A gestão pública é uma das principais metas de mudança no tratamento do câncer de linfoma e leucemia no Brasil. Pelo menos é o que consideram os representantes de entidades médicas que participaram do “I Congresso Todos Juntos contra o Câncer”. A iniciativa foi da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) e ocorreu entre os dias 24 e 25 de setembro, em São Paulo.
No Brasil, o médico atende pessoas com acessos distintos, como manifestou o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dr. Evanius Wiermann, durante entrevista. “Não temos programa de rastreamento de saúde”, admite.
Outro fator apontado pelo presidente da SBOC é a falta de cooperação tecnológica. “É péssimo saber que existe o melhor, mas não poder usar no paciente. Isso acontece com as novas drogas: são incorporadas no mercado internacional, menos no Brasil. No caso do câncer sanguíneo mieloma múltiplo, não podemos fazer pesquisa no Brasil. A lenalidomida está entre as substâncias cuja utilização não é aprovada no país. Por não ser considerada uma substância padrão, a pesquisa não é aberta. Essa regulamentação faz com que haja um círculo vicioso em que todo mundo perde”, explica.
Saiba o que os representantes de entidades médicas pontuaram sobre as necessidades de mudanças em políticas públicas para aprimorar o acesso do paciente com a doença ao tratamento no Brasil.
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