará eventos científicos para residentes e especialistas formados há mais tempo e trabalhará em consonância com a diretoria nacional da SBOC na construção de posicionamentos, diretrizes e outras ações capazes de fortalecer a especialidade. A diretora executiva da SBOC, Dra. Cinthya Sternberg, participou da cerimônia, assim como o Dr. Roberto Gil, vice-presidente de Assistência Médica e de Defesa Profissional, e a Dra. Andréia Melo, do Conselho Fiscal. Compareceram, ainda, representantes das sociedades regionais de Urologia, Pneumologia e Cabeça e Pescoço.
Diretoria SBOC-RJ 2017/2019
Presidente: Dr. Luiz Henrique de Lima Araújo
Vice-presidente: Dra. Mariana Siqueira
Secretária geral: Dra. Maria de Lourdes de Oliveira
Secretária de Comunicação Social: Dra. Maria de Fátima Gaui
Tesoureiro: Dr. Eduardo Paulino
Comissão de Ética:
Dr. Bruno França
Dr. Fernando César Almeida
Dr. Vitor Marcondes
Conselho Fiscal:
Dra. Andréia Cristina de Melo
Dr. Fernando Meton
Dr. Roberto Gil
A crise econômica e política tem afetado gravemente os serviços públicos de saúde no Rio de Janeiro. As deficiências no atendimento oncológico são alarmantes. Além disso, há uma verticalização nos serviços privados, tornando cada vez menos numerosas as pequenas clínicas e os consultórios particulares. A nova diretoria da Regional da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC-RJ) assumiu a responsabilidade de se posicionar frente a essas situações desafiadoras, representando os oncologistas do Estado. A cerimônia de posse ocorreu no sábado (27). Veja a galeria de fotos [inserir link].
“O Rio de Janeiro tem uma tradição na formação de oncologistas e em pesquisa clínica, a partir do todo o trabalho realizado no Inca [Instituto Nacional de Câncer]. O Estado também concentra o maior número de especialistas, ao lado de São Paulo”, lembra o Dr. Luiz Henrique de Lima Araújo, novo presidente da SBOC-RJ. “Este é um momento de engajamento; temos aqui muitos serviços funcionando com graves deficiências, inclusive na alocação adequada dos residentes”, afirma. “Queremos que os oncologistas sejam bem formados, saiam da residência empregados e que os pacientes tenham acesso ao tratamento de qualidade no tempo necessário.”
De acordo com o presidente, o novo modelo de trabalho gerado pela verticalização da oncologia privada também merece atenção da SBOC-RJ. “Precisamos ter certeza de que os profissionais estão sendo valorizados e de que os pacientes recebem o tratamento apropriado”, enfatiza. “Nossa Regional já teve momentos áureos e outros de menos aderência; a ideia é aproximar novamente os oncologistas da SBOC-RJ e trabalhar para que se sintam representados.”
Parcerias
O Dr. Luiz Henrique conta que uma das prioridades da SBOC-RJ é atuar nas câmaras técnicas do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj). O Conselho tem denunciado sistematicamente as falhas nos atendimentos aos pacientes com câncer em 19 hospitais do Estado. Confira aqui o levantamento. O presidente, Dr. Nelson Nahon, esteve inclusive na solenidade de posse. “Estaremos unidos à SBOC nessa luta incessante pela medicina ética e pelas boas condições de trabalho e de atendimento para nossos pacientes”, disse.
A SBOC-RJ também organizará eventos científicos para residentes e especialistas formados há mais tempo e trabalhará em consonância com a diretoria nacional da SBOC na construção de posicionamentos, diretrizes e outras ações capazes de fortalecer a especialidade. A diretora executiva da SBOC, Dra. Cinthya Sternberg, participou da cerimônia, assim como o Dr. Roberto Gil, vice-presidente de Assistência Médica e de Defesa Profissional, e a Dra. Andréia Melo, do Conselho Fiscal. Compareceram, ainda, representantes das sociedades regionais de Urologia, Pneumologia e Cabeça e Pescoço.
Diretoria SBOC-RJ 2017/2019
Presidente: Dr. Luiz Henrique de Lima Araújo
Vice-presidente: Dra. Mariana Siqueira
Secretária geral: Dra. Maria de Lourdes de Oliveira
Secretária de Comunicação Social: Dra. Maria de Fátima Gaui
Tesoureiro: Dr. Eduardo Paulino
Comissão de Ética:
Dr. Bruno França
Dr. Fernando César Almeida
Dr. Vitor Marcondes
Conselho Fiscal:
Dra. Andréia Cristina de Melo
Dr. Fernando Meton
Dr. Roberto Gil
Os presidentes da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) e a diretora executiva da SBOC estiveram reunidos em São Paulo, na sede da SBOC, para iniciar o planejamento da II Semana Brasileira da Oncologia, a ser realizada em 2019. Os três estão iniciando seus mandatos e reafirmaram o compromisso de manter a parceria nessa e em outras ações conjuntas.
“Analisamos os eventos da I Semana da Oncologia que, na visão de todas as Sociedades, foi um sucesso enorme. Pretendemos fazer um programa ainda mais integrado e multidisciplinar”, conta o Dr. Sergio D. Simon, presidente da SBOC. A I Semana da Oncologia reuniu 6,6 mil especialistas em outubro do ano passado, no Rio de Janeiro. “A expectativa é trazer um grande número de palestrantes internacionais de alto nível, convidados com muita antecedência, para participar das sessões conjuntas”, revela. “Será um sucesso retumbante.”
Para o Dr. Arthur Accioly Rosa, presidente da SBRT, após esta reunião ficou sedimentada a sensação de dever cumprido em relação à I Semana. “Foi uma iniciativa extremamente bem posicionada, em que conseguimos conjugar interesses comuns e potencializar o alcance científico e de uma integração multidisciplinar que hoje é a base da assistência oncológica”, avalia. O presidente da SBCO, Dr. Claudio de Almeida Quadros, concorda: “A nossa experiência foi a melhor possível. Superou todas as nossas expectativas. Essa parceria entre as Sociedades tem trazido muitos benefícios a todos”.
“Fico feliz ao ver que, a despeito das diretorias terem se renovado, a disposição para a colaboração permaneceu. Isso me passa a impressão de que está garantida a continuidade desse trabalho. As pessoas estão dispostas a colaborar e com ideias novas de como integrar ainda mais as três sociedades”, afirma a Dra. Cinthya Sternberg, diretora executiva da SBOC e coordenadora da I Semana Brasileira da Oncologia. “O sucesso que alcançamos nos abre a possibilidade de fazermos muito mais porque já sabemos que dá certo. Foi um modelo inovador de congresso e agora nos sentimos muito mais livres para inovar ainda mais.”
Outras iniciativas conjuntas
A revista científica Brazilian Journal of Oncology (BJO) também é das três Sociedades. Lançada no ano passado, está evoluindo para ser indexada a uma grande base de dados internacional. “É outra iniciativa muito boa que só tem a fortalecer a multidisciplinaridade”, diz o Dr. Claudio, da SBCO. “Trata-se de um periódico jovem e que, com o comprometimento estabelecido aqui, tem tudo para crescer”, completa o Dr. Arthur, da SBRT.
De acordo com a Dra. Cinthya Sternberg, surgem diversos projetos em conjunto como colaterais a essa convivência mais intensa, além de uma nova forma de trabalhar. “Temos a preocupação de integrar os calendários para que nossos outros eventos não venham ser concorrentes”, exemplifica. “A intenção é encararmos os problemas comuns juntos, avaliarmos possíveis soluções e colocarmos em prática várias ações”, pontua o Dr. Claudio.
A SBOC e a SBCO representam especialidades reconhecidas em 2017 e tornaram-se filiadas da Associação Médica Brasileira (AMB). “Agora que tanto a Oncologia Clínica como a Cirurgia Oncológica são especialidades separadas, estamos também aprendendo em conjunto como percorrer esse processo para conceder o Título de Especialista”, destaca a diretora executiva. “A conquista da especialidade Cirurgia Oncológica deve-se muito a essa articulação com a Oncologia Clínica”, frisa o presidente da SBCO.
Segundo o Dr. Claudio de Almeida Quadros, cada vez mais o tratamento oncológico, para ser efetivo, necessita dessa interação entre as várias áreas. “E nós estamos estimulando isso no campo institucional”, orgulha-se. “O mais interessante de tudo é que essa parceria transcende interesses individuais para um bem comum. Além de representativos para os nossos associados, nos fortalecemos para cumprir nosso papel na sociedade e no diálogo com as instituições governamentais e a indústria para que cada paciente oncológico no país tenha o melhor tratamento possível”, observa o Dr. Arthur Accioly Rosa.
Os presidentes da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) estiveram reunidos em São Paulo, na sede da SBOC, para iniciar o planejamento da II Semana Brasileira da Oncologia, a ser realizada em 2019. Os três estão iniciando seus mandatos e reafirmaram o compromisso de manter a parceria nessa e em outras ações conjuntas. A diretora executiva da SBOC também participou das discussões.
“Analisamos os eventos da I Semana da Oncologia que, na visão de todas as Sociedades, foi um sucesso enorme. Pretendemos fazer um programa ainda mais integrado e multidisciplinar”, conta o Dr. Sergio D. Simon, presidente da SBOC. A I Semana da Oncologia reuniu 6,6 mil especialistas em outubro do ano passado, no Rio de Janeiro. “A expectativa é trazer um grande número de palestrantes internacionais de alto nível, convidados com muita antecedência, para participar das sessões conjuntas”, revela. “Será um sucesso retumbante.”
Para o Dr. Arthur Accioly Rosa, presidente da SBRT, após esta reunião ficou sedimentada a sensação de dever cumprido em relação à I Semana. “Foi uma iniciativa extremamente bem posicionada, em que conseguimos conjugar interesses comuns e potencializar o alcance científico e de uma integração multidisciplinar que hoje é a base da assistência oncológica”, avalia. O presidente da SBCO, Dr. Claudio de Almeida Quadros, concorda: “A nossa experiência foi a melhor possível. Superou todas as nossas expectativas. Essa parceria entre as Sociedades tem trazido muitos benefícios a todos”.
“Fico feliz ao ver que, a despeito das diretorias terem se renovado, a disposição para a colaboração permaneceu. Isso me passa a impressão de que está garantida a continuidade desse trabalho. As pessoas estão dispostas a colaborar e com ideias novas de como integrar ainda mais as três sociedades”, afirma a Dra. Cinthya Sternberg, diretora executiva da SBOC e coordenadora da I Semana Brasileira da Oncologia. “O sucesso que alcançamos nos abre a possibilidade de fazermos muito mais porque já sabemos que dá certo. Foi um modelo inovador de congresso e agora nos sentimos muito mais livres para inovar ainda mais.”
Outras iniciativas conjuntas
A revista científica Brazilian Journal of Oncology (BJO) também é das três Sociedades. Lançada no ano passado, está evoluindo para ser indexada a uma grande base de dados internacional. “É outra iniciativa muito boa que só tem a fortalecer a multidisciplinaridade”, diz o Dr. Claudio, da SBCO. “Trata-se de um periódico jovem e que, com o comprometimento estabelecido aqui, tem tudo para crescer”, completa o Dr. Arthur, da SBRT.
De acordo com a Dra. Cinthya Sternberg, surgem diversos projetos em conjunto como colaterais a essa convivência mais intensa, além de uma nova forma de trabalhar. “Temos a preocupação de integrar os calendários para que nossos outros eventos não venham ser concorrentes”, exemplifica. “A intenção é encararmos os problemas comuns juntos, avaliarmos possíveis soluções e colocarmos em prática várias ações”, pontua o Dr. Claudio.
A SBOC e a SBCO representam especialidades reconhecidas em 2017 e tornaram-se filiadas da Associação Médica Brasileira (AMB). “Agora que tanto a Oncologia Clínica como a Cirurgia Oncológica são especialidades separadas, estamos também aprendendo em conjunto como percorrer esse processo para conceder o Título de Especialista”, destaca a diretora executiva. “A conquista da especialidade Cirurgia Oncológica deve-se muito a essa articulação com a Oncologia Clínica”, frisa o presidente da SBCO.
Segundo o Dr. Claudio de Almeida Quadros, cada vez mais o tratamento oncológico, para ser efetivo, necessita dessa interação entre as várias áreas. “E nós estamos estimulando isso no campo institucional”, orgulha-se. “O mais interessante de tudo é que essa parceria transcende interesses individuais para um bem comum. Além de representativos para os nossos associados, nos fortalecemos para cumprir nosso papel na sociedade e no diálogo com as instituições governamentais e a indústria para que cada paciente oncológico no país tenha o melhor tratamento possível”, observa o Dr. Arthur Accioly Rosa.
Frente à preocupação crescente com casos de febre amarela e ampliação do uso da respectiva vacina, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), após revisão da literatura e análise por especialistas, estabeleceu as seguintes recomendações gerais, que se aplicam tanto à dose convencional da vacina quanto à dose fracionada (ainda que, com essa última, a experiência seja ainda mais restrita):
- A vacina contra Febre Amarela é uma vacina de vírus vivo atenuado administrada em dose única;
- Os dados referentes à vacinação para febre amarela em pacientes oncológicos em tratamento são limitados, e riscos/benefícios devem ser discutidos com seu oncologista;
- A resposta à vacina para febre amarela em pacientes oncológicos pode diferir em relação à eficácia da vacinação, bem como manifestação dos eventos adversos;
- Como recomendação geral, pacientes recebendo quimioterapia venosa ou oral, ou ainda terapia-alvo (exceto rituximabe e obinutuzumabe; ver abaixo), não devem receber a vacina durante o tratamento e por até três meses após o seu término;
- Pacientes recebendo rituximabe, obinutuzumabe ou imunoterapia (bloqueadores de correceptores imunes ou outros imunomoduladores de uso oncológico), bem como aqueles tratados com fludarabina, não devem receber a vacina durante o tratamento e por até seis meses após o seu término;
- Pacientes com histórico de transplante de medula óssea não devem receber a vacina por até 24 meses após o transplante, e a vacina pode ser realizada apenas naqueles sem evidências de doença enxerto-versus-hospedeiro e fora de uso de medicamentos imunossupressores;
- Paciente em uso de corticoides cronicamente ou em doses imunossupressoras não devem receber a vacina durante o tratamento e por até quatro semanas após o seu término;
- Nas situações em que a vacina não pode ser administrada, o uso de medidas adicionais de prevenção devem ser implementadas, como limitação da exposição/viagens a áreas de alta incidência de febre amarela;
- Naqueles indivíduos que receberam a vacina, um intervalo mínimo de quatro semanas para início do tratamento oncológico é recomendado;
- Pacientes com histórico de tratamento oncológico concluído há mais de seis meses e atualmente em acompanhamento clínico exclusivo devem seguir as recomendações aplicáveis à população geral e podem ser vacinados, respeitando-se as particularidades de cada caso.
- Pacientes que apresentem outros problemas de saúde, histórico de alergias (sobretudo a ovos ou gelatina) ou reações prévias a vacinas, aqueles em uso de imunossupressores ou histórico de imunodeficiências ou indivíduos com mais de 60 anos devem consultar um profissional médico antes de receber a vacina.
Fontes:
1. http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/febre-amarela
2. www.cdc.gov
3. www.nccn.org. National Comprehensive Cancer Network Clinical Practice Guidelines in Oncology. Prevention and Treatment of Cancer Related Infections. Version 1.2018 – December, 1 2017.
Nos dias 9 e 10 de março, a capital cearense sediará a nona edição do Breast Cancer Weekend. É o segundo ano consecutivo em que a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) participa da organização desse evento multidisciplinar ao lado da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Cirurgiões oncológicos, radio-oncologistas, profissionais de diagnóstico por imagem e patologistas também terão presença em todas as mesas. A programação contempla as principais atualizações de San Antonio e outros congressos voltados à oncologia mamária.
Um dos convidados internacionais é o Dr. Romualdo Barroso, oncologista clínico brasileiro que atua na Divisão de Câncer de Mama do Dana-Farber Cancer Institute na Universidade de Harvard, em Boston (EUA). Têm participações confirmadas, ainda, a Dra. Viviana Galimberti, mastologista do Instituto Europeu de Oncologia, em Milão (Itália), e o Dr. Abram Recht, radio-oncologista professor da Harvard Medical School, em Boston (EUA).
O Dr. Francisco Pimentel Cavalcante, coordenador do evento pela SBM, lembra que o volume de informações sobre câncer de mama é imenso e os cenários estão se tornando cada vez mais complexos. “Esse desafio nos motiva a proporcionar um encontro científico robusto, essencialmente multidisciplinar, para a efetiva educação dos colegas do nordeste”, destaca.
“Nossa expectativa é a melhor possível: superar o número de inscritos do ano passado, 160 médicos, estreitar e aprofundar as relações multidisciplinares”, diz o Dr. Markus Gifoni, coordenador do evento pela SBOC. De acordo com o especialista, o pré-evento em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, terá uma programação especial dirigida à população geral e à mídia. “Pretendemos discutir em profundidade questões como acesso ao tratamento de câncer de mama, as novidades do último ano, com a incorporação do trastuzumabe e do pertuzumabe ao SUS, entre outros temas de interesse das pacientes”, conta.
Fique ligado:
IX Breast Cancer Weekend
Data: 9 e 10 de março de 2018
Local: Hotel Gran Mareiro, Fortaleza (CE)
Inscrições com desconto até 31 de janeiro
O estudo fase 3 Keynote-189, que avalia o uso de pembrolizumabe (Keytruda®) em combinação com quimioterapia (pemetrexed) e cisplatina ou carboplatina, atingiu seus objetivos primários. Segundo informação divulgada pela MSD, foi demonstrado aumento de sobrevida global e de sobrevida livre de progressão por um período significativamente mais longo em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC), metastático e não escamoso, independente da expressão do biomarcador PD-L1 nas células do tumor. Os dados serão conhecidos quando o estudo estiver completo. De acordo com a fabricante, a divulgação deve ocorrer em um congresso médico ainda no primeiro semestre.
A Dra. Clarissa Mathias, secretária-geral da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e representante do Internacional Association for Study of Lung Cancer (IASLC) na América Latina, conta que esta notícia sobre o Keynote-189 confirma o que o estudo de fase 2 na coorte G21 havia mostrado: superioridade do braço combinado de quimioterapia com o pembrolizumabe. O perfil de segurança também foi consistente com os estudos anteriores. “Nos Estados Unidos, a utilização de quimioterapia com pembrolizumabe em primeira linha para tumor não escamoso já está aprovada pelo FDA [agência regulatória americana]. No Brasil, deve ser submetida em breve para apreciação da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]”, afirma a oncologista.