O custo dos medicamentos para tratamento de pessoas com câncer é um dos maiores desafios dos sistemas de saúde no mundo todo. No Brasil, muitas dessas drogas, inclusive algumas já aprovadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), não cabem nos valores da Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade (Apac). Para discutir como tornar real o acesso dos pacientes a esses tratamentos, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) participou de reuniões entre o Ministério da Saúde e representantes de quatro laboratórios farmacêuticos, na semana passada.
O Dr. Sergio D. Simon, presidente da SBOC, a Dra. Cinthya Sternberg, diretora executiva, e o Dr. Renan Clara, gerente geral, foram a Brasília como facilitadores desse diálogo. Pelo Ministério da Saúde, estiveram a Dra. Maria Inês Gadelha, oncologista e chefe de gabinete da Secretaria de Atenção à Saúde, e Sandro Martins, coordenador geral de Atenção Especializada.
Ao final das reuniões, ficou estabelecido que esse processo deverá continuar e ser expandido por meio de novas rodadas de conversação. “É a primeira vez que existe um contato direto entre a Secretaria de Atenção à Saúde e fabricantes de medicamentos oncológicos com essa finalidade”, destaca o Dr. Sergio D. Simon. “Acredito que esses encontros marcarão uma nova fase de incorporação e oferta de medicamentos no Sistema Único de Saúde, o que deve beneficiar milhares de pacientes com câncer na saúde pública”, finaliza o presidente da SBOC.