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Com participação da SBOC, Audiência Pública na Câmara dos Deputados discute a situação do câncer colorretal no Brasil

Notícias Quarta, 10 Julho 2024 20:28

Diretor da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dr. Alexandre Jácome representou a entidade em audiência pública da Câmara dos Deputados, realizada nessa terça-feira, 9 de julho, sobre o panorama e as medidas para prevenção e controle do câncer colorretal no Brasil.

Dr. Jácome começou apresentando a epidemiologia da doença no país. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados 45.630 casos novos destes tumores anualmente. Eles só são menos frequentes na população brasileira do que os cânceres de próstata e de mama.

“No Brasil, os tumores colorretais são mais incidentes no Sul e no Sudeste. Portanto, assim como mundialmente, há uma relação entre o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e esse tipo de câncer”, comentou o oncologista clínico, que também é membro do Comitê de Tumores Gastrointestinais Baixo da SBOC.

Isso porque em localidades de IDH elevado as populações costumam ter idade média maior. “A probabilidade de alguém com mais de 75 anos desenvolver câncer colorretal é três a quatro vezes maior do que a de alguém com 55 anos ou menos, por mais saudável que seja”, detalhou Dr. Jácome.

Outros fatores de risco para estes tumores, também relacionados a questões ambientais, são o consumo excessivo de produtos de origem animal (principalmente carnes vermelhas e processadas), o uso de tabaco e de álcool, o sedentarismo e o sobrepeso ou obesidade.

Como medidas preventivas, Dr. Jácome recomenda manter uma alimentação saudável, uma rotina de atividades físicas regulares, controle do peso corporal, evitar o álcool e o tabaco e seguir métodos de rastreamento dos tumores, como exames de colonoscopia e de sangue oculto nas fezes.

“Quanto maior a adesão aos métodos de rastreamento, mais precoces serão os diagnósticos e menor será a mortalidade pela doença. Lembrando que o melhor método de rastreamento é aquele que é realizado pelo paciente”, concluiu o especialista.

Também participaram do debate: a oncologista clínica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e coordenadora do Comitê de Tumores Gastrointestinais Alto da SBOC, Dra. Maria Ignez Braghiroli; Dr. José Barreto Carvalheira, coordenador da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer e membro SBOC; Renata dos Santos, representante do Inca; Helena Esteves, gerente de Advocacy do Instituto Oncoguia; Dr. Hélio Moreira Junior, presidente da Sociedade Brasileira de Coloproctologia; e a Dra. Suyanne Camille Caldeira Monteiro, assessora técnica do Ministério da Saúde.

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